quarta-feira, 13 de maio de 2009

~ 19

Ela esteve mais de meia hora no banho, quando saiu embrulhada na toalha, tinha os dedos engelhados. Sugeri uma sessão de massagem que ela aceitou com alguma desconfiança. Escolhi um óleo de cacau e amêndoa comestível, delicioso… Comecei pelos pés. Tinha feito bastante uso do curso e a experiência acumulada ajudava.

Bolas, ele é bom! Mas eu não vou deixar transparecer isso tão depressa. As baleias desconcentram-me, o que é bom. Porque se eu me concentrar, sou muito bem capaz de me vir com estas massagens. Não lhe posso dar este gostinho, era demasiado fácil…

Subi para as pernas, ela abriu a toalha… tive de me esforçar para me concentrar, fi-la virar-se de barriga para baixo, massajei os gémeos, os adutores e os glúteos, com o maior dos profissionalismos, mas insistindo junto às virilhas. Ela parece um pouco insensível aos meus esforços.

Quando era puto, só pensava em mim, em satisfazer rapidamente as minhas necessidades e depois então pensava em quem estava ao meu lado. Agora consigo controlar a minha urgência, pensar primeiro nela e só depois em mim. É na satisfação dela que reside o meu primeiro prazer.

Massaja-me as costas, o peito, o pescoço, a cabeça, enfim, serviço completo. Ele está a controlar muito bem a testosterona, estou a gostar.

“Fecha os olhos” Ela olha-me com um ar desconfiado. “Vá lá, confia” Pelos vistos, a última vez que ela ouviu isto de um homem, as coisas não resultaram muito bem.

Quando olho, ele já está sem camisa e avança sobre mim. Eu páro-o. “Quero ver como te safas com a língua lá em baixo” Ele sorri. “Como queiras”. Kiss, do Prince seria a música perfeita para este momento, mas eu duvido que ele goste de Prince...




Parecia haver qualquer coisa que não batia certo, ela estava a evitar-me, a avançar e recuar, que irritação!

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