terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Swingin' (in the rain): a artista e o cientista #1


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Após algum tempo sem acontecer nada de novo, a Yin continuava muito been there, done that. Porque o que ela quer não encontra. Ela quer a partilha total e equilibrada, com todos os membros envolvidos, na simetria da quadrangulação. Ou triangulação, qualquer forma que funcione na perfeição. Quer aprender o mais que puder. Quer repetir e fazer melhor. E não encontra quem queira o mesmo. Já é difícil encontrar quem queira alguma coisa connosco, quanto mais repetir, fazer melhor… aprender algo de novo, inesperado, uma forma diferente e apetecível de viver a sexualidade, seria pedir muito?
O Yang continuava à procura nos sites, de vez em quando chamava a atenção da Yin para algum casal, mas invariavelmente, não mexiam com ela, não lhe traziam nada de novo ou de minimamente interessante. Até que surgiu um casal da nossa área geográfica com quem mais uma vez o Yang encetou conversa.

Foi tudo muito rápido, eles perguntaram se nos podíamos encontrar num dia e no outro estávamos a trocar mensagens no whatsapp. Gostamos de utilizar esta app porque permite conversas em grupo com números de telefone válidos. Assim, antes de conhecermos pessoalmente as pessoas com quem estamos a falar, muitas vezes conseguimos encontrar-lhes as pegadas digitais.
Após o mais ou menos recente historial de falhanços e frustrações, a Yin estava mais interessada noutras atividades e não prestou atenção alguma à conversa que se foi desenrolando no telemóvel e que nos levou a um encontro nesse mesmo dia.

Ficámos a conhecer pessoalmente a Artista e o Cientista. Sorridentes, irradiavam a boa disposição de quem está de bem com a vida. A empatia foi imediata e acabámos por os levar para casa. Ficámos um pouco à conversa e deu para perceber que estavam (principalmente ele) bastante interessados em que acontecesse algo sexual, mas a Yin estava noutro comprimento de onda, bastante mais a leste. Ele foi bastante incisivo desde início, logo nas mensagens: “E se vivêssemos num mundo perfeito, que gostariam de fazer hoje?”. Mas nesse dia, quando se aperceberam que não passaríamos da conversa e porque tinham compromissos cedo no dia seguinte, foram embora, com encontro combinado para a noite seguinte.
O Yang estava na boa, como sempre, a Yin ficou apreensiva. Achava-os bastante interessantes, com muito em comum connosco, (até os nomes), pareciam feitos um para o outro, completamente sintonizados, pareciam-lhe demasiado bons para serem verdade. Ainda por cima com encontro marcado para o dia seguinte e ficando claro que não seria só para conversar…

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