quinta-feira, 12 de julho de 2018

Tortura de Prazer - parte 4

início | continuação daqui

Ela resolve guardar a faca no bolso do casaco e volta a sentar-se ao colo dele, desta vez pele com pele. Ela está seca e quente, ele frio e molhado. Mas aquele contacto produz inesperadamente um efeito intumescente no sexo dele e um calor abrasador no dela. Chega-se um pouco mais perto, passa-lhe as mãos algemadas para trás do pescoço até o rosto dele ficar entre as suas mamas. Ele fica a respirar aceleradamente o calor da pele dela e deseja ardentemente não ter a boca tapada para poder morder-lhe os seios. Esse pensamento, juntamente com a incandescência do sexo dela, provocam-lhe uma forte erecção, que lhe intensifica a dor nos testículos e o faz gemer. Ela olha para o sexo dele junto do seu. Respira fundo. Pensam ambos em uníssono: "o que é que me está a acontecer?!"

Claramente, aquilo tinha ido longe demais. Ambos sabiam que não era boa ideia misturar aquele tipo de trabalho com prazer. Mas se tinham chegado até ali, também não seria agora que iria parar. Ela olha fundo nos olhos dele, de dedo na boca, pensativa:

- Se eu te tirar a fita, portas-te bem? - ele acena positivamente. Ela arranca suavemente a fita da boca dele. Ele tosse e recompõe a respiração. Ela passa-lhe o polegar pelos lábios, mantendo-lhe a faca junto ao rosto, mas ele apenas lhe roça ao de leve os seios com os lábios. Ela sente um arrepio, e desta vez é dos bons. Chega-se mais perto, sente o sexo dele duro contra o seu, doido para entrar nela, enquanto ele lhe mordisca os seios. Como é que alguém capaz de tanto terror consegue provocar tanto tesão? É inexplicável, incompreensível, uma questão de pele, talvez. Química aplicada.

- Fazes-me isso aqui em baixo? - pergunta-lhe ela, apontando para o sexo.

- Libertas-me? - tenta ele. Ela ri-se. Pega numa toalha e estende-a no chão húmido. Segura nas costas da cadeira e inclina-a devagar até chegar ao chão. Ajoelha-se e senta-se em cima da boca dele. Ele trabalha com afinco, apesar do desconforto da posição, primeiro nas virilhas e nos lábios, depois no clítoris, a seguir morde-a devagar e penetra-a ritmadamente, enquanto ela se mexe e contorce e dedilha de cócoras, até se vir uma e outra vez. Depois vira-se e retribui-lhe o gesto sem pressas, enquanto ele continua a lambê-la. Beija-lhe os testículos avermelhados e alivia-lhe a dor que provocou há pouco. Abocanha-o e engole-o até à base, sente-o estremecer todo até ele lhe suplicar:

- Fode-me. - Ela demora-se um pouco mais, provocando-lhe uma doce mistura de dor e prazer. Tenta voltar a subir a cadeira, mas é demasiado pesada. Pega numa corda, amarra-a às costas da cadeira, fá-la passar pelo gancho pendurado e usa todo o seu peso para a erguer. Vai buscar o preservativo caído no chão, colocando-o no devido sítio e enterrando o membro duro dentro de si, numa lentidão torturante, enquanto ele continua a mordiscar-lhe os seios. O encaixe é perfeito, têm ambos a noção de que aquilo não é normal, é bom demais, o clichê absoluto, parece que foram feitos um para o outro. “Que loucura…”, pensam, enquanto gemem extasiados até ele se vir.

Torturar com prazer... aquilo só podia ser de génio, ou então o maior erro de sempre. A segunda hipótese parecia mais plausível.

- Se me libertares, vou fazer-te escorrer de uma maneira que nunca mais te vais esquecer. - Tenta ele novamente. Muito tentador, mas ela não cede. Sorri e beija-o levemente na boca.

- Ajuda-me a sair daqui viva e eu retribuo-te o prazer… Onde estão as chaves destas algemas?

- As chaves destas abrem essas.

Ela abre as suas algemas e atira-lhe a chave para abrir as dele, que aproveita para vestir as calças molhadas e desamarrar as pernas, sob o olhar atento dela e da arma que continua a empunhar. Ela veste finalmente o casaco e arregaça as mangas enormes, o casaco dá-lhe pelo meio das coxas, fica cómico, mas ela deixa-o provocadoramente aberto. Ele levanta-se e detém-se uns segundos a olhá-la. Depois dirige-se para ela com uma urgência que a assusta. Será que acabou de cometer um erro fatal?


continua aqui

terça-feira, 3 de julho de 2018

Trocas e Baldrocas...



"Ninguém pode se intrometer na intimidade de um casal. Entre quatro paredes vale tudo, se houver consentimento das quatro pessoas." Haja entendimento!