quarta-feira, 30 de junho de 2010

Madga X

início | continuação daqui
texto por Bernardo Lupi
Fotos de Mugshots e Imperator + carpe vitam!

Uma noite, após ter tirado o avental, exibindo assim o seu fabuloso corpo nu ao seu Senhor, Magda ouviu a seguinte pergunta:

- Tu gostas de piercings?

A jovem, apanhada de surpresa, não soube o que dizer pois, no conceito dela, tudo dependia de onde o piercing era colocado. Decerto não teria gostado de nada que lhe deformassem o nariz, uma bochecha ou, pior ainda, a ponta da língua. Diplomaticamente respondeu apenas:

- Gosto de tudo o que o meu Senhor gosta…

Henrique, que parecia ter sido iluminado por alguma ideia fulgurante, pegou no telemóvel e efectuou um breve telefonema, tão rápido que Magda entendeu apenas a frase final:

- Tudo bem. Ficarei à tua espera amanhã, ao princípio da noite.

No dia seguinte, às nove horas da noite em ponto, chegou um carro conduzido por uma mulher alta, magra e com cabelos pintados de vermelho.

O dono da casa cumprimentou-a calorosamente e mandou que Magda aparecesse na sala com o intuito de a apresentar aquela mulher de aspecto excêntrico. Ela obedeceu com uma certa relutância, pois essa era a primeira vez em que ia mostrar-se seminua e acorrentada perante uma pessoa estranha. Obviamente, quando Henrique recebia os amigos no varandim do jardim, ela ficava em casa e a uma certa distância do grupo. Embora visível, nunca se tinha aproximado até permitir que olhos alheios vissem certos detalhes do seu corpo.

- Magda, deixa que te apresente a minha amiga Vanda.

A mulher acenou com a cabeça, mas sem demonstrar algum interesse particular na sua figura, como se estivesse acostumada a ver belas mulheres nuas e submissas. E, sem dizer nada, apoiou uma pasta preta, de couro preto, sobre uma mesa, abriu-a e convidou o anfitrião para admirar o conteúdo.

Henrique, por sua vez, chamou Magda para que ela mesma visse os vários tipos de pequenos objectos, todos de ouro, prata ou platina, das mais variadas formas.

- Quero que escolhas o modelo que mais gostas para enfeitar os teus mamilos – disse ele.

Magda, admirada pela beleza dos adornos, examinou atentamente o mostruário e, depois de uns minutos, apontou para duas pequenas argolas de ouro amarelo-escuro. Ao mesmo tempo olhou para o seu dono esperando que ele aprovasse a escolha. Enquanto Henrique parecia ainda um pouco perplexo, Vanda, interveio com estas palavras:

- Permitam uma consideração. As argolas são peças bonitas, mas são mais apropriadas para mulheres um pouco mais maduras do que uma bela jovem. Ela tem os peitos ainda duros e pequenos. Pessoalmente gostaria de sugerir estas duas barras de platina...

E, assim dizendo, pegou os dois enfeites e aproximou-os aos peitos de Magda que ainda estavam parcialmente cobertos pelo avental de linho branco. Henrique desatou a fita que sustentava a parte alta da peça e a jovem ficou nua até à cintura. Instintivamente escondeu os seios com as mãos, mas bastou um severo olhar de relance do seu Senhor para que ela os descobrisse imediatamente.

As duas barrinhas, cujo comprimento era inferior a dois centímetros, e que terminavam com duas pequenas esferas, combinavam perfeitamente com os pequenos mamilos rosados da jovem, a qual concordou na escolha. Estranhou, porém, quando viu que Henrique agarrou três, e não duas dessas pequenas barras de platina.

- Meu caro amigo, falou a mulher, como você optou pela candura da platina, proponho que escolha também argolas do mesmo metal, e não muito grandes.

- Agradecido, Vanda. Você é mestre nesta arte, os seus adornos são os melhores do mercado. Então dê-me duas dessas, respondeu o dono da casa.

Embora Magda não entendesse bem qual a colocação das argolas pensou, justamente, que alguma parte de seu corpo ia ser perfurada para permitir a aplicação das peças.

Com efeito, Vanda abriu outro compartimento da maleta da qual retirou uma seringa com a agulha fina, uma ampola de lidocaína e uns instrumentos usados na cirurgia estética.

Mandaram que Magda se sentasse numa cadeira.

A especialista injectou uma gota de anestésico num dos mamilos, fez um furo quase invisível e, logo em seguida, introduziu a primeira barrinha da qual fora tirado uma das esferas que, enfim, foi novamente montada e lacrada. A mesma operação foi repetida no outro mamilo.

Com o auxílio de um espelho a escrava pôde admirar a beleza dos adornos e a perfeição do trabalho. Adorou e ficou muito orgulhosa dos adereços, principalmente por saber que eles, além de simbolizar fortemente a sua submissão, não podiam ser removidos com facilidade, nem dispondo do equipamento apropriado.

Quanto às argolas, Magda imaginou que seriam colocadas nas orelhas, e a terceira barrinha no umbigo, pois tinha visto várias amigas usar piercings naquelas partes do corpo. Mas estava enganada.

Vanda explicou ao Henrique que muitas mulheres ficavam impressionadas quando ela realizava a segunda parte do seu trabalho e isso representava um perigo potencial, sendo que o menor movimento podia resultar numa ferida profunda numa área de forte circulação sanguínea. Por isso sempre aconselhava que as clientes fossem bem imobilizadas antes de iniciar a operação. Consequentemente as mãos de Magda foram atadas junto com os tornozelos e uma vara de madeira enfiada entre o lado posterior dos joelhos e os antebraços. Também, para evitar que ela se assustasse ao ver instrumentos cirúrgicos ensanguentados, foi devidamente vendada.

Após a anestesia local, Vanda perfurou o clítoris de Magda e fixou a terceira barra de platina.

Henrique, que tinha experiência no campo da dominação, sabia que nada podia inundar mais de prazer uma mulher, do que um piercing naquela parte sensível do corpo.

Aquela pequena peça de metal, seja quando titilada pelos dedos do dono, seja quando apertada por uma corda ou, mais ainda, durante um relacionamento sexual, tinha o poder de amplificar as vibrações e a pressão exercida sobre o pequeno órgão e, portanto, de levar o prazer da mulher a limites inimagináveis.

A aplicação das argolas nos lábios vaginais foi um pouco mais trabalhosa, mas depois de um bom tempo também foi concluída. Henrique olhou satisfeito a vagina de Magda, que estava a ser readaptada à sua nova condição de escrava. A visão do corpo imobilizado naquela posição, que expunha as partes mais íntimas de Magda na presença de uma estranha, deixou-o bastante excitado.

Impulsivamente, pediu à Vanda que acrescentasse mais duas argolas aos lábios de Magda, coisa que foi executada tendo o cuidado de deixar uma distância apropriada entre os dois pares de argolas.

Assim, pensou correctamente Henrique, a vagina da sua escrava podia ser completamente fechada com dois cadeados ou, de modo alternativo, com um só cadeado que segurasse a parte terminal de uma barra em forma de T, a qual teria passado simultaneamente pelas quatro argolas. Sem contar com a possibilidade de introduzir um dildo, uma corda de seda, ou de combinar as várias possibilidades de acordo com o seu arbítrio.

Para completar o serviço, numa das argolas foi enganchada uma medalha, de ouro branco, com um monograma onde constavam as letras HCM.

Vanda recebeu mais uma vez os cumprimentos de Henrique, junto com um generoso pagamento.

Magda, que tinha ficado acordada durante toda a operação, nada sabia do que tinha sido feito com o seu corpo, mas imaginava onde as peças tinham sido colocadas pois, com o passar do tempo, o efeito da anestesia estava a atenuar-se e já sentia um ligeiro incómodo.

Sentiu o grande orgulho de estar a oferecer a essência da sua feminilidade para o maior deleite do seu dono o qual, mediante os piercings colocados, fazia do seu corpo um objecto ainda mais sensual e desejável.

Finalmente Henrique entrou em casa depois de se ter retirado por instantes para se despedir de Vanda e, imediatamente, foi olhar novamente a obra prima daquela mulher enigmática.

Instintivamente ele começou a beijar as coxas de Magda, descendo até às nádegas e voltando a subir de novo. Acariciou repetidamente os peitos que não eram muito acessíveis devido à maneira com que ela fora imobilizada.

Beijava e lambia os lábios vaginais e o clitóris, mas com muita delicadeza, para não comprometer o processo de cicatrização que ia durar cerca de um mês.

Protelava o momento de desatar a escrava, pois aquela visão tinha algo de sublime. O corpo da jovem estava nu, acorrentado, atado como um inocente cordeiro sacrifical e enfeitado com adornos metálicos que decorariam definitivamente suas carnes. Podia existir algo de mais representativo da submissão feminina completa e incondicional?

Mesmo assim, depois de ter contemplado essa obra de arte viva, pela primeira vez retirou as cordas, todas as correntes e levou a jovem, ainda um pouco tonta pelos efeitos do anestésico, para a cama carregando-a nos seus braços fortes. Queria mostrar para ela a sua capacidade de amá-la não somente como escrava, mas também como mulher.

Objectivamente, a Vanda tinha recomendado os dois a não terem sexo vaginal durante a fase crítica da cicatrização. Isso não foi motivo de lamentos nem para Magda e nem para o seu Senhor, pois os dois preferiam, e muito mais, o sexo anal, coito que foi repetido várias vezes durante aquela primeira noite em que a escrava teve o seu corpo modificado para sempre.


continua...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

corpos suados (último)

continuação daqui
texto por
Toque
fotos por Imperator e Viages

Os corpos tombados no chão rodeados de marcas de suor deixavam transparecer os momentos intensos vividos há minutos atrás.
Um estranho silêncio invadiu a sala, depois dos gritos que ecoaram. Ela sabia que tinha de gerir a situação de forma correcta, afinal tinha sido ela a provocá-la.
Posou uma perna sobre as pernas do Carlos e inclinou ligeiramente a cabeça até que os seus lábios tocassem a orelha masculina.
- Tens razão. Vivemos momentos únicos enquanto estivemos juntos. Mas isso não foi suficiente para que a tua escolha fosse outra que não eu. Não te recrimino, apenas lamento que não tenhas falado comigo. Dificilmente te vou esquecer, mas vou seguir com a minha vida, como tu farás o mesmo com a tua. Hoje realizaste um sonho meu, obrigada.
Carlos ficou em silêncio olhando o rosto radiante de prazer daquela mulher que tão bem conhecia, neste momento não sabia se tinha feito a escolha certa, mas sabia também que voltar atrás era impossível.
-Nunca ninguém me fez sentir o que tu fizeste. O que se passou hoje foi estranho e confesso que nunca imaginei que pudesse acontecer-me, mas fizeste com que tivesse tido uma experiência única e que me deu bastante prazer, por isso eu é que tenho de te agradecer.
Pedro ouvia os sussurros dos dois antigos amantes. Não conseguia ouvir a conversa e sentia-se nervoso e ansioso, tentando adivinhar o que diziam.
Viu o seu rival levantar-se pegar nas roupas e dirigir-se ao quarto de banho. Ela fixou os olhos brilhantes nele.-Gostaste!Não era uma pergunta, apenas a constatação de algo.
- Não gosto de te dividir com ninguém! Conheço-te há tão pouco tempo, mas entraste de tal forma em mim que não concebo viver sem ti.
- Mas sentiste prazer e eu senti esse prazer contigo.- Sim. Aninhou-se nos braços dele no preciso momento em que Carlos regressava à sala.
Levou-o até à porta, onde um beijo demorado selou a despedida e voltou para os braços de Pedro que fechava os olhos prestes a adormecer.
Acordaram tarde e apenas tiveram tempo de um banho rápido, antes de se dirigirem aos respectivos empregos.
Passou a manhã distraída, absorvida pelos pensamentos do que tinha acontecido na noite anterior.
Queria agradecer ao Pedro ter entrado no jogo, apesar do desconforto inicial que sentiu da parte dele, mas não conseguia pensar em nada diferente.
À hora do almoço quando todos saíram ficou a ler distraída o jornal que estava pousado na sua secretária quando teve uma ideia que lhe iluminou a face com um sorriso.Avisou a secretária que não iria trabalhar de tarde, pois tinha assuntos para resolver.
Saiu com um passo decidido disposta a fazer rapidamente tudo o que tinha em mente.
Quando conseguiu, dirigiu-se ao parque de estacionamento onde tinha encontrado o Pedro pela primeira vez. Descobriu rapidamente o carro dele, colocou o papel que já trazia escrito no limpa vidros do lado do condutor e num impulso resolveu pegar no batom que tirou da carteira e desenhar as suas iniciais na porta do carro.
Enquanto esperava tentava imaginar a cara dele ao ver o bilhete que lhe tinha deixado.
Quando chegou ao carro estranhou o envelope preso ao limpa vidros, assim que o abriu uma chave pequena caiu-lhe aos pés.
Apanhou-a e leu o conteúdo do papel que estava dentro do envelope. Um amplo sorriso iluminou-lhe o rosto.
Dirigiu-se ao endereço que ela lhe propôs. A entrada do motel era recatada como se impunha, deixou o carro à porta do quarto que ela lhe indicou e empurrou a porta entreaberta.
Tentou descobrir a presença dela mas a penumbra que dominava o quarto não o deixou ver. Uma música dominava o ambiente e ele adivinhou uma silhueta ondulante no fundo do quarto. O corpo mexia-se de forma sensual e tentou adaptar-se à escuridão para ver aquela dança que convidava ao sexo.
-Não acendas a luz. Deixa-te seduzir pela música.
Ele obedeceu enquanto ela desaparecia.
Entretanto, o olhar pousou numa vela cuja luz cintilava. Mais uma vez um papel indicava-lhe o caminho a seguir.
"Apura o segundo sentido. Tens de o por a funcionar para me encontrares".
Um aroma conhecido chegou-lhe ao nariz e resolveu seguir o seu instinto e trilhar os passos até onde o perfume dela o levou. Entreabriu a porta de onde o cheiro vinha com mais intensidade e sentiu que um par de mãos macias lhe tapava os olhos, vendando-os depois com um lenço acetinado. Ela deu-lhe a mão para o guiar até ao próximo destino. Empurrou-o ligeiramente até algo que lhe pareceu uma cama e muito lentamente tirou-lhe todas as peças de roupa.
"Agora quero que apures o teu olhar, que consigas olhar sem ver".
Ele sentiu as mãos dela deslizarem sobre a sua pele, estavam oleosas e com uma aroma que o embriagava. Levemente ela começou a massajá-lo. Na nuca e nos ombros em primeiro lugar e depois um pouco por todo o corpo.De olhos tapados tentava adivinhar os movimentos seguintes dela, mas foi relaxando com aquele contacto. Por isso, estremeceu quando as mãos deixaram cair um pouco de óleo sobre o seu pénis e o começaram a acariciar de forma sensual. As mãos quentes moviam-se agora mais rapidamente, em movimentos circulares que o enlouqueciam - Queria agarrá-la e e dar-lhe o mesmo prazer, mas ela impedia-o de o fazer.
- Vês como me excitas?
Ele mal conseguia falar, mas ela pegou-lhe na mão e encaminhou-a até à sua vagina que escorria um líquido quente e ligeiramente espesso. Depois rodou o corpo 180 graus, por forma a que ele conseguisse chupá-la, enquanto ela acabava de o massajar, desta vez nos dedos dos pés.Sem contar com esta mudança ele lambia-a sofregamente, chupando o seu montinho e metendo a língua em movimentos rápidos no seu buraco.
Ela não o deixava tocar com nada mais do que a boca e a língua e isso estava a excitá-lo de forma intensa.
-Começaste a apurar o terceiro sentido... gostas do paladar?
-Tens um sabor divino, disse ele entre suspiros.
Ainda com os olhos tapados estranhou quando ela se afastou, tentou retirar a venda mas ela impediu-o. Voltou minutos depois trazendo com ela um cheiro adocicado. Aproximou os seus seios com os mamilos duros da sua boca, ele chupou-os com fome dela e foi surpreendido com o sabor do chocolate derretido.
A surpresa aumentou a vontade que tinha de a possuir.
-Sei que és guloso... por isso resolvi servir-me com chocolate. Delicia-te.
Chupou os dois seios, enquanto ela lhe mordiscava o pescoço e lhe dizia ao ouvido palavras de desejo.
Pequenas trincas de ambos os lados levavam a paixão de ambos até níveis que nenhum julgava possível.
Quando ele se preparava para a agarrar e a possuir com a violência do desejo que ela tinha atiçado, ouviu-a sussurrar.
-Tens a chave?
Surpreendido parou de a beijar pensando de que chave falaria ela.
-A que te deixei no envelope.
Claro que a tinha, mas naquele conjunto de emoções nunca mais se lembrou de tal coisa.
-Está no bolso do meu casaco.
Continuava de olhos tapados, mas isso não o impediu de ter a certeza que foi para lá que ela se dirigiu quando se afastou do seu corpo. Quando voltou tirou-lhe a venda e disse-lhe num murmúrio.
-O quinto sentido serás tu a proporcionar-me. A chave que te dei é de algo que está aos pés da cama. Encontra e faz o que quiseres com isso.Demorou algum tempo até se adaptar à parca luminosidade do quarto. Sentia-se inebriante de prazer, precisava de lhe retribuir todo o conjunto de emoções que ela lhe tinha proporcionado.
Levantou-se e rapidamente encontrou umas algemas no rebuliço dos lençóis de cetim.
Ela entregou-lhe as chaves e enquanto as apertava nos pulsos apenas disse:
-És fenomenal. Agora é a minha vez de te enlouquecer. Quero que sintas tudo o que me fizeste sentir.
O beijo com que lhe mordeu os lábios fizeram-na estremecer toda e foi apenas o início de um conjunto de carícias que começaram mornas, apenas com a ponta da língua a percorrer os trilhos de prazer do seu corpo, os rastos de saliva arrefeciam e faziam-na acelerar a respiração. Com os pulsos presos pelas algemas apenas podia mover o corpo para que ele a tocasse onde ela desejava. Ele ria-se com as tentativas dela e para a provocar fazia o oposto, deixando-a ainda mais ansiosa.
Os bicos dos seus seios ansiavam por sentir o calor da boca dele, mas ele apenas lhes tocou com a ponta da língua, enquanto com a mão percorria o interior das coxas dela. Quando sentiu que ela estava prestes a explodir de desejo, deixou que o dedo indicador a penetrasse, o corpo dela correspondeu e fez com que ele a penetrasse ainda mais fundo.
- Gostas de me sentir dentro de ti?
Ela acenou com a cabeça, porque achava que a voz não lhe sairia tal a avalanche de emoções.
-Queres mais?Acenou mais uma vez com a cabeça.
-Pede...-Mete todo dentro de mim.
-Ainda não, quero sentir esse teu líquido a escorrer, quero deixá-lo misturar com a minha saliva.
Ela sentia a boca nele na sua vagina. Com as pernas apertou a cabeça dele de encontro a si. Estremecia de cada vez que a língua dele a penetrava. Com o dedo penetrou-lhe o ânus e acelerou os movimentos.
Ela estava excitada ao máximo e ele começava a perder o controlo, de tal forma desejava penetrá-la.
-Mete, mete-te todo.
Ele deitou-se na cama e disse-lhe:
-Trepa para cima de mim e cavalga-me.
Apesar de ter os movimentos diminuidos pelas mãos presas ela sentou-se em cima do seu pénis e lentamente deixou-o entrar dentro dela. Saiu e ia recomeçar o movimento lento, quando ele a agarrou pela cintura deitou-a e possuiu-a com toda a vontade acumulada durante aquele jogo de prazer.
Ao fim de longos instantes de um sexo descontrolado, tal a paixão que os consumia, deixaram-se cair na cama saciados e satisfeitos.
Ao fim de alguns minutos ele abriu-lhe as algemas, colocando uma delas no seu pulso e mantendo outra no pulso dela.
Fechou novamente.
-Acho que nunca te vou deixar partir de dentro de mim.
Adormeceram exaustos. Afinal amanhã era um novo dia!

FIM

segunda-feira, 14 de junho de 2010

provocação gratuita 67

"Sem o momento, não existiriam nem a antecipação nem a lembrança, mas como os dois são melhores que o momento!"

João Ubaldo Ribeiro, A Casa dos Budas Ditosos
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sábado, 12 de junho de 2010

Magda IX

início | continuação daqui
texto e foto do Redondo por Bernardo Lupi

fotografia por Imperator

Cerca de dois meses depois de ter sido capturada, Magda vivia sonho de amor que a grande maioria das pessoas teria considerado perfeito, tanto pela intensa reciprocidade dos sentimentos, quanto pelo lado puramente sexual.



Quase diariamente, Henrique homenageava-a com bombons de chocolate suíço ou belga, vinhos requintados e jantares deliciosos confeccionados por ele próprio.

E, como ainda não queria que ela saísse de casa, alugava os filmes que ela mais gostava e viam-nos ao princípio da noite. Sentados num sofá, as pernas de Magda em cima das dele, de modo que, durante o tempo todo ele lhe acariciava as coxas, os joelhos, as canelas e, em particular, os pés acorrentados da sua linda mulher.

Por vezes, quando Henrique estava no escritório lembrava-se de telefonar e perguntava-lhe se necessitava de algo. A resposta era sempre a mesma:

- Preciso que o Senhor volte o mais rápido possível, para me dar carinho e prazer.

Um dia, durante a hora de almoço, Henrique entrou numa florista, escolheu a mais bela orquídea que viu e perguntou se a entrega podia ser efectuada por uma mulher. Tendo obtido uma resposta afirmativa, deu à gerente a sua morada e escreveu num bilhete estas simples palavras:

"A mais bela flor para a mais bela das escravas. O teu Senhor"

No mesmo instante, ligou para Magda avisando-a para abrir a porta e receber uma certa encomenda.

Algum tempo depois, uma rapariga da florista desceu de uma scooter, tocou na campainha do portão da propriedade e foi-lhe aberto o portão. Quando Magda assomou à porta, a rapariga viu a coleira e as correntes. Ficou mais vermelha que uma papoila. Balbuciou alguma coisa incompreensível, enquanto Magda admirava a orquídea e saiu a toda velocidade a bordo da sua motocicleta.

Naturalmente ficou bastante satisfeita pelo presente inesperado.

Este costume de enviar flores pelo menos duas vezes por semana tornou-se um ritual constante, tanto é que várias floristas das redondezas já sabiam quem era a Magda e, após o primeiro impacto perturbador com o lado material da dominação, acabaram por se acostumar com a visão das correntes e da coleira. Maluquices de gente rica, pensavam algumas delas.

Provavelmente, várias delas até teriam desistido de sua condição de liberdade para se tornarem escravas de amor.

Tal pensamento era reforçado pela expressão com que Magda as recebia. Os seus olhos emanavam uma luz especial que, para qualquer mulher, tinha um significado inequívoco. Uma intensa paixão completamente retribuída.

No dia de aniversário de Magda, a encomenda não continha apenas uma rosa vermelha, mas também um anel de ouro com um rubi de rara pureza que pesava mais que um quilate.

Apesar de tudo correr lindamente, Henrique, que não era um homem insensível, notou que a Magda necessitaria, de vez em quando, da presença de outras pessoas e, portanto, perguntou se Magda estaria a sentir saudades de alguém em particular. Ela respondeu que fazia bastante tempo que não tinha notícias da tia Alice, uma solteirona de quase sessenta anos de idade que sempre tinha cuidado dela como uma filha. Principalmente a partir do momento em que o seu pai, viúvo, a deixou para ir trabalhar em Espanha e nunca mais dera notícias. Henrique, não apenas consentiu, como se prontificou para ir buscar a sua tia ao Redondo, vila alentejana, onde Magda crescera.

Todavia, surgiu imediatamente uma dificuldade. Era evidente que Magda não podia recebe-la acorrentada e vestindo apenas um avental. Por outro lado, ela não tinha a menor intenção de ser solta durante a estadia da sua tia.

Quanto a Henrique, era desejo dele que, durante a visita, ela carregasse alguma peça que lhe lembrasse a sua real condição de submissa. Estudaram juntos o problema e foi concordado que Magda iria vestir uma camisola bastante comprida e que tanto a coleira como as algemas teriam de ser removidas. Em compensação, ela manteria o cinturão de couro, invisível debaixo da camisola. Aperfeiçoando o sistema já experimentado durante as visitas dos amigos no jardim de casa, uma corda de seda, amarrada na argola dianteira do cinturão iria passar entre os lábios vaginais, prosseguindo pelo rego das nádegas até a argola posterior e segurando, dessa forma, dois dildos: um na vagina e o outro no ânus, ambos providos de uma pequena argola pela qual a corda passaria.

E as correntes nos pés?

Representavam o símbolo mais importante da escravidão de Magda. Por seu lado Henrique estava quase disposto a abrir mão dessa peça, pelo menos durante as horas da visita. Mas foi a insistência de Magda que o convenceu que não ia ser necessário:

- Peço apenas que o Senhor confie em mim.

- Estou confiante em ti - replicou ele - mas lembra-te que é a minha reputação que está em jogo.

No dia marcado para a visita, a tia Alice chegou no carro conduzido pelo Henrique.

A senhora foi acompanhada até uma repartição da sala principal onde a sobrinha a aguardava e grande foi a emoção do reencontro após tantos meses de separação. A dona Alice deu um abraço longo e apertado à bela sobrinha e sentou-se numa das duas poltronas separadas por uma mesinha baixa. Magda sentou-se na outra defronte da tia.

Como a tia tinha olhado só para o rosto da sobrinha, ainda não tinha visto as correntes e Magda, furtivamente, enfiou os pés descalços debaixo da mesinha. A sorte era que a senhora de meia idade era bastante míope e usava óculos de lentes muito grossas.

Para deixar as duas mais à vontade, Henrique sentou-se noutra parte da sala, com um livro nas mãos.

A conversa que se seguiu foi bastante banal.

Curiosamente, porém, a jovem não ficava quieta na sua poltrona por mais de trinta segundos. Passava continuamente a mão entre os cabelos, suspirava, respirava profundamente, fechava os olhos, coçava-se, mexia os quadris com tanta insistência que até a tia, que via com dificuldade, mas que não era cega, perguntou:

- Ó filha, estás com bichos carpinteiros no corpo?

Henrique fez um esforço tão intenso para segurar uma sonora gargalhada que quase sufocava.

Magda cujos dois consolos estavam a excitá-la sem precedentes e, não podendo alcançar o orgasmo diante da tia, levantou-se alegando que ia à cozinha preparar para todos um sumo de fruta.

Enquanto a máquina de sumos rodava a toda a velocidade, aproveitando-se do barulho ensurdecedor, Magda teve um orgasmo tão intenso que, inadvertidamente, soltou um grito abafado. A tia Alice perguntou preocupada:

- Magoaste-te, Magda?

- Não, tia, é que experimentei o sumo e estava bastante azedo.

Henrique, que ouvia tudo, mais uma vez quase sufocou pelo esforço de segurar o riso.

Magda não demorou a voltar da cozinha com uma bandeja onde tinha posto um jarro, três copos, açúcar e guardanapos e o apoiou sobre a mesa de apoio.

Dessa vez, porém, a tia viu os grilhões nos tornozelos da sobrinha e de imediato perguntou:

- Minha filha, o que é isso?

Obviamente não podia responder que se tratava de um novo tipo de adereço moderno pois a tia, mesmo com sua índole benévola e mansa, não era parva e merecia ser tratada com respeito e consideração. Henrique começou a sentir suores frios no corpo.

- Tia, são correntes, respondeu seriamente a jovem.

- E quem foi que prendeu os teus pés, replicou a tia lançando um olhar inquisitivo em direção de Henrique.

- Eu mesma, tia, disse Marta com simplicidade.

- Tu mesma fizeste isso... e por quê?

- Sabe, tia, a senhora talvez nem se lembre que eu tinha um namorado, uns anos atrás, um rapaz que de quem eu gostava muito…

- É mesmo? Eu não me lembro desse rapaz. Era lá do Redondo?

- A senhora não se lembra porque isso foi na época em que a senhora passava a maior parte do tempo em Vila Viçosa, na companhia do Dr. Mendes. Bem, esse rapaz que lhe falei, depois de se ter comprometido comigo, deixou-me de um dia para o outro e eu sofri bastante, sabia?

- Oh filha, avalio todo o teu sofrimento. Mas o que isso tem a ver com as correntes?

- A senhora não se terá se esquecido da igreja da nossa vila, pois não?

- Claro que não, tu sabes da minha devoção e sempre te levei lá desde nova para aprenderes os ensinamentos católicos.

- Pois é. Um dia em que estava muito abatida e desanimada, entrei naquela igreja, ajoelhei-me diante da imagem de Cristo e pedi que ele me ajudasse a encontrar um homem que me respeitasse. Não um idiota como aquele que me fez tanto mal, mas um senhor maduro, sensível, carinhoso e, principalmente, leal. E, para reforçar ainda mais o meu pedido, quis também fazer um voto. A senhora deve ter na mente o quadro, perto da pia baptismal, representando uma santa que está sendo levada ao martírio…

- Ah, sim, aquela jovem romana com as correntes nos pés…

- Isso mesmo! Muito sugestionada pelo quadro, fiz a promessa solene que, caso a minha súplica fosse atendida, ficaria, pelo menos dentro de casa, acorrentada por dois anos consecutivos. Por isso, quando a senhora chegou, não me atrevi a tirar as correntes, por temor de quebrar um voto, de menosprezar, por pura vaidade, uma promessa tão importante.

- E fizeste bem, uma promessa é um comprometimento sério, respondeu a tia com a voz embargada pela comoção. Mas me diz-me uma coisa... esse teu novo namorado, que parece ser uma pessoa tão séria e aprumada, não se incomoda com essas correntes?

- Bem, sinceramente… no começo ele reclamou um pouco, mas depois teve que aceitar e respeitar o meu lado religioso.

- Esse senhor foi muito compreensivo contigo, um verdadeiro cavalheiro.

E, de repente, levantou-se e foi cumprimentar Henrique com tanta sinceridade e espontaneidade que ele, que quase explodia tamanha a vontade de rir, ficou sério e pensativo, tendo até um pouco de remorsos por ter cooperado a enganar uma senhora que demonstrava aquela inocência e bondade.

Enfim, depois do sumo e de muitas outras conversas mais ou menos interessantes, a tia Alice foi levada de volta à sua residência no Alentejo. Apesar da insistência da sobrinha e do próprio Henrique, não quis ficar para dormir.

Henrique acabou por voltar a Sintra já depois da meia-noite. Mais tarde, na cama, relembrando os acontecimentos do dia, ele louvou a criatividade da sua parceira e, enquanto a beijava com renovado ardor, sussurrou nos seus ouvidos:

- Tu és mais inteligente e bonita que a famosa Sherazade!

E o amor que veio depois foi tão intenso e prazeroso que teria sido realmente digno de fazer parte dos contos mais eróticos do livro Mil e uma Noites.

continua...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Alperces

foto: Getty Images



A fome aperta vai a manhã a meio.
é no que dá pedalar forte e feio!
Comi uma pêra, mas não me satisfez.
Fui à frutaria e comi 10 de uma vez!
Os primeiros do ano, que bem me souberam!
Ofereci aos meus colegas, mas não quiseram…

Pequenos, macios, doces, sumarentos…

Um aroma fresco e suave tal brisa de Verão
Sorvo de um trago a energia dos momentos
em que conforto o estômago e reforço a atenção!

Não sabem o que perderam!


Queres?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Magda VIII

início | continuação daqui

texto por Bernardo Lupi
imagens do catálogo da Exposição "Bruxaria: Objectos Insólitos e Criaturas Fantásticas" patente em Óbidos, 1998
(clicar em cima para aumentar)

foto da máquina consoladora surripiada daqui
fotografia por
Imperator

Henrique regressou a casa perto da meia-noite.
Sem proferir palavra alguma, acenou com um dedo para a farda que Magda vestia que, imediatamente, a despiu. Ele abriu uma porta que dava acesso a um recanto na parede, uma espécie de masmorra cujas medidas não permitiam que uma pessoa pudesse deitar-se. Prendeu os pulsos dela a uma corrente que descia do tecto do minúscula divisão e esticou o mais possível os braços de Magda acima da cabeça. Outra corrente, fixada ao piso, segurou os tornozelos da jovem nua e sentada no chão.

Não podia alongar as pernas por falta de espaço e passou a noite à procura de encontrar uma posição mais confortável, tentando apoiar os joelhos no chão, mas qualquer posição era terrivelmente incómoda e todos seus músculos ficaram doridos.

Magda experimentou o que tinham suportado milhares e milhares de prisioneiros na Idade Média.

A sua noite não foi das melhores. Mais que a posição desagradável, o que mais a atormentava era tentar adivinhar o que iria acontecer no dia seguinte.

Seria expulsa de casa ou apenas castigada? E, mesmo que ele a tivesse perdoado, iria manter os mesmos sentimentos de antes?
Perto do amanhecer, ela conseguiu dormir cerca de uma hora antes que o calor do dia, fazendo da masmorra um forno, não a acordasse definitivamente.
Permaneceu mais duas horas acorrentada na obscuridade daquele recanto, exausta e molhada de suor.

Henrique, já quase pronto para sair novamente de casa, abriu a porta, tirou os dois cadeados que a prendiam ao tecto e ao piso da cela e ordenou que ela tomasse um copo de leite e comesse um pão seco do dia anterior.

Magda obedeceu em silêncio, triste e temerosa.

Quando o seu dono ordenou que entrasse na casa de banho e lavasse bem os pés, pensou que ele lhe fosse devolver as roupas e os sapatos e de seguida a deixasse na estação ferroviária de Sintra, para que ela voltasse para o seu apartamento de Odivelas, sem ordem para o voltar a procurar.

Saiu da casa de banho cabisbaixa, certa de que dentro de poucos minutos tudo teria terminado. Mas, ao ouvir um som estranho, levantou um pouco a cabeça e viu, a poucos metros de distância, Henrique que puxava uma viga de madeira, triangular, apoiada sobre quatro pernas de ferro. Reconheceu o objecto por tê-lo visto em algumas fotografias que ele lhe mostrara. Efectivamente tratava-se de um cavalete - também chamado de potro -, um antigo instrumento de tortura, projectado para punir adúlteras, feiticeiras e, em geral, fêmeas tidas como insolentes.

Ele acorrentou os pulsos de Magda atrás das costas, fixando-os ao cinturão de couro. Com uma longa corda amarrou em dois pontos os braços da escrava e atou também as mãos. Logo em seguida ordenou que ela se sentasse bem no meio da viga. A cunha de aço que estava na parte superior do cavalete entrou nos lábios vaginais, afastando-os progressivamente. Instintivamente, ela levantou-se nas pontas dos pés para aliviar a sensação de incómodo.

Henrique enfiou uma corda na argola dianteira da coleira e segurou-a na extremidade dianteira do potro; analogamente fez com a argola posterior. Repetiu as mesmas manobras com as argolas do cinturão de couro, de forma que o corpo de Magda ficou perfeitamente vertical em cima do instrumento e não teria caído nem se ela tivesse desmaiado.

Com dois cintos de couro prendeu as coxas dela que, dessa forma, quase abraçavam o cavalete. Enfim um cadeado uniu os tornozelos que foram puxados para cima e fixados à parte inferior da viga, formando um L em relação às coxas. Agora o corpo de Magda apoiava-se unicamente sobre o triângulo de metal que, lentamente, dilatava a sua vagina e apertava o períneo.

A jovem estava a ser submetida a uma antiga tortura medieval mas, pelo menos, esse castigo podia significar que Henrique não se iria livrar dela. Todavia o facto de ter sido obrigada a lavar os pés, deixava-a perplexa e preocupada.

O mestre pôs na cabeça da jovem o capuz de couro que a deixava praticamente cega, surda e muda.

Logo em seguida, atou com bastante corda os tornozelos e prendeu os polegares dos pés com algemas de couro. Ela percebeu que Henrique queria imobilizar totalmente as suas extremidades inferiores, provavelmente para chicotear as plantas dos pés, mas ainda não entendia qual a função daquele preparo, porque quando ele a batia nessa parte do corpo, costumava dizer:

-Agora, querida, vou tirar a poeira das tuas solas.

Completamente nua, atada e sem poder ver nada, Magda não viu que ele estava a manipular um pequeno fogão eléctrico sobre o qual já estava a aquecer uma pequena panela cheia de óleo. Ele regulou o termostato para uma temperatura de 55°C. Quando uma luz vermelha se apagou, indicando que o líquido tinha alcançado a temperatura escolhida, mergulhou um pincel no óleo e iniciou, vagarosamente, a pincelar as solas dos pés de Magda, partindo dos calcanhares e descendo até aos dedos.

Experiente como sempre, Henrique estava a aplicar uma técnica que ia produzir uma dor não exagerada, comparável àquela de uma vela derretida, mas durável no tempo.Por isso mandou que ela lavasse bem os pés, para o líquido penetrar profundamente nos poros da pele.

Terminada a sessão e, antes de sair de casa para ir para o trabalho, puxou uma primeira alavanca debaixo da viga: uma protuberância de marfim, do tamanho de uma cenoura média, emergiu do cavalete e deslizou na vagina de Magda. Accionando uma segunda alavanca, um dildo bem lubrificado penetrou delicadamente no ânus da escrava.

Henrique trancou a porta e foi-se embora cantarolando.

Magda permaneceu muitas e muitas horas imobilizada naquela posição.

Inicialmente a dor prevaleceu, tanto aquela gerada pelo cavalete, como o incómodo que sentia nas solas dos pés.

Felizmente o potro era uma versão moderna do antigo aparelho de tortura e a dor, afinal das contas, foi diminuindo bastante na medida em que os músculos vaginais iam-se adaptando à solicitação mecânica do seu peso.

Quanto ao óleo, como tinha previsto o seu Senhor, a dor continuou constante, mas a intensidade era suportável.

Por outro lado, a mulher teve a enorme satisfação de saber que ainda iria continuar a ser propriedade de Henrique e que ele não tinha a menor intenção de mandá-la embora. O facto de estar nua em cima de um cavalete, completamente atada e encapuçada, era um acontecimento natural que condizia com a sua condição de escrava.

Rapidamente, ela começou-se sentir à vontade a cavalo do potro. Percebia o seu corpo como um maravilhoso objecto sexual, um brinquedo nas mãos de um dono com mau génio mas, ao mesmo tempo, carinhoso, leal e fiel. Isso era o mais importante.

E não demorou muito a sentir um certo bem estar, tanto físico quanto psicológico. Mexendo um pouco a bacia para a frente, recebia prazer da protuberância que penetrava a vagina e apertava o clítoris; deslocando-se de uns milímetros para trás, o brinquedo anal gerava ondas de prazer ainda mais intensas.

Não tendo a possibilidade de olhar para um relógio, e nem de ver a luz do dia, ela não tinha noção do tempo que ia decorrendo. O seu vaivém em cima do cavalete tornou-se rítmico, como uma dança sexual que proporcionava prazer infinito. Paradoxalmente, um instrumento projectado para torturar funcionava como uma máquina para gerar orgasmos. E desse ponto de vista, Magda era praticamente insaciável. Quanto mais se vinha, mais sentia o desejo de voltar a vir-se novamente.

As horas em cima do potro foram uma viagem numa dimensão sobre-humana, uma dimensão caracterizada por uma única e sublime variável. O prazer.
Quando, dez horas depois, Henrique voltou do escritório e tirou-a da viga, ela beijou-o languidamente e, com voz bastante enfraquecida, disse para ele:
-Muito obrigada, meu Senhor…

Henrique, após tê-la deixado quase desmaiada em cima da cama, foi para a cozinha onde lhe preparou um jantar reforçado.

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