terça-feira, 28 de janeiro de 2014

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Swingin' (in the rain) parte 55

continuação daqui | início

Comprámos um óleo de massagens natural para a Doce, uns doces regionais cá da terra e rumámos a casa deles. Fomos cedo, numa tentativa de ajudar no jantar, mas eles já tinham tudo preparado, pelo que ficámos na conversa. Bastante tempo depois, chegaram dois casais bastante novos, que viemos mais tarde a saber serem os patrões e uns colegas dela. Como não sabíamos o que eles sabiam sobre os planos da saída nessa noite, mantivemo-nos discretos nas conversas. No final, apenas os patrões também vieram. Fomos os quatro no carro da Yin, os outros dois seguiram-nos. Nunca tinham estado num clube de swing, a ideia surgiu de uma conversa que tiveram no trabalho.
Sabíamos que enquanto eles estivessem lá, os Doces teriam de se portar bem, e assim foi.
A média de idades dos frequentadores do espaço era bastante elevada desta vez. Havia uns quantos singles mais novos que vieram juntos, todos com muito bom corpo, um regalo para a vista das senhoras.
Havia quatro pessoas que faziam anos naquele dia e com aquele, era o terceiro bolo de aniversário que comíamos.
Desta vez a Doce não se esqueceu de levar as limas e fartou-se de beber, tanto que começou a ficar mal disposta, não sem antes soltar a franga. Por esta altura tinha um buraco enorme nos collants e mostrava-se de forma despudorada. Ordenou ao Yang que a lambesse, mas ele não gostou do tom e não lhe fez a vontade, coisa que o membro masculino de outro casal amigo deles se dispôs prontamente a fazer. Conseguiu também passar a língua pela boca e pelas mamas da Yin. O Doce, como tinha motorista, também se soltou um pouco, mas não tanto quanto ela. Pediu à Yin que lhe mostrasse as mamas, mas não teve sucesso. 
Quando o casal de patrõezinhos se foi embora, ele perguntou se podia beijar a patroinha, o namorado disse que sim, mas ela disse que era melhor não. Eles disseram que gostaram do sítio, mas achamos que ficaram um pouco assustados.
A Yin ainda se fartou de dançar sozinha, pulou, pulou, até ficar sem forças, até que foram novamente para o sótão, onde a Doce se fartou de vomitar e pediu para ir embora, estava muito mal disposta.
Quando vínhamos a sair, houve um single que se virou para a Yin e perguntou se ia embora, ela acenou que sim e ele fez uma cara triste, ao que ela respondeu com um sorriso.
Seguimos rumo à casa deles e ainda tivemos de parar diversas vezes na auto-estrada e na estação de serviço para a Doce gregoriar e limpar o carro. Muito nos rimos com ela! Felizmente o carro só teve de ser limpo da parte de fora, caso contrário a Yin não se riria tanto.


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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Se há uma questão que mexe com o meu sistema nervoso é esta história do pseudo-referendo que uma cambada de putos se lembrou de arranjar, para engatar um processo que já estava em movimento.

Por aqui posso sem qualquer dúvida declarar a favor, não só da co-adopção como da adopção por casais do mesmo sexo.

e sou-o por diversas razões práticas:

Uma criança com uma família, é uma criança feliz, se dali vai sair um génio ou um criminoso, bem, isso terá a ver com mil e uma condicionantes, que em nada tem a ver com a orientação sexual de quem a educa.

Uma criança com uma família, é uma criança que não está a encher o bandulho e os bolsos daqueles que gerem instituições onde as crianças são armazenadas.

Uma criança adoptada é uma criança com uma família, não é mais uma que está numa instituição, onde os educadores se dividem entre muitas.

Uma criança adoptada por um casal composto por duas pessoas do mesmo sexo, é uma criança com uma família, com duas pessoas dispostas a ensinar, educar, explicar, ter paciência suficiente para as birras [ou a praticar muito ioga], bem, no fim de contas será uma criança feliz junto de pessoas que se preocupam em exclusivo com ela.

"Ah e tal dois gajos ou duas gajas estão a retirar à criança o direito a ter um pai e uma mãe", pois, mas não foi a Justiça que retirou a criança ao Pai e à Mãe por não serem capazes de a criar, de a colocar de tal modo em risco que foi necessário uma ordem para a remover de quem tinha a obrigação de a proteger, etc e tal...

Não é a ultima conclusão, mas é, para os menos crentes e economicistas, talvez a mais simples: enquanto as crianças estiverem numa Instituição, somos todos nós, contribuintes que temos que lhe pagar a educação, alimentação, roupa, etc e tal, sendo adoptadas, bem, que as adoptou é que tem essa responsabilidade.

O interesse superior da criança, é uma treta que de vez em quando aparece em género de moda sempre que dá jeito para justificar uma série de teorias pseudo moralizadoras, que a mim me parece que não são mais que uma lista de coisas que prejudicam em muito o verdadeiro interesse superior do fedelho/a.

Curiosamente, alguém pelos jornais levantou uma consideração e assim sendo, sujeita a virar o feitiço contra o feiticeiro, esta história das duas perguntas pode criar um buraco interessante se o SIM Concordo que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo possa adotar o filho do seu cônjuge ou unido de facto; e o SIM Concordo com a adoção por casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo; ganhar, bem deixo ao critério da vossa imaginação o caldinho que isto vai levantar por aí, por mim, espero que o SIM SIM ganhe, mas eu só voto uma vez e garantidamente vou votar SIM SIM e o resto é conversa!




imagem gamada daqui

O TC pode encalhar isto tudo se considerar que existe alguma inconstitucionalidade.


e pronto, após estas considerações, este blog volta à sua programação habitual.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Swingin' (in the rain) parte 54

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Finalmente proporcionou-se a ida ao clube que já estávamos há algum tempo para conhecer. Fomos jantar com os Sem Preconceitos, mas eles não podiam ir, pelo que ainda não seria desta que iriam conhecer os Doces. Seria interessante se ambos os casais se entendessem. Fomos até à casa destes últimos e seguimos com eles para o local. Falámos também com o elemento masculino do Casal Especial que nos deu o contato do primeiro clube aonde fomos e ele prontificou-se a vir ter connosco. Já conhecia o espaço e é amigo dos donos, precisava de falar com eles e assim juntou o útil ao agradável.

Quando chegámos, ele já lá estava. Já não nos víamos há bastante tempo, ele tem sempre um sorriso simpático e jovial, apesar de já não ser propriamente adolescente. Este espaço é bastante interessante e aceita singles ao sábado. A Doce levou a Yin a conhecer a casa e ela aproveitou para conhecer primeiro a casa de banho. As velas acesas davam as boas vindas com uma luz quente, a banhar pétalas de rosa vermelha espalhadas pela bancada do lavatório. Enquanto isso, o único single daquele dia perguntou à Doce se elas eram singles. Ela disse que não, que tinham pares, e de seguida comentou com a Yin, que teve pena de a pergunta não lhe ter sido dirigida, pois teria dito que ambas eram um casal. Logo de seguida, foram espreitar os quartos e depararam-se com um casal entretido de porta aberta. Ela de costas, pulava energicamente em cima dele. Depois fomos todos até ao piso superior, uma espécie de sótão com um mesa de snoocker, uma máquina de escrever decorativa, umas cadeiras de baloiço vintage a um canto, em volta de umas mesas baixas que nos cativaram bastante. Aquele era um espaço acolhedor e discreto, onde se podia estar e conversar e... fazer o que nos desse vontade.

O preço foi um pouco mais elevado que no outro espaço, mas o bar é aberto, o que para nós não significa grande coisa, uma vez que a ideia não é enfrascar-nos e normalmente o consumo mínimo dá para os gastos, já com comida incluída. Aqui houve uns pequenos acepipes de queijo e tostas a meio da noite que mal deram para a cova de um dente. A doce queria caipirinhas mas não havia limas, ela tinha ficado de as levar e esqueceu-se.

A Yin foi com a Doce espreitar o balcão superior sobre a pista e o bar, tinha uma pequena cama com um véu de dossel e alguns bancos e mesas baixas. Estava com algum receio do que ela fosse querer fazer naquele divã, mas ela portou-se bem. O Yang estava no bar a conversar com os homens. Fomos até lá fora.

Estávamos curiosos para conhecer a piscina coberta, é sensivelmente do mesmo tamanho que a descoberta do outro espaço, mas com outra configuração. Quando abrimos a porta, o cheiro a cloro era bastante intenso e ardeu nos olhos e nas narinas. Impossível estar ali dentro sem a porta aberta. Pena a cobertura não ser removível, "assim não dá para ver as estrelas..." comentou a Yin. Ainda ficámos um bom bocado a conversar cá fora, até o Especial se ir embora. Depois a Doce levou a Yin a conhecer o restante espaço exterior, dando a volta à casa. Estava uma noite fria, seguiram as duas de braço dado, no escuro, mas dava para perceber que era um local bem arranjado, podia ser uma pequena quinta, tinha aquele ambiente rural que tanto apreciamos, mais cuidado que o outro lado, com os seus jardins e árvores de fruto. 

A música era manhosa, como costuma ser nestes sítios, mas lá houve uma altura em que era minimamente dançável e a Yin deu um arzinho da sua graça. O calor começou a fazer sentir-se e transformou a saia comprida num vestido curto cai-cai. A Doce brincava com ela, dançavam as duas, trocaram uns xoxos e um beijo de língua. A Doce tem uma boca pequenina e suave, diz a Yin. Não é mau, mas não sente o sangue ferver quando a beija.

Estávamos por conta dos Doces, tínhamos vindo no carro deles, e pouco depois fomos embora. O Doce estava nitidamente cansado, um pouco apagado, mas aguentou-se à bomboca. Pré-combinámos uma nova ida ali por ocasião do aniversário da Doce que seria dentro de poucas semanas.

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

swingin' (in the rain) parte 53

continuação daqui | início

Os Doces falaram-nos de um clube na nossa zona que seria inaugurado em breve. Mas no dia da inauguração não nos dava jeito ir, depois eles também não podiam e a coisa foi-se adiando. Por essa altura, os Sem Preconceitos tinham combinado encontrar-se com um casal amigo emigrado na Alemanha. Achámos a data simpática para sair, mas pensámos que não seria conveniente combinarmos uma saída com eles, muito provavelmente haveriam de querer estar sozinhos com o outro casal, por isso acabámos por combinar jantarada com os Duques. Acontece que no dia combinado, o casal ficou sem alguém para tomar conta do filho, o que lhes estragou um bocado os planos. De modo que decidiram sair na mesmo com os filhos e vieram ter a nossa casa para beber café. Os miúdos davam-se bem, ficámos com a sala cheia, nunca tínhamos visto tanta gente naquele espaço, mas havia assento para todos. Na altura a Yin lembrou-se que podíamos ter ficado com os miúdos, apesar de no dia seguinte haver caminhada cedo, eles podiam vir buscá-los quando viessem da borga. Já estavam os dois a cair de sono quando os pais decidiram ir embora. A Yin também, mas tentava disfarçar. Gostou do miúdo, ele falava bastante bem português e entretiveram-se os dois à conversa. Houve um momento de degustação de licores caseiros e várias tentativas de ver estereogramas. Toda a gente de olhos tortos, a Yin a explicar como via, o resto do pessoal a achar que aquilo era tudo uma grandecíssima treta. O Yang gostou do corpo da outra mulher, especialmente do rabo. À Yin foi um bocado indiferente, não aqueceu nem arrefeceu. Com tanta gente, era difícil dar e prestar atenção a todos.

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Boas entradas!

"A lâmina penetrou suavemente no músculo e, em seguida, percorreu-o, deslizando de uma ponta à outra. O gesto era perfeito e exato. Dobrando-se molemente, o pedaço de carne tombou no cepo."

Alina Reyes, O Açougueiro