quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Swingin' (in the rain) os conterrâneos


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Conhecemos mais um casal conterrâneo via site. Pensámos que fosse desta que nos envolveríamos com alguém da nossa cidade, para variar dos cromos conterrâneos com que nos temos cruzado. O Yang viu que tinham bastante em comum connosco, encetou conversa e acabámos por combinar um jantar num restaurante que estávamos com curiosidade em conhecer. Tinham referido que ele era uma “figura pública” e nós ficámos com curiosidade em saber quem seria. O Yang encontrou-o no Facebook e de fato, a cara dele não era estranha à Yin, mas não o conseguiu identificar a não ser quando percebeu onde ele trabalhava. O conceito de “figura pública” dele era trabalhar num atendimento ao público onde a Yin costumava ir. Tirando isso, pareciam bastante sensatos.
O jantar correu bem, apesar do restaurante ter ficado um pouco aquém das expetativas. Comida gourmet, rara e cara, apesar de não ser má de todo. O sítio era agradável e confortável, mas não vingou, pois entretanto fechou. O casal era bastante simpático, a Yin já tinha essa ideia dele, se bem que um pouco gabarola. Ela era encantadora, o Yang gostou bastante dela e a Yin também, embora não sentisse tesão por nenhum dos dois.
Ainda assim, fomo-nos encontrando, tínhamos gostos em comum, pelo que não era difícil encontrar programas que nos davam gozo. A Yin soube de um workshop de massagens terapêuticas e relaxantes e as meninas foram fazê-lo numa tarde fria de inverno. Apesar do frio lá fora, a sala estava aquecida e o ambiente era acolhedor. Só mulheres, incluindo as formadoras, geraram um ambiente de descontração bem humorado. Elas não sabiam, mas iriam fazer massagens uma à outra, ao corpo todo. A Yin pensou “ainda bem que fiz a depilação”, mas lamentou não ter levado uma lingerie mais sexy. A pele da outra menina era suave e morena. Experimentaram vários tipos de massagens, a preferida da Yin foi com uma vela que se transforma em óleo quente. O óleo aquecido em contato com a pele é super relaxante, desliza muito facilmente. A parte das massagens terapêuticas já não foi tão agradável, pois o objetivo é resolver problemas musculares, entre os quais contraturas, e a Yin tinha algumas nas costas, que fazem bastante doer a desfazer, por vezes é de ir às lágrimas. Mas no final, uma sensação de relaxamento total, uma leveza… parece até que os pés não tocam no chão. A noite terminou numa bela jantarada na casa destes Conterrâneos, com quem noutra ocasião estreámos e partimos o nosso set de fondue a fazer ganache de chocolate e frutas.
A Yin não tinha qualquer interesse sexual neles, o Yang gostava de provar as generosas mamas dela. Tinha um perfume bastante doce que se tornava enjoativo, mas tirando isso, era bastante agradável e bem-disposta, sempre na boa, muito tolerante em relação às atitudes do marido.
Ele tinha a mania de que era um homem culto, educado na cidade e todos os outros eram parolos da aldeia de gostos pouco refinados. Estava sempre a falar de sedução e glamour, essa palavra tão amada pelos swingers e que nos incomoda. Ficávamos irritados com alguns comentários e atitudes deste género, pois ele acabava sempre por se armar no maior parolo de todos, e ultra possessivo, o Yang não podia falar sozinho com ela que ficava todo ciumento, principalmente se a Yin não lhe desse atenção, coisa que acontecia com alguma frequência.


Enviaram-nos fotos sensuais indiscutivelmente dela e também uns poemas eróticos interessantes. A Yin perguntou se os poemas eram deles e disseram que sim. Mas como suspeitávamos que não fossem, perguntámos ao Google e ele confirmou. O Yang não queria confrontá-los, principalmente a ele, mas a Yin achou aquela situação uma prova da falta de sinceridade e gabarolice dele. No início, ele ainda voltou a mentir, mas depois de confrontado com o link da autoria dos poemas, começou a disparatar, a revelar um pouco da sua natureza mais crua. A Yin sentiu-se provocada por alguns argumentos e ainda pôs um pouco de lenha na fogueira, até que ele pediu desculpa. Ficou tudo bem, mas nunca mais nos encontrámos para programa nenhum, eles tinham-nos removido do círculo de amizades do Facebook e dos sites swing e nós também não pedimos para voltar ao contato. O Yang ficou com imensa pena, notava-se que havia vontades por explorar entre ele e a outra menina, mas as condições não foram reunidas e certo tipo de incompatibilidades são mesmo inultrapassáveis. Passado algum tempo, ele contatou o Yang para devolver uns livros que ele tinha emprestado à sua esposa e passado mais algum tempo a Yin foi ao estabelecimento onde ele trabalhava e foi muito bem atendida por ele, que fez questão de a atender e de lhe pedir mais uma vez desculpas. Ela aceitou e não guarda mágoa nenhuma do que se passou, mas a verdade é que nunca mais nos encontrámos. O que não tem de ser, tem mesmo muita força e o que não tem de ser, também.


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sábado, 24 de setembro de 2016

terça-feira, 13 de setembro de 2016

swingin' (in the rain) o Tal clube

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aqui tínhamos mencionado o primeiro clube que tentámos frequentar, a referência, o supra-sumo dos clubes de swing no nosso país, que o Yang fez logo uma cruz por os achar demasiado elitistas. São o único clube que cobra “jóia”, apesar de já terem baixado esse valor 66% nos últimos anos e supostamente só outro casal que seja “sócio” pode convidar outro casal a sê-lo também. Pois bem, o Tal Casal convidou-nos, insistiu a dizer que iríamos gostar e nós acabámos por ir a uma sexta-feira. As sextas-feiras nos clubes são mais calmas, por norma aparece menos gente. Já nos tinham dito que este clube é do género discoteca com quartos, achámos o espaço decadente, não tanto quanto o outro rural, mas ainda assim gasto, com um ar de Casino Estoril. Às sextas só está aberta a zona do bar, mas isso não nos impediu de espreitar a discoteca com os seus dois pisos,Era noite de kizomba, coisa que temos quase sempre que levar com nos outros clubes, por isso não era novidade. A Yin levou um vestido curto de alças e generoso decote, com o padrão mais africano do seu guarda-roupa e muitas pulseiras e colares, só não tinha cabeleira afro e pele morena.
Lá chegados conhecemos um professor de dança que dançou com a menina do Tal Casal e com a Yin. Ele era muito simpático e jeitoso, mas a mulher era o oposto.
Chegámos a fazer umas aulas desta dança quando ainda não era moda, mas entre os dois, temos quatro pés esquerdos. Isto porque a Yin insiste em comandar e não se deixa levar. Isto porque nas aulas havia falta de homens e ela fazia por vezes o papel masculino, coisa que achava mais interessante. As danças de salão são bastante machistas, são sempre os homens a comandar. No início a coisa não correu muito bem com o professor, mas depois ela entrou no ritmo e lá funcionou.
Depois conhecemos um casal das ilhas também já gasto, a condizer com o espaço. Ele propôs ao menino do Tal Casal irem para um quarto, proposta que ele declinou e mais tarde mostrou-se bastante desagradado e quase ofendido com a forma como foi feita a proposta.
Aproveitámos para conhecer melhor os quartos e dar uma fodinha num deles. Muito pequenos e abafados, com porta dupla de grade para quem quer ser observado, o que não era o nosso caso.


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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ena tantos...



Nove Primaveras... e Verões! E venham os Outonos e os Invernos também!

É costume por estas alturas fazer-se um balanço, filosofar sobre o futuro... mas desta vez não vou fazer nada disso, apenas não esquecer que isto começou há nove anos e se bem que tenha andado paradito, não está morto, nem estará enquanto houver vontade de publicar coisas e pessoas que leiam, mesmo que sejam muito poucas.
Venham mais!


terça-feira, 6 de setembro de 2016

Swingin' (in the rain): um clube que não deixou saudades e uma agradável despedida

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Os Doces levaram-nos a conhecer outro clube supostamente mais perto de nós, mas igualmente por estradas de muitas curvas. Numa noite de inverno, lá chegámos, enjoados de tanta curva. O sítio até parecia simpático por fora, mais uma vivenda com espaço de esplanada que não podíamos usufruir nesta altura de frio e chuva. No interior, uma sala ampla com pista de dança e um piso superior com vista para a pista. Um certo ar rural, como o outro clube da piscina coberta, mas versão desleixada, principalmente a parte dos quartos, totalmente improvisada às três pancadas, com um ar mesmo reles. O espaço já tinha sido uma discoteca, talvez uma casa de alterne, com um ambiente decadente. Encontrámos os Devassos, os seus amigos da passagem de ano e um ex-jogador de futebol sozinho, ainda com bom ar, mas claramente decadente. A Yin ainda trocou alguns beijos e amassos com os Doces, mas não passou daí.


Estivemos mais algumas vezes com os Alto & Baixa, já depois de terem a criança, decidiram emigrar ambos e tiveram de a deixar cá com os avós. É duro… Mas antes de irem, fomos visitá-los ao parque de campismo e passámos bons momentos a fazer geocaching, com a criança no carrinho. Vieram também jantar connosco lá a casa e a Baixinha cumpriu a promessa de fazer umas massagens à Yin, que as tentou retribuir e aprendeu mais algumas coisas sobre o assunto. Estava frio, mas elas lá se conseguiram aquecer só de cuecas, apenas com creme hidratante e o toque das mãos.

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