quarta-feira, 31 de agosto de 2011

pêra rocha | parte 2


foto por TenderPuffies editada por mim

continuação daqui

Convidou-me para lanchar na casa dela num sábado e eu fui sem hesitar, todo contente e expectante. Tomei banho, perfumei-me com um after shave pavoroso, queria agradar-lhe, ultrapassar a minha timidez naturalmente desajeitada.
Cheguei mais cedo que a hora combinada, mas ela já tinha a mesa posta com uma pequena toalha aos quadrados vermelhos com toda a espécie de doces e bolachas e pão, leite, iogurte… e antes mesmo de comer alguma coisa, ela pergunta-me:
- Tens namorada?
- Não – respondi envergonhado.
- Já tiveste? – voltou ela, a mastigar bolacha com doce.
- Já – respondi prontamente, tendo dúvidas se por trocar cuspo no banco do trás de um autocarro com uma miúda lhe podia chamar isso. Ainda para mais quando no dia seguinte ela não me reconheceu.
- Fizeste sexo com ela?
- Não… - disse-lhe baixando os olhos.
- Queres fazer comigo? – disparou ela levantando-me o queixo e olhando-me nos olhos. Senti um calafrio espinha abaixo. Não estava a acreditar naquilo. Engoli em seco.
- Ag...ora?...
- Por que não, os meus pais não estão cá e apeteces-me tanto…
Vá-se lá perceber o que ela viu em mim que me tornou apetecível. A verdade é que também ela me apetecia. Muito. E assim juntámos as duas vontades que afinal eram só uma.
A boca era doce. Talvez fosse do doce de pêra com bolacha Maria, sabia bem. Ela fumava, mas não se notava o gosto do tabaco. As nossas roupas voaram rapidamente para fora dos corpos e quando ela viu os meus boxers brancos às cerejas, desatou a rir e exclamou:
- Let’s pop the cherry!
Ainda sinto os lábios à volta da cabecinha, a língua… depois os dentes, ui… mais devagar! Ela engolia-me com gosto e vigor e não demorou muito tempo até eu explodir-lhe na boca. Ia pedir desculpa, mas ela arrebatou-me com um beijo antes de eu abrir a boca. Já tinha provado o sabor daquilo e não tinha achado nada de especial, mas misturado com o dela, ganhava outro paladar.
Quis retribuir-lhe o gesto e fui descendo. Provei devagar aquelas pêras, aquelas duas firmes, redondas, sardentas e doces pêras que ela tinha no peito. Desci mais até ao triângulo de pêlos e aventurei-me entre eles de olhos fechados, sem saber muito bem como lhe poderia dar prazer, mas ela tratou de me ir indicando o caminho até a fazer gemer.
Toda ela me sabia a pêra, ao doce, ao fruto, já nem sei bem. Foi buscar preservativos. Colocou um com a boca. "Sabe a pêra", disse ela, e eu não fiquei surpreendido. Abraçou-me e deslizou sentada sobre mim. Deixou-se ficar assim um pouco imóvel enquanto me beijava e eu curtia aquele lugar quente, envolvente. Depois começou a mexer-se devagar. Delírio. Pensei que não fosse aguentar três segundos sem me vir outra vez. Mas aguentei. Não muito mais que isso, mas lá me fui aguentando. E depois de me vir, ela tirou o carapuço e voltou a lamber-me até eu estar pronto para outra. E passámos a tarde naquilo, a experimentar diferentes posições e formas de amar, até que se fez noite e tive de voltar para casa da minha avó e ouvir o típico “mas por onde é que tu andaste?”. Tinha-me esquecido completamente, no dia seguinte os meus pais voltariam para me buscar. Esperei que toda a gente estivesse deitada para ir ter com ela, mas não estava ninguém em casa ou ela não me ouviu, ou não quis abrir a porta... 

Nunca mais a vi. Foi estudar para longe e por lá ficou. Por esta altura, sempre que vejo uma pêra rocha, não deixo de sorrir. Mordo-a com força e saboreio-a com vontade, por entre lembranças daquele Verão.

sábado, 27 de agosto de 2011

carpe somnium [último]

continuação daqui | início

Carmina Burana! A orquestra termina ao rubro, sem fôlego, ao mesmo tempo que nós.
Sou a timpanista, a marcar o ritmo, a fazer vibrar todos os tímpanos, a contribuir para uma orgia onde todas as peças se encaixam na perfeição, cada uma e indispensável para a realização de um todo, brilhante, triunfante!

Estamos na Primavera. A paisagem de neve é substituída por campos floridos e verdejantes. Ao lado da casa, à nossa espera, vejo nada mais, nada menos, que um balão de ar quente, pronto a voar… Pronto, morri e estou a ir para o céu, só pode! Chove uma chuva miúda quente que nos cumprimenta suavemente com as suas gotas. Tão bom sentir a chuva na cara, na língua! Os nossos vestidinhos claros de verão rapidamente se molham, revelando as curvas e contornos apetitosos. Subimos e vamos trocando beijos. Beijamo-nos os quatro, num único beijo a quatro línguas…
Chove e faz sol. Um pôr-do-sol colorido que só pode ser meu e a Ângela grita:
- Arco-íris!
- Olha outro! – isto é trabalhinho dela.
- E outro!
- Quatro! – lindo! Bem… magnífico: quatro arco-íris entrelaçados uns nos outros... é tão mágico… as lágrimas vêm-me aos olhos. Só me apetece gritar de felicidade.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Gritamos os quatro o mais alto que podemos, até ficarmos roucos, até ficarmos surdos, deixamos o ar fresco invadir completamente os nossos pulmões para sentir em pleno que estamos mais vivos do que nunca:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Podes perguntar o que é que eu ando a tomar, eu digo-te que é apenas tesão acumulado. Esta é a forma pacífica e criativa que encontrei para o libertar.

Descobri que o sonho é o sítio onde as minhas metáforas são verdade.
Deixo-me adormecer aqui e acordo lentamente para a realidade.


Somewhere over the rainbow, Provoca-me!!!!
E o teu sonho, como é?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

pêra rocha | parte 1




Era puto, algum acne e pêlos por todo o lado a nascer, nunca me hei-de esquecer. Férias de Verão, terra dos avós. Queria juntar uns trocos para os meus jogos e foi a minha avó que apareceu com a ideia: apanhar pêra. Não posso dizer que me tenha agradado muito, mas lá fui eu, de manhã bem cedinho, na camioneta, com um monte de velhas. Bem, havia outro rapaz da minha idade e uma rapariga um pouco mais velha.
O trabalho era simples mas cansativo. As mulheres andavam de balde na mão, a colher a fruta das árvores e os homens carregavam as caixas para os tractores. Eu e o outro rapaz não fomos considerados “homens”, pelo que nos meteram junto com as mulheres, a acartar os escadotes e a apanhar as pêras mais altas. Claro que os "homens" ganhavam mais. A hierarquia era rígida na apanha da fruta.

Apesar do dia de trabalho terminar cedo, nos primeiros dias chegava morto a casa, todo arranhado, apanhei um escaldão no nariz e só via pêras à frente quando fechava os olhos. Depois fui-me habituando. Gostava da companhia do outro rapaz, falávamos sobre jogos, ele tinha o que eu queria comprar e ao final do dia ia até casa dele jogar. 

A rapariga era gira e simpática, discutíamos filmes e séries que pirateávamos e pensava nela no duche, enquanto lavava a pila a alta velocidade. Observava-a discretamente. 
Uma vez, trouxe uma t-shirt bastante larga de uma marca de caramelos de fruta. Lembro-me perfeitamente, porque quando ela ergueu o braço para apanhar uma pêra, a manga larga deixou-me ver por breves mas iluminados instantes uma maminha. Era pequena, rija, com o bico espetado. Parecia uma pêra! O meu sangue baralhou-se todo, sem saber se havia de se concentrar na minha cara ou na minha pila, acabou por ir para os dois lados, para meu grande embaraço. Ela sorriu, mas não me pareceu ter notado. Passei o resto do dia a tentar ver de novo, mas só consegui vislumbres parciais.
Noutra altura, estava ela no cimo do escadote, a colher as pêras mais altas com umas calças coladas ao corpo. Conseguia perceber que estava a usar uma tanga cor-de-rosa pela falta marcas nas nádegas e pelo tecido que aparecia por baixo das calças. O cromo do outro rapaz passou por mim e comentou, num tom demasiado alto:
- Achas que não te topo, tás sempre a olhar para ela, ainda agora tavas a olhar pró cu dela! – ia morrendo de vergonha. Fiquei com a nítida impressão de que ela ouviu.



continua e termina aqui

sábado, 20 de agosto de 2011

carpe somnium [18]

continuação daqui | início

Já estou tão embriagada de prazer que não sou capaz de distinguir pormenores, onde acaba um corpo e começa o outro? Tento esforçar-me por aproveitar cada momento com todos os sentidos, este sonho não irá durar para sempre, quero guardá-lo numa memória viva.

Olho para o espelho do tecto. Consigo sair de mim e ver os nossos corpos entrelaçados, a entrarem uns nos outros. E finalmente percebo que fomos desenhados para isto, dar e receber, pena que nem toda a gente o perceba.

Não sei bem definir o que se está a passar aqui, faltam-me palavras. Poesia sexual, talvez. SUPERCALIFRAGILISTICSEXPIALIDOUCIOUS! Sinto-me uma Mary Poppins hard core! Tudo o que eu possa escrever é apenas um tosco esboço da minha realidade sonhada embebida em imaginação delirante. Todos os meus sentidos estão mais apurados que nunca, isto não é real, é hiperreal, surreal, inacreditável! Não sei o que é isto que sinto, mas sei que é bonito e bom de se sentir. Não tenho a mínima intenção de vos dizer que quero ficar assim para sempre, nem de vos jurar amor eterno, só quero aproveitar o momento ao máximo.

O Fortuna,
Velut Luna
Statu variabilis,
Semper crescis
Aut decrescis;
Vita detestabilis
Nunc obdurat
Et tunc curat
Ludo mentis aciem,
Egestatem,
Potestatem
 Dissolvit ut glaciem.
Sors immanis
Et inanis,
Rota tu volubilis
Status malus,
Vana salus
Semper dissolubilis,
Obumbrata
Et velata
Michi quoque niteris;
Nunc per ludum
Dorsum nudum
Fero tui sceleris.

Sors salutis
Et virtutis
Michi nunc contraria
Est affectus
Et defectus
Semper in angaria.
Hac in hora
Sine mora
Corde pulsum tangite;
Quod per sortem
Sternit fortem,
Mecum omnes plangite!

falta só mais um bocadinho...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

provocação gratuita 80

Há duas espécies de pessoas: as que habitualmente usam os degraus das escadas rolantes e as que habitualmente esperam que o degrau as leve para onde vão. Que espécie de pessoa és tu?

domingo, 14 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

carpe somnium [17]

continuação daqui | início 

Estou quente, muito quente, febril. O meu corpo escorre em suor. Preciso de arrefecer rapidamente. Abro a porta e levo com o ar gelado… ahhhhh, saio porta fora e desato a correr pela neve.
- Onde é que vais? Volta pra dentro, olha que ainda algum urso te come! – diz ela a rir.
- Oh, se o fizer com jeitinho… ahahahahaha! - Desbundo a brancura gelada, imaculada da neve. É tão raro ter esta oportunidade que tenho de aproveitar ao máximo. Eles vêm também cá para fora e começamos a atirar bolas de neve uns aos outros. Neve fria em corpo quente, derrete imediatamente, fumega!
A Ângela deita-se na neve e começa a agitar os braços e as pernas. Levanta-se cheia de frio, revelando o anjo da neve no chão. Vem ter comigo e eu abraço-a por trás, para a aquecer e derreto os flocos de neve que ficaram presos no cabelo dela.

Estamos no jacuzzi, bem aquecido e borbulhante. Ahhhhh, que bem que sabe relaxar após intensa actividade! Saímos do calor líquido a fumegar e estendemo-nos húmidos na cama. Acendemos umas velas, pomos uns incensos a queimar, óleo de massagens e a Nina Simone a cantar a capela:

Sun in the sky you know how I feel
Breeze driftin' on by you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good”

As minhas ancas nunca resistem àquele “tchanananana” do trompete e deixam-se levar… toda eu me embalo na forte doçura da voz dela.
Vamos massajando alternadamente todos os corpos, mantendo sempre o contacto, pele com pele, a deslizar, a pressionar, a aliviar, a relaxar…

continua aqui

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

chuva miúda

foto: rain drops on pine tree por Desert Nana

Era uma daquelas noites estupidamente quentes de verão em que o calor convidava a insónia. O ar dentro de casa estava saturado e irrespirável, a arder-me no corpo. Levantei-me e fui espreitar lá fora. Estava bem mais fresco, temperatura agradável, a brisa quente do sul fazia-se notar, mas abafada por uma humidade persistente. Fui andando até ao caminho de terra batida, pelos trilhos do pinhal, a sentir a humidade transformar-se em chuva miúda. Uma chuvinha molha-tolos, desprovida das memórias de Inverno, ainda a aprender a chover. Soube bem senti-la na cara, cheirá-la na terra. Mesmo estando com medo de chover, assentava a poeira e libertava o aroma dos pinheiros, tornava tudo mais fresco e intenso.
Continuei o meu passeio sem ver nem ouvir vivalma, apenas alguns cães a ladrar longe, um carro a passar na estrada principal, até que avistei duas pessoas aproximarem-se da clareira onde estava. Instintivamente, escondi-me atrás de um arbusto seco, que me permitiu continuar a ver a movimentação do casal. Sim, consegui aperceber-me, apesar da pouca luz, que se tratava de homem e mulher, ouvia-os falar e rir, tornou-se óbvio o que iriam ali fazer.
Abraçaram-se e beijaram-se com urgência, contra um pinheiro. Ele acariciava-a por cima da roupa, até ela despir a túnica num só gesto, revelando o corpo alvo, nu. Atirou a túnica para o chão, ajoelhou-se nela e começou a abrir-lhe as calças, numa lenta tortura. Mamou-o com ternura, até ele pedir que parasse. Ela obedeceu e colocou-se de gatas, convidando-o a entrar.
Ele penetrou-a devagar, numa estocada prolongada, que a fez suspirar um gemido. Foram aumentando o ritmo, embalados por ela e eu assistia ao baloiçar hipnótico das suas mamas. Brilhava-lhe o luar na pele branca, reflectido pela chuva. Ele era mais escuro, mais peludo, mexia-se com vigor dentro dela, conseguia sentir-lhe o vibrar da carne cada vez mais forte.
Intumesci. O tesão era respirável, embriagante, contagiante. A minha pulsação acelerava com a deles e esforcei-me para não fazer nenhum som que me denunciasse. Queria juntar-me a eles, mas sabia que se os surpreendesse, só iria conseguir assustá-los e cortar-lhes o tesão. Dominando a vontade, mantive-me no meu canto, a observar, enquanto me ia tocando. E assisti atentamente ao desenrolar do querer, por entre gemidos e suspiros, na dança da chuva aprendiz que apaziguava o calor estival humedecendo ainda mais os corpos.
Voltaram a vestir-se entre sorrisos cúmplices e seguiram caminho. Respirei fundo. Tirei a t-shirt, estendi-a no chão, deitei-me. Fiz-me vir e finalmente adormeci.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

carpe somnium [16]

continuação daqui | início

Viro costas e volto toda sorridente, com uma surpresa:
- Apresento-vos Dick Van Dike e os sete anões! – gargalhada geral. Olham todos para a minha “arma preta” com algum desdém. Na verdade, a minha cinta caralha é castanha, e longe de ser uma bisarma, escolhi uma com o tamanho certo, não preciso de maior para o que me proponho fazer. Os anõezinhos são um mimo, sete plugs simpáticos, cada qual com uma cor do arco-íris, encontrei-os e não lhes resisti – cada um mais barrigudinho que o outro, têm um formato ergonómico, mesmo indicado!

Eles olham para mim com reservas, mas a Ângela abraça a ideia com gula. Pego no lubrificante, escolho um anãozinho dos mais barrigudos para enfiar no meu rabo e ofereço-me para vos colocar o que escolherem no devido sítio. Muito devagarinho, a provocar a entrada com a língua, a salivá-la, a lubrificá-la, até pedirem para entrar de uma vez. Ao início é um pouco desconfortável, mas aos poucos, o desconforto transforma-se em puro tesão. Foder com um plug enfiado é uma coisa…
Começo a penetrá-la com cuidado de frente, a encaixar as minhas mamas nas dela, a roçar, mamilo com mamilo, a aumentar o ritmo e de repente…
- Caralho! – exclamo completamente atónita: a minha cinta caralha transforma-se num pénis a sério!
– Consigo senti-lo! Ahhahaahahaah! – tenho de o tirar para poder apreciar, e cá está ele, perfeitinho, tesinho… sinto o mesmo fogo do costume, só que mais virado para o exterior.
- E porque é que o tiraste? Volta a pô-lo cá dentro, já! – Returque ela. E eu não discuto, entro para aquele bom aperto, sinto-lhe o calor, a humidade, tão bom! Vou aumentando o ritmo e começo a sentir as contracções dela, delícia! Oh, a tensão é muita, fico com a sensação de que vou explodir a qualquer momento, não consigo controlar e começo a jorrar em golfadas…
- Aaaaaaaaaah, estou a ejacular, estou mesmo a ejacular! - Saio de dentro dela, a temperatura ambiente é bem mais fria e começo a sentir-me a murchar.

Olho para vocês, estão com um ar incrédulo. Verdadeiramente SURPREENDENTE, não? Gosto quando pessoas que julgo conhecer me surpreendem e gosto ainda mais quando as consigo surpreender! Avanço para o meu amor, com a minha pilinha murchinha, pareço bastante inofensiva. Ele começa a beijar-me, a lamber-me, a engolir-me. Gosto do calor da língua, da humidade, ummm, começo a sentir-me intumescer, o sangue a afluir, sinto-me tonta. Sabe bem senti-lo a crescer, a palpitar nas mãos, vontade de o enfiar por ele adentro… deixa…
- Ohhhhh, que quentinho e apertadinho! - Fico assim a dar-lhe devagarinho, completamente à minha mercê.
- Tu és o próximo! – digo ao cão, em tom desafiante.
- Nem penses.
- Vá lá… Podíamos fazer um comboio…
- Ahahaaha. Esquece.
- Caramba, não gostaste da língua, não gostaste dos dedos, não gostaste do anão? Por que não experimentas, então? Vira pra cá esse rabo, prometo ser gentil… - Sabe-me tão bem inverter papéis…
- Tenho de te comer o cu primeiro – mas é que nem sei porque é que isso ainda não aconteceu!
Lambe e morde-me as nádegas como se não houvesse amanhã, espeta-se no meu rabo sem dó nem piedade e eu vou avançando de gatas, com ele atracado, até ao meu amor. É bastante estimulante andar com ele assim, mas eu quero mais. Subo pelo meu amor acima e começo a tentar encaixá-lo. Não é fácil, nunca e fácil, é preciso alguma coordenação, mas depois de tentar um pouco, lá consigo. Gosto de ficar assim, ensanduichada entre dois machos. É uma sensação de total preenchimento. Quero experimentar ao contrário, mudo de posição e fico sentada em cima do meu amor, de costas para ele, enterrado em mim e convido o cão a penetrar-me de frente. Oh, sabe lindamente!
- Oh, Ângela, tens de experimentar isto! – ela dispensa. Aparentemente, é coisa que não faz parte do cardápio de fantasias de algumas mulheres, o que não compreendo, mas aceito.
- Agora tens de ceder ao meu capricho… - dou-lhe uma palmada no rabo e avanço para ele de menino em riste.
- Espera, deixa-me ser eu a controlar – aceito. Deixo-me ficar quietinha enquanto o sinto rodear-me o membro, vencer a resistência devagar. É bom na mesma. Não me interessa quem controla ou deixa de controlar, só me interessa o prazer que isto pode dar. É dá, que belo rabo! Tê-lo assim, totalmente disponível… realmente só a sonhar.

Eu de rabo alçado, totalmente vulnerável. A Ângela avança para mim de cinta-caralha, um pouco hesitante, entra devagarinho e começa a mexer-se lentamente:
- Força, mais força, dá-me com FORÇA! – e ela corresponde. O meu caralho de verdade desaparece para dar novamente lugar à minha amiga de sempre. Cumprimento-a com os dedos, toco à campainha do prazer. Abro a torneira dos orgasmos e jorro a torrente, penetrada alternadamente pelos três, em todos os lugares disponíveis.
- FUUUUUUUUUUUUUUCK!

continua aqui :)