domingo, 30 de julho de 2017

Swingin' (in the rain) a artista e o cientista #2

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A Yin passou o dia em pulgas. Por um lado, queria conhecer melhor o casalinho, por outro já há muito que não se metia naquelas aventuras, estava a atravessar um longo inverno que durou até ao verão e tinha de descongelar rapidamente. O Yang estava entusiasmado, naquele entusiasmo comedido dele. Convidámo-los para jantar, mas não podiam. Então convidámo-los para a sobremesa que seria a bela mousse de chocolate do Yang e eles aceitaram.
Chegada a hora, eles ainda não tinham chegado e a Yin desejou que não aparecessem, pois isso provaria que a sua desilusão em relação ao swing era justificada e que não valia a pena fazer mais tentativas. E resmungou o seu mau humor para cima do Yang, que a aturou pacientemente. O casal homónimo avisou que vinha a caminho, mas já tinha passado tempo mais que suficiente para chegarem e nada. Perguntámos se se tinham perdido, ao que responderam que tinham estado a conversar.
A Yin achou aquilo estranho, pareceu-lhe um sintoma de que algo não estava bem, que talvez não estivessem de acordo em relação à vinda ou ao que viriam fazer. Mas nada mais a fazer a não ser esperar e a espera foi longa e enervante, apesar de eles não terem demorado assim tanto.

Quando chegaram sorridentes, provaram a mousse do Yang apenas para não lhe fazer a desfeita. Ele tinha ideias de usar a mousse para derreter o gelo, no corpo da Artista, mas não se proporcionou. O Cientista continuou na sua onda, bastante incisivo, enquanto a sua companheira parecia mais hesitante. A Yin sabia que tinha de começar por ela e refrear o entusiasmo dele, mas não sabia bem como. Claro que nestas alturas, as coisas simplesmente acontecem. Ou não. Mas proporcionaram-se quando o Yang falou da indumentária que levámos à última festa “Eyes wide Shut”. Pediu à Yin para lhes mostrar. Ela lá lhe fez a vontade, ligeiramente contrariada e tímida.



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