quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Quarto Elemento... outras perspectivas - 3ª parte

Sábado dourado… a tarde estava quente, apesar do Outono presente, convidava a um passeio à beira-mar.

Tinhas aquele imbróglio profissional para resolver e eu fui buscar o Quarto Elemento à saída da auto-estrada. Ele estava a par do que tínhamos preparado. Identifiquei-lhe a matrícula, estava aonde prometera estar, vindo do norte, fiz sinal para que me seguisse. Tinha imensa curiosidade em estar com ele, em conhecê-lo mais de perto, mas sabia que tinha de resistir, que ele seria todo para ela nesse dia. Por isso, deixei-o à porta de casa e segui ao teu encontro.

Felizmente o teu assunto foi resolvido rapidamente, a tempo de ainda conseguirmos contemplar o pôr-do-sol com areia nos pés.
Imaginámo-los a abraçarem os corpos, a entregarem-se finalmente nas garras do desejo e só nos apetecia fazer o mesmo. A nossa praia estava deserta, e as rochas convidavam a um encontro mais íntimo. Apesar do sol se estar a despedir do dia e o crepúsculo nos arrepiar com um beijo frio, o calor da paixão levou-nos a mergulhar na água gelada.

Navegámos pelos corpos que sabemos de cor, ao sabor das ondas, num doce reencontro dos sentidos. O fervor dos corpos apaziguado pelo frio líquido e flutuante, o teu calor, o teu respirar intenso… excita-me, alivia-me; perturba-me, acalma-me; inquieta-me, dá-me paz… ficamos assim nesta dualidade de sensações até nos completarmos, até saciarmos o corpo e juntos experimentamos uma vez mais a Unidade.

Pensámos neles, se estariam a desfrutar da nossa surpresa, no prazer sentido naquele preciso momento.

E precisamente nesse momento, os nossos telefones chamaram-nos em uníssono: recebemos notícias deles.

6 comentários:

Ant disse...

Agora a sério...
O conceito de unidade remete-me para o "grocar" do John Smith, o tal que veio de Marte.
É belo, muito belo. Tem um problema... depois de lá estar é difícil não estar... e é difícil, excepto na poesia estar lá o tempo todo.

The Perfect Stranger disse...

foi o destino...

Alguém Comum disse...

Saciam o Corpo... Mas a Mente não me parece saciada, mas algo inquieta.
Talvez porque se sinta incompleta.

carpe vitam! disse...

ant, é por isso que a poesia é tão importante, não só nas palavras como no dia-a-dia.

alguém comum, tens razão, o Corpo e a Alma estão saciados, eles sabem que têm tudo o que precisam para serem felizes, mas a Mente pede sempre mais. Mas não é por estar incompleta, é por ter sede de experiências.

AmanteSensuais - Luis disse...

..sigo a voosa inspiração .. e vou voando .. sozinho .. guardando os sonhos para mim ... tb é bom ...

Anónimo disse...

aguardando os desenvolvimentos ansiosamente:)