Ali estávamos, depois de um pôr-do-sol misturado com um belo mergulho (fresquito) e um encontro de corpos que nos aqueceu o corpo e a alma. O mergulho acendeu-nos o desejo tal como um isqueiro acende um rastilho, neste crepúsculo dos deuses que era só nosso…
(…)
Bip, bip, bip bip… os sons inconfundíveis dos nossos telemóveis. Tanto eu como ela recebemos uma mensagem escrita, simples e directa:
“Venham ter rapidamente connosco”
Era da nossa amiga, questionamo-nos se estaria a correr alguma coisa mal. Ela apenas pedia que fossemos ter com eles… Podia ser um pouco mais esclarecedora afinal tem, pelo menos, 160 caracteres para uma mensagem e não paga mais por isso (tinha uma amiga que achava que quanto mais escrevesse mais pagava…)
Apressamo-nos em ir embora; o que valeu é que quando recebemos a mensagem já nos tínhamos vestido…
Fomos um pouco a pisar o pé no acelerador, pois a preocupação era alguma…
Chegámos… as luzes estavam acesas, o carro estava lá, mas o que se passaria… Irra! Não comi, tenho fome, e estes metem-se com invenções de mandar mensagens sem justificação nenhuma, espero pelo menos que haja uma boa causa para isto tudo…!
Entramos, meio a resmungar, meio esfomeado, com cara de mau pergunto o que se passava, se havia algum problema…
Afinal não era nada! Estavam ambos com um daqueles sorrisos idiotas que vai de orelha a orelha. Pareciam-me bem, muito bem, eu é que estava com fome e não tinha ainda percebido porque é que estava ali.
Lá foram dizendo, que tínhamos sido uns queridos em termos preparado aquela surpresa, estava tudo tão bom, mas nós sozinhos não iríamos dar conta da comida, e vocês também têm de jantar, portanto e sem mais discussões… vamos comer! Ainda tentamos protestar mas a fome venceu-nos e ficamos e fomos todos para a mesa jantar.
(…)
O jantar iniciou-se, prolongou-se e terminou de forma muito agradável. Além disso o nosso repasto estava excelente.
Enquanto comia e conversava dava para ir analisando quem me rodeava, principalmente os nossos convidados especiais. Ela, eu já conhecia, mas estava calma, serena, tinha o seu perfume habitual, agradável um ligeiro cheiro a limão, mas fresco, radiava uma alegria que fazia tempo que não lhe via, era bom vê-la assim.
Comíamos com vontade, e bebia-se um bom vinho tinto.
Ele, era a primeira vez que o via, o contacto anterior não foi mais que umas conversas no MSN, umas trocas de e-mails e uns telefonemas. Também ele me parecia calmo e sereno, emanava uma certa tranquilidade muito própria que tenho algumas dificuldades em descrever.
Entretemo-nos a conversar entre café e chás pós refeição e um belo digestivo que encontrei escondido numa prateleira do armário da cozinha.
Ali ficámos à conversa um bom bocado. Aproveitámos para nos conhecer melhor, ou seja, para conhecer o nosso convidado melhor.
Senti-me muito bem naquele grupo, parecia que estávamos feitos uns para os outros, completávamo-nos uns aos outros nas conversas. Firmou-se ali uma cumplicidade muito pacífica, realmente tínhamos encontrado um amigo especial para a nossa amiga.
Mas a noite era deles e não nossa, pois era isso o planeado, discretamente despedimo-nos deles com um até amanhã, e não saímos propriamente de casa, mas fomos para o nosso cantinho deixando-lhes a casa toda só para eles. Como os quartos tinham casa de banho, a possibilidade de nos cruzarmos era remota, portanto, embora estivéssemos na mesma casa, na prática era como estivéssemos cada casal numa casa separada…
Entramos no nosso cantinho e já meios de espírito quente de excitação, trocávamos carinhos, carícias, beijos, toques, e outros mais actos excitantíssimos entre nós, quando começamos a ouvir uns ruídos estranhos, que de estranhos não tinham nada, eram uns gemidos leves, mas tensos de excitação, começávamo-nos a aperceber que o nosso casalinho convidado, afinal estava a entender-se muito bem, ouvia-se, quase que se sentia a excitação do casal no quarto ao lado.
Da nossa perda de excitação, com o quase susto do barulho dos nossos vizinhos excitados, logo recuperámos não só porque os nossos corpos quentes e excitados que de pouca ajudam precisavam. Tínhamos ali ao nosso lado dois amante que, embora não víssemos, ouvíamos e imaginávamos. A nossa imaginação voava com o que eles poderiam estar a fazer… Novamente totalmente excitados como uns voyeurs voltamos ao nosso leito e amansamos a nossa excitação até que acabamos por adormecer, sem roupa, pois a noite estava quente, agarrados um ao outro. Assim acordamos no outro dia.
Tomámos banho (juntos) soube bem sentir umas mãos firmes a percorrem o meu corpo, o duche soube bem…
Descemos para tomar o pequeno-almoço, voltamo-nos a encontrar todos…
Bons-dias, para aqui e para ali, algumas piscadelas de olhos entre todos, um sorriso de orelha a orelha, havia em todos nós uma empatia extraordinária, um sentimento de confiança, tomamos o pequeno-almoço, ficamos por ali a “vegetar” durante a manhã (não percebo como é que acordamos todos mais ou menos à mesma hora e até relativamente cedo) aproveitamos para conversar um pouco… sobre a noite anterior… (do jantar…!) e planos futuros…
Chegou-se à conclusão que e por motivos de férias já marcadas de uns e trabalho por outros, a próxima vez que nos podíamos encontrar todos juntos (ficaram alguns almoços combinados individualmente, chegou-se à conclusão que era impossível juntarmo-nos os quatro antes do final do ano) iríamos fazer a passagem de ano juntos… Tínhamos tempo para planear e escolher o sítio para nos encontrarmos e divertirmo-nos todos juntos numa excelente passagem de ano…
(…)
O tempo passa depressa…
Já falta pouco para a passagem de ano!
Imagem retirada de Geographicae
2 comentários:
ummmm, espero ansiosamente pela passagem de ano!...
também eu...
novas aventuras, novos desafios... novo ano
Enviar um comentário