quarta-feira, 23 de julho de 2008

o Prazer de dar Sangue


Tenho estado a sentir-me a transbordar de vida, e quando vi a campanha, não hesitei. Fui dar sangue! Talvez consiga contagiar alguém com este meu entusiasmo…

Era uma ideia que eu tinha desde a adolescência, e assim que fiz 18 anos, apesar dos meus pais me terem tentado dissuadir, concretizei-a. Desde essa altura, tenho vindo a fazê-lo sempre que posso. Primeiro nos bancos de sangue dos hospitais, depois nos Bombeiros, numa associação de motards, onde calha. Em todo o lado, contando quase sempre com a simpatia de todos os profissionais envolvidos.

O motivo que me leva a fazê-lo é simples. Se eu posso ajudar alguém de uma forma tão eficaz com um gesto tão simples que não me custa nada, porque não? Desta última vez, foi no centro comercial. O espaço improvisado dava a privacidade suficiente para o fazer, e após a consulta e o teste de hemoglobina, esparramei-me na cadeira reclinada e esperei que os enfermeiros fizessem o seu trabalho, enquanto olhava para o tecto de vidro que deixava ver as nuvens e o sol a espreitar de vez em quando. Foi como se estivesse numa bela esplanada, à beira da piscina, e no final tive direito a um lanchinho.

O questionário faz algumas perguntas em relação a comportamentos sexuais e já vi a minha dádiva ser rejeitada por ter um episódio sexual (mesmo que devidamente protegido) com alguém há menos de 6 meses. E caso tivesse relações sexuais com múltiplos parceiros, teria de esperar 12 meses para poder dar sangue. Coisas que não compreendo, uma vez que as doenças são detectáveis num período de tempo inferior e todo o sangue é analisado. Neste questionário, não havia nenhuma pergunta relativamente a homossexualidade, perguntaram-me simplesmente se eu tinha algum comportamento de risco.


Eu não gosto particularmente de agulhas, acho que ninguém gosta, apesar de algumas pessoas terem mais pavor que outras. Não tenho veias fáceis, o que nem sempre torna a experiência confortável no início, mas existe algum prazer sem mistura de dor? De qualquer das formas, não é mais desagradável que fazer análises ao sangue, simplesmente demora um pouco mais tempo.

Recomendo vivamente a todas as pessoas saudáveis com mais de 18 anos e 50 kg de peso fazerem-no. É uma forma de fazer análises regularmente e ter isenção de taxas no sistema nacional de saúde. A sensação é indescritível, mas é qualquer coisa de bom, sinto-me mais leve, muito bem mesmo!


Mais informações: http://www.ipsangue.org/

9 comentários:

Anónimo disse...

eu já tive oportunidade... mas ainda não sou maior de idade (falta 1 anito) e não pude...

mas não tenho qualquer problema com isso... fixeste muitissimo bem!

menina fê disse...

atitude exemplar e admirável!!!

sou doadora oficial e, sempre que posso, dou um "pedaço" de mim, que salva vidas!

parabéns.

bjs carinhosos,
fê*

Anónimo disse...

Carpe
Suas campasnhas são memoráveis
Sempre propõe coisas boas.... sexo seguro por exemplo.... louvo....
E assim outras
vc é genial, parabens..
bjs
Julio135

Sleeping Angel disse...

vem dar uma voltinha de carro pelo meu espaço hi hi hi lá te espero.

Unknown disse...

Vou ver se amanhã passo pelo hostpital =)

Beijinho*

OdonoDakelCeu disse...

Em relação ao não falarem sobre Homossexuais no questionário, é sabido que nos últimos anos os homossexuais correm menos riscos que os Heteros pelo simples facto de se protegerem mais, não sou eu que o digo, são as estatísticas!
Eu também gostava de dar sangue, tenho mais de 19 anos e quase 70Kg, mas tenho algum receio da sensação… já tirei sangue para analises e faz-me comichão, não sei se aguentava muito tempo com a agulha espetada na veia! =S

carpe vitam! disse...

sim, eu admirei-me porque leio um blog de um homem que foi recusado por ser homossexual. A im não me perguntaram nada sobre orientação sexual. Em relação às agulhas, não vou dizer que não é desconfortável levar com aquilo no braço, mas respirando fundo, a coisa é perfeitamente suportável. E depois, nem se dá por isso. É tranquilo. Experimenta, vais ver ;)

Anónimo disse...

não querendo tirar a seriedade à coisa, costumo mandar muita gente dar sangue. Principalmente gente chata. Outras vezes, sugiro que descarreguem o autoclismo e se deixem ir na onda.
Agora a sério, este ano ainda não dei sangue. A ver se o faço nos próximos dias, já que referiste isso

carpe vitam! disse...

otário, daqui a um ano falamos.

pekenina, sempre foste? E que tal?

Beijinhos a todos, boa semana!