Muda a música e desta vez é “Flight of the Bumblebee” tocado por um violino eléctrico, num ritmo incrivelmente frenético.
A Ângela vem direito a mim em zigue zague, de óculos protectores, bata branca e luvas cirúrgicas, com uma enorme seringa na mão a esguichar um líquido azul e uma expressão perversa na cara, digna de filme de terror. Antes que eu começasse a temer pela minha saúde, surge atrás de mim um aquário de peixes zebra cancerosos, moribundos, a nadar meio de lado. Eu desvio-me, ela enfia a seringa lá dentro, a tentar acertar nos peixes e quando consegue, eles mudam logo de cor, ganham um aspecto saudável e põem-se a nadar que nem uns doidos ao ritmo da música.
- Ena, conseguiste, encontraste a cura, parabéns! – digo eu super entusiasmada. Então agarro-me a ela, levanto-a do chão, abraço-a e beijo-a, agarramo-nos os três e ouve-se uma multidão de aplausos e muitos flashes disparados que quase me cegam.
O cenário muda novamente e eu sei de imediato que isto tem dedinho dela: o templo transforma-se num espaço muito clean, minimalista, com um belíssimo jogo de luz suave e assentos confortáveis e novamente o baixo da Bjork a fazer tremer os subwoofers da minha imaginação.
Estamos as duas completamente nuas, de joelhos, em frente uma da outra, sinto-a a tremelicar e estou surpreendentemente calma, como se estivesse a compensar para abraçar o equilíbrio. Começo a sentir algo a percorrer-me o corpo lentamente, uma coisa externa, olho e estão a nascer adornos nos nossos corpos, parece uma planta trepadeira a crescer pernas acima, a desabrochar flores, muito simples, geométricas… é um metal quente que eu não distingo, e as flores parecem pequenas pedras preciosas muito brilhantes! Mas toda a estrutura é flexível e adapta-se perfeitamente aos corpos… sobe sexo acima, barriga, umbigo, envolve-nos os seios, coroa os mamilos, segue para os braços, mãos, pescoço e termina nas orelhas. Eu fico a olhar completamente embasbacada, e ela diz:
- Gostas? É prata casada com cobre e diamantes.
- Oh, é lindo Ângela… alta joalharia! – ela sorri e eu dou-lhe um beijo terno na face, sinto o cheiro dela a inebriar-me. Dou-lhe um beijo na boca, ao de leve e ela agarra-se a mim, beberica-me os lábios com se fosse um beija-flor, tão bom…
All is full of love…
continua aqui no próximo sábado
5 comentários:
Carpe Vitam desculpa o comentário fora do contexto mas vim aqui responder a tua perguntinha:
O chocolate para por nos crepes pode se fazer de várias maneiras.
Podes por ex derreter várias barras de chocolate de culinária com um pouco de leite e manteiga no microondas, ou então derretê-las em banho maria, ou no fogão com o leite e a manteiga.
Podes também misturar chocolate em pó com leite e manteiga, mas não fica tão bom... beijo grande.
Como um beija-flor? E conseguia abanar os braços à mesma velocidade dele?
brigada Petra, sei que posso contar contigo para cozinhar bombas calóricas ;D
rafeiro, os braços estavam paraditos, mas por alguma estr4anha razão, ela parecia-me estar a flutuar...
Podes contar mas há que ter cuidado não as como sempre.... haha ahha ahah. Já agora olha se quiseres outra bomba postei ontem bifes com creme de amendoim uma receita super fácil e exótica. bjo
o amendoim tem fama de afrodisíaco... mais que não seja porque caem sempre cascas para o colo que é preciso sacudir, ahahaahah
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