A Alice disse-me que recebeu um mail da Nádia a dizer que ela estava na Dinamarca a trabalho. Tinha de tirar esta história a limpo.
Liguei-lhe, mas ela não tinha o telemóvel ligado. A Catarina não atendia.
A Catarina liga-me finalmente, mas só para dizer que o João tá a tentar falar com ela, provavelmente já tentou falar comigo, mas eu tenho sempre o telemóvel desligado. Só o que se paga de roaming, nem sei por que o trouxe. Decido ligar a porcaria do telemóvel e preparar-me para lhe contar de uma vez por todas.
Voltei a insistir, não ia desistir enquanto não conseguisse falar com ela. Finalmente consigo que ela me atenda:
“Nádia! Há quanto tempo! Estava difícil conseguir falar contigo. Como estás?”
“Tou bem, e tu?”
“Tudo bem, a Alice disse-me que estás na Dinamarca, está a correr tudo bem?”
“Sim.”
Ela parecia extremamente seca e evasiva, a querer despachar-me.
“O que se passa, estou a achar-te tão estranha…”
Fez-se silêncio do outro lado.
“Tenho uma cena para te contar, mas não pode ser por telefone. Podes vir cá ter?”
Fiquei apreensivo. Afinal sempre havia qualquer coisa…
“Claro, vou o mais rápido que eu puder, mas por favor adianta-me alguma coisa do que se trata! Passa-se alguma coisa com a tua saúde? Meteste-te em alguma embrulhada com a polícia?”
“Não, não é nada disso, eu tou bem, o assunto é demasiado delicado para te dar pormenores por telefone. Tenho mesmo de falar pessoalmente contigo.”
“Ok, eu vou ver quando posso ir e já te ligo.”
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