Tamos a ouvir Enya, Songs of the Season. Está a chover a potes lá fora e nós tamos as duas no sofá cama, a comer gelado.
“Como é que tu tens pachorra pra me aturar, Catarina?” “Não sei, acho que nós não escolhemos quem amamos, não é?”
Olho para ela e acontece uma cena bué estranha, eu dou-me conta que ela é mesmo linda, toda lambuzada de gelado. É perfeita, é a pessoa mais sensível e inteligente que eu conheço. Não sei porque é que só agora eu me dou conta disto, talvez porque ela sempre deixou bem claro que era hetero e eu sempre prezei a amizade dela, para mim ela era assexuada. Agora, olho para ela sinto uma vontade irresistível de a beijar. Ela percebe que estou a olhá-la de maneira diferente, mas em vez de se retrair, beija-me. Faz-me sentir desejada, o que é estranho para mim com esta barriga enorme. Ela é super carinhosa comigo e eu tento corresponder como posso. O nosso amor platónico passa a ser também carnal e eu não podia sentir-me melhor!...
5 comentários:
Isto está em brasas!
beijinhos endiabrados
Texto simples e sublime...
Não encontro aqui nada de provocador. Mas voltarei.
Os efeitos de um gelado...
Que início tão pequenino, quero mais e avisa se puderes ;)
Saudações aliemígenas
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