Não é um fim, quando muito é um princípio, ou melhor, um meio. Uma ferramenta. Nem melhor nem pior que outra qualquer, apenas diferente. Estranho será daqui a uns tempos encontrar alguém cujo primeiro contacto não tenho sido feito à distância, através da grande teia.
A net avança a uma velocidade estonteante, não fecha para balanço. Fazem-se e desfazem-se “amizades” num ápice. As relações esfriam como comida aquecida no microondas e as pessoas pura e simplesmente deixam de dar sinal de vida.
Na “vida real” é muito mais difícil descartar alguém. Muitas vezes, somos obrigados a conviver no dia-a-dia com pessoas de quem não gostamos, é difícil fugir a isso quando acontece no trabalho ou no sítio onde se mora. Mas na net, basta um simples click e a pessoa indesejada desaparece definitivamente do mapa. Muitas vezes é por pura indiferença, quando deixa de existir o entusiasmo inicial, é muito mais fácil procurar algo novo do que tentar resgatar o que já existiu.
Mas eu gosto de vaguear pela net, de me perder por becos e vielas, nas grandes avenidas e jardins. Mantenho algumas amizades de anos sustentadas na rede. Acabo sempre por conhecer pessoalmente as pessoas que acho interessantes, mesmo que morem do outro lado do mundo, embora possa demorar anos a fazê-lo. Já tive algumas desilusões, mas a maior parte das vezes, quando encontro alguém pessoalmente com quem já tinha falado bastante, acaba por não ser nenhuma surpresa o que vejo. As pessoas que escolho costumam ser verdadeiras e a net funciona como forma de as encontrar e seleccionar.
Encontrei o blog dela saltitando despreocupadamente de link em link, numa busca incessante por novos rumos.
Foi paixão à primeira leitura.
Prendeu-me logo inevitavelmente. Pelo que diz, pela forma como o diz. Pela originalidade, frescura, objectividade. Pela diversidade, pelo tesão com que escreve sobre os mais variados temas, sempre com a mesma paixão mas com registos diferentes e com uma clareza impressionante.
O blog já tinha algum tempo, mas li-o de uma ponta à outra de uma assentada porque ela não escreve muito, mas o pouco que escreve é de extrema qualidade e fiquei a absorver letra a letra, cada sinal de pontuação, cada parágrafo, a saborear devagar.
Fiquei sem palavras, completamente em êxtase.
Logo eu, que tenho sempre alguma coisa a dizer, mesmo que não me perguntem nada…
Muito antes da imagem, as palavras seduzem com o seu perfume, o seu som, o seu sabor e o seu toque, inebriam quem passa e se deixa prender. Palavras que aquecem e por vezes fervem numa louca ebulição. É preciso ter muito cuidado para não nos queimarmos, o que acaba por deixar marcas bem visíveis na alma.
Claro que eu tinha de entrar em contacto com ela. Decidi enviar-lhe um e-mail.
A net avança a uma velocidade estonteante, não fecha para balanço. Fazem-se e desfazem-se “amizades” num ápice. As relações esfriam como comida aquecida no microondas e as pessoas pura e simplesmente deixam de dar sinal de vida.
Na “vida real” é muito mais difícil descartar alguém. Muitas vezes, somos obrigados a conviver no dia-a-dia com pessoas de quem não gostamos, é difícil fugir a isso quando acontece no trabalho ou no sítio onde se mora. Mas na net, basta um simples click e a pessoa indesejada desaparece definitivamente do mapa. Muitas vezes é por pura indiferença, quando deixa de existir o entusiasmo inicial, é muito mais fácil procurar algo novo do que tentar resgatar o que já existiu.
Mas eu gosto de vaguear pela net, de me perder por becos e vielas, nas grandes avenidas e jardins. Mantenho algumas amizades de anos sustentadas na rede. Acabo sempre por conhecer pessoalmente as pessoas que acho interessantes, mesmo que morem do outro lado do mundo, embora possa demorar anos a fazê-lo. Já tive algumas desilusões, mas a maior parte das vezes, quando encontro alguém pessoalmente com quem já tinha falado bastante, acaba por não ser nenhuma surpresa o que vejo. As pessoas que escolho costumam ser verdadeiras e a net funciona como forma de as encontrar e seleccionar.
Encontrei o blog dela saltitando despreocupadamente de link em link, numa busca incessante por novos rumos.
Foi paixão à primeira leitura.
Prendeu-me logo inevitavelmente. Pelo que diz, pela forma como o diz. Pela originalidade, frescura, objectividade. Pela diversidade, pelo tesão com que escreve sobre os mais variados temas, sempre com a mesma paixão mas com registos diferentes e com uma clareza impressionante.
O blog já tinha algum tempo, mas li-o de uma ponta à outra de uma assentada porque ela não escreve muito, mas o pouco que escreve é de extrema qualidade e fiquei a absorver letra a letra, cada sinal de pontuação, cada parágrafo, a saborear devagar.
Fiquei sem palavras, completamente em êxtase.
Logo eu, que tenho sempre alguma coisa a dizer, mesmo que não me perguntem nada…
Muito antes da imagem, as palavras seduzem com o seu perfume, o seu som, o seu sabor e o seu toque, inebriam quem passa e se deixa prender. Palavras que aquecem e por vezes fervem numa louca ebulição. É preciso ter muito cuidado para não nos queimarmos, o que acaba por deixar marcas bem visíveis na alma.
Claro que eu tinha de entrar em contacto com ela. Decidi enviar-lhe um e-mail.
ilustração: cão sarnento
continua aqui
16 comentários:
Será este o principio de uma "bela" amizade?
Saudações alienigena
Pois então terei que esperar para ler o resto. Estou curiosa...
Ficarei...
Beijo
Alien, para o saberes, regressa amanhã :)
O mesmo é válido para ti, Sara ;)
Realmente são estas coisinhas que nos fazem ficar viciados na rede...
Fizeste bem!
;)
hummmm que saudades...sua marota!
não me interessa se há muita ou pouca ficção neste texto
interessa sim concluir, depois de o ler que é assim mesmo
na vida virtual o câmbio é mais elevado, digo eu
mas é mais fácil, em certo sentido, conhecermo-nos
e só tenho tido boas experiências
porque, lá está, já conhecemos a pessoa que vamos conhecer...
bernardo,
não posso deixar de elogiar o bom gosto por aqui!
lindo e sensual, exatamente como as belas crônicas que nos proporciona!
parabéns!!
bjo no coração!
Estou adorando! Parabéns pelo novo visual do blog, está muito lindo. Beijos
Bernardo, não é vício, é hábito ;)
Manel, nós temos estado por aqui, tu é que tens andado desaparecido...
ela, será que conhecemos verdadeiramente?
tecnenfermaginando, se gostas, volta!
Gracias, Érica!
Aconteceu-me apenas com duas pessoas que conheci na rede, não me decepcionaram.
Há muita gente na net com "deficiências" mentais. Conheci, pelo menos três, que nem acreditava no que estavam a contar-me: Ou estão a fazer de mim parva, ou são casos perdidos de "loucura" precoce. Fiz delete, nunca mais vi os ditos freaks.
Estou a pensar contar essas histórias. São de ir às lágrimas...
A bientôt
Rapariga, gostava de conhecer essas histórias. Não tenho tido más experiências, como tu dizes, uma coisa boa é poder fazer delete, mas também raramente o faço.
Uma pessoa aqui pode escolher ser o que quiser, para quê ser desagradável?
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