quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


Noite fria. Estás sozinha, a tremer na cama gelada. Chamas-me e eu enrosco o meu corpo por trás do teu, deitado de lado com os joelhos para cima como um feto.
Tem calma, não te assustes, afinal, foste tu que me chamaste. Seguro-te com firmeza enquanto te debates. Sussurro-te ao ouvido para que te acalmes. Escusas de acender a luz, eu vejo com o coração. Vejo que és divina.
O sopro da minha respiração no teu ouvido. O teu corpo a estremecer, vai aquecendo colado ao meu. Vibras a cada sopro quente na tua orelha, a cada beijo no pescoço. Agarro-te na camisola e as molas desprendem-se, deixando-te o ombro a descoberto para eu beijar e fazer esse trajecto que vai do teu ombro à tua orelha, a morder com calma.
Rebolas o rabo contra mim, sinto as sacudidelas de prazer que te percorrem o corpo. Sinto o teu sorriso com as pontas dos dedos. Entro na tua boca, encontro os teus dentes a morder, a tua língua ávida, a sucção dos teus lábios…
Estou duro sim, consegues senti-lo com o teu rabo frio, deixa-me puxar-te as calças para baixo mas descansa, não te vou penetrar. Não pedi as camisas à Vénus e sei que não é isso que queres agora. Estou aqui para te aquecer.
Leio-te o corpo com as mãos, entro por baixo da camisola e encontro as tuas mamas redondas, estão quentes, com os bicos em pé, e não é do frio que já não sentes. As auréolas têm pequenas saliências em Braille a dizer: toca-me!, mima-me! E eu sigo as instruções.
Desço até ao umbigo, pelo centro, sinto a penugem, a tua respiração a encher e esvaziar o peito, o teu coração a bater forte… detenho-me no umbigo, rodeando-o em espiral até ao centro, acaricio a tua barriguinha quente e arrepio-te mais uma vez.
Desço um pouco mais e entro na densidade dos pêlos que te guardam a entrada do templo quente e encontro-o húmido. Tem pequenas saliências também, onde posso ler: ama-me! Tu suspiras. Convido-te a seguir-me com a tua mão, quero ver como te tocas, quero senti-lo. Assim, estou a ver…
Estás tão molhada, a deslizar em ti… entramos os dois, dançamos com os dedos entrelaçados a sentir a tua textura interior, a massajar-te o segredo que guardas e que eu consigo ler mesmo antes de tocar… é um prazer dar-te prazer!
És linda! Estás a ferver… vais explodir?... Linda, linda, linda!
Sorrio. Vou ficar aqui até adormeceres. Sempre que quiseres, chama-me.

Chama-te.
Toca-te.
Sente-te.
Ama-te!

12 comentários:

JCA disse...

Aquece-me!

carpe vitam! disse...

isso é um pedido ou uma constatação?

carpe vitam! disse...

aquece-te? AQUECE-TE!

Anónimo disse...

intenso e sentido! assim é impossível não gostar!

Mustafa Şenalp disse...

çok güzel bir site.

Viajante pelos Sentidos disse...

Uau... ai, que coisa bela de se ler... de se sentir... que bela maneira de aquecer...
Adorei!
A sensibilidade, o amor, a entrega sem contrapartidas... adorei, não me canso de dizê-lo!

Maravilhosa, esta viagem!
Um beijo viajante...

Sarah disse...

Amei!!!! E ainda ontem vivi algo muito parecido... hmm, foi quase tão bom... pena que ele nao estivesse tão perto de mim (aqueceu-me do outro lado do telemóvel)...
Continuem a provocar-me assim ;)

beijo doce

Red Light Special disse...

Lindoooooooooooo!!!
:D

Alguém Comum disse...

Adormeceres...?

Mácomo adormeceres assim?

Bj

AC

carpe vitam! disse...

nada como um bom orgasmo para aquecer e acabar com as insónias ;-)talvez para a próxima ela queira algo mais...

Antes Prefiro disse...

este foi o primeiro texto que li neste blog, mas ainda não o tinha comentado. bem, antes tarde que nunca, não é assim!
este blog é atrevido, chama as coisas p'los nomes, e no entanto, não cai na vulgaridade de alguns outros espaços da blogosfera, talvez pela aura intensa, emotiva e apesar de tudo respeitosa que pairam nas palavras dos autores deste espaço.
estão de parabéns!

The Perfect Stranger disse...

uauuuu!!!!