continuação daqui
Acordo com o telemóvel a tocar. Não quero abrir os olhos, dói-me demasiado a cabeça! Com muito custo estendo a mão para a mesinha de cabeceira mas não reconheço o espaço em que me encontro. Num flash de memória, acordo abruptamente para a realidade. Estou numa cama qualquer acompanhada pelo striper do qual não sei sequer o verdadeiro nome.
O telemóvel continua a chamar. É o Carlos, tenho que atender! A voz doce do outro lado da linha faz-me sentir a maior cabra do mundo!
Estou atordoada… se não estivesse neste quarto julgaria que tudo não tinha passado de um sonho. Ou pesadelo!
Deixei-me levar pelo desejo, pela ilusão do que aquele corpo prometia. Afinal era muito rastilho e pouca pólvora! A sedução terminou no palco. Depois disso tornou-se mecânico, desprovido de qualquer erotismo. Limitou-se a abrir-me as pernas e possuir-me selvaticamente sem sequer se importar se me dava ou não prazer.
Sinto-me frustrada, com um (falso?) sentimento de culpa. Se esta aventura se assemelhasse ao que tinha idealizado talvez não me incomodasse tanto ter traído o Carlos.
Saio da cama calmamente para não acordar o meu parceiro. Pego as minhas roupas que se encontram espalhadas pelo chão e visto-as. Quero sair daqui sem que ele dê por nada. Quero mergulhar no anonimato das ruas e fingir que esta noite nunca existiu!
O telemóvel continua a chamar. É o Carlos, tenho que atender! A voz doce do outro lado da linha faz-me sentir a maior cabra do mundo!
Estou atordoada… se não estivesse neste quarto julgaria que tudo não tinha passado de um sonho. Ou pesadelo!
Deixei-me levar pelo desejo, pela ilusão do que aquele corpo prometia. Afinal era muito rastilho e pouca pólvora! A sedução terminou no palco. Depois disso tornou-se mecânico, desprovido de qualquer erotismo. Limitou-se a abrir-me as pernas e possuir-me selvaticamente sem sequer se importar se me dava ou não prazer.
Sinto-me frustrada, com um (falso?) sentimento de culpa. Se esta aventura se assemelhasse ao que tinha idealizado talvez não me incomodasse tanto ter traído o Carlos.
Saio da cama calmamente para não acordar o meu parceiro. Pego as minhas roupas que se encontram espalhadas pelo chão e visto-as. Quero sair daqui sem que ele dê por nada. Quero mergulhar no anonimato das ruas e fingir que esta noite nunca existiu!
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17 comentários:
isto de acordar... e não se saber onde está...
mas nada que um gorozan não ajude a resolver...
Beijo...
loucuras de uma noite...
não atendas o telemóvel...
Realmente, trair não valendo a pena... +e merda mesmo.
jocas
E agora?? Será que ela vai dizer ao Carlos????
A questão que se coloca é se deverá dizer ao Carlos ou não. Afinal, valerá a pena peder alguém que se gosta por causa de um deslize de uma noite? Como dizem alguns homens, "foi apenas físico".
E TU, que atitude tomarias?
Sorry, não vi a questão...
Eu não teria problemas, pois dificilmente cometeria um deslize desses... Mas, se acontecesse vos garanto que contava ao Carlos. Não gosto de omitir nem que me omitam.
Hmm...interessante o post, hem? Vai bem a calhar o ditado: o verdadeiro perfume não é aquele que está nos melhores frascos...
Abraço
Gostei, voltarei.
quimera, porque partes logo do princípio que o namorado a vai deixar por ela ter ido para a cama com outro? Achas que ela se vai sentir bem e agir como se nada tivesse acontecido com o namorado? Achas que se ele ficar na ignorância fica melhor? E se vier a saber mais tarde por terceiros?
"O que os olhos n vêem o coração n sente".
Neste caso, o q n sabemos n nos pode doer. È a perspectiva de mtos! Certa ou errada? N me cabe a mim decidir.
Apenas procuro explorar pontos de vista. Ao q parece estou a conseguir pq os comentários foram mto positivos e inteligentes. Obrigada a todos!
Beijinhos quiméricos!
Se tivesse sido o Carlos a acordar na cama de uma stipper, será que ficava com esse sentimento de "culpa"
Boa pergunta Cereja! Mas já agora, fica outra questão: Será q seria recriminado socilamente da mesma forma que uma mulher ou, pelo contrário, ganharia pontos na sua reputação de macho?
muito bom este diálogo
realmente trair sem valer a pena..é um amargo de boca, mas contar..
contar o quê? para quê?
para magoar mais alguém para além de nós mesmos?
não me parece..
bjs
Creio que o contar ou não contar depende muito da relação que se tem e da consciência de cada um.
Recriminado não seria, talvez até ganhasse pontos, e isso que importa? desde que não nos recriminemos a nós próprias.Há sempre um sentido, se não é assim, bluff, não vale a pena!
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