Tinha de ir ver como estava a correr um trabalho que estava a ser produzido e encontrei imensa gente a trabalhar na empresa que nos fornecia, num ambiente de boa disposição, quase de festa. Pessoas realmente simpáticas e competentes, a maior parte eu ainda não tinha tido o prazer de conhecer. Convidaram-me para uma jantarada da empresa que iria haver naquele dia à noite, e eu não recusei, perguntei se podia levar-te. Claro que sim! Foi a resposta.
Eles só iriam trabalhar de manhã, e alguns deles iam até à praia à tarde. Eu disse que também fazia intenções disso, aproveitar um dia tão bom para apanhar solinho. Combinámos então encontrarmo-nos na praia. Infelizmente, não podias ir por causa do trabalho.
O mar estava grande e bravo, mas o tempo muito agradável. As vagas iam escavando a areia molhada, e a praia ficava pequena e inclinada, pelo que fiquei pelas dunas assim inesperadamente inclinadas. Estava bastante gente na praia, não ia ser fácil encontrá-los. Depois de andar um pouco na parte superior da areia, lá encontrei um grupo bem disposto, a jogar com uma bola de vólei. Eram eles, que logo me convidaram a participar. Eu sou mais raquetes, adiantei, nunca vou para a praia sem levar um par. Uma das raparigas que estava estendida na toalha ofereceu-se logo para jogar. Quando começo, é difícil parar. Joguei com ela, joguei com outro rapaz que já conhecia e mais outro, e depois juntou-se mais um par de raquetes e começámos a jogar a quatro, jogámos até nos fartarmos. É um jogo curioso, é como a sedução, há que manter a bola no ar. Não é como o ténis, em que os jogadores são adversários, mesmo quando são pares, juntam-se para ganhar aos outros. Na praia, o que importa é que a bola não caia, nem que para isso sejamos nós a cair. Mas também não é só ficar imóvel no mesmo sítio à espera que a bola venha ter connosco; é perceber até que ponto podemos arriscar uma bolada diferente e ter resposta do outro lado.
Os risos, os corpos a movimentarem-se deram-me imensa sede. E fome. Havia dois irmãos, um rapaz e uma rapariga mais velha que moravam do outro lado da estrada e perguntaram-me se queria ir com eles buscar cerejas, ao que respondi logo que sim. A gaveta do frigorífico deles estava sarapintada de cerejas! Levámos um montão delas para a praia, passámos pelo café e levámos também sumos e cerveja para o pessoal. A minha boss ligou a dar os parabéns, o cliente tinha gostado muito do trabalho e eu transmiti essa ideia ao pessoal que o tinha estado a executar.
Lembrei-me de ti, se já estarias despachado do trabalho. Ainda ias demorar, ias direito ao tasco para jantar. Provoquei-te com as cerejas, disse-te como eram doces e saborosas, como se trincavam bem de olhos fechados para o sol, apesar de serem rijas, faziam aquele som característico da polpa a ceder perante a incisividade dos dentes e estavam tão fresquinhas…
O dia estava a terminar, regressei a casa para tomar duche. A água doce a humedecer-me a pele soube-me bem, que pena não puderes partilhar esse prazer comigo, toquei-me ao de leve, mas queria guardar todo o meu tesão para ti, por isso despachei-me rápido, vesti aquele vestido preto com florzinhas que tu adoras, umas cuecas pretas que me ofereceste e as sandálias a condizer. Gostas do vestido porque é muito prático de tirar, e posso usá-lo sem soutien porque segura confortavelmente o meu peito.
Um eyeliner preto discreto, um pouco de brilho nos lábios, cabelo apanhado e lá fui, ansiosa para estar contigo e com aquele grupinho de pessoal tão simpático.
Estava ligeiramente atrasada, mas ainda cheguei bem a tempo. O sítio era uma tasquinha que eu já conhecia, a uns quilómetros da cidade, onde eles costumavam comer, pois dá para ir a pé da zona industrial até lá. A dona coxeia um pouco por causa do peso da idade que carrega às costas, mas anda sempre com um sorriso nos lábios, a acolher quem chega, a dar uns toques na cozinha. Era dia de rancho. Não sou muito apreciadora, mas o pessoal incentivou-me a provar, que era o melhor prato da casa e eu acedi.
Finalmente chegaste. Iluminado. Todo bem vestido, talvez demasiado formal para o sítio onde estávamos. Sorri-te. Sorriste de volta e deste-me aquele beijo quente e ternurento que só tu sabes dar. Que sede, que fome de ti! Desejei que toda aquela gente desaparecesse para eu poder dar largas ao meu desejo! O meu querer, a minha urgência de ti aumentava a cada segundo. A comida estava realmente excelente, mas o que eu queria mesmo comer, eras tu! Só queria saltar-te em cima! Sentia-me a intumescer, a latejar por ti, completamente encharcada. E tu percebias isso, percebia-lo muito bem, e provocavas-me, punhas discretamente a mão por baixo da mesa, tocavas-me nas coxas, e eu esforçava-me para não me descontrolar.
Fui à casa de banho, tirei as cuecas molhadas, voltei para o meu lugar e sussurrei-te ao ouvido o que tinha feito. Olhaste-me com o olhar incendiado e nem quiseste esperar pela sobremesa, disseste à dona que irias comer outra coisa que ela não tinha na lista, arrancaste-me dali e viemos cá para fora.
A noite estava fresca mas nós estávamos quentes, a ferver, pelo que o fresco da noite nos fez bem, mas não acalmou a vontade, a fome da sobremesa especial. Eu já estava a escorrer, sentia as coxas húmidas, tínhamos de encontrar um local suficientemente discreto para podermos dar largas ao nosso apetite e eu lembrei-me de uma rua que terminava num eucaliptal e para lá nos dirigimos.
Baixei-te as calças e o teu sexo espreitou logo de pé, como aqueles bonecos das Caldas. Não resisti a beijá-lo, a sugá-lo e a mordiscá-lo, deixando-o ainda mais teso.
Pediste-me para me levantar, encostaste-me a um eucalipto, beijaste-me a boca, o pescoço, os seios, enquanto a tua mão provava a minha excitação.
Completamente intumescida, antecipando o gozo da penetração, supliquei-te, enquanto te mordiscava a orelha: Fode-me! Tu sabes que é uma forma provocadora de dizer Ama-me! E foi o que tu fizeste, acelerando-me a respiração. Segurei-me ao tronco, enquanto me penetravas por trás e me tocavas no segredo. Eu delirava, apertando-te lá dentro, enquanto entravas e saías cada vez mais rápido, num movimento frenético. A minha mão disponível acariciava-te as bolas, seguindo o movimento do teu pau, um dos meus dedos acompanhava a tua entrada e junto com a tua mão tocava no meu segredo até rebentar numa explosão de luz branca, que me percorria o corpo até aos dedos dos pés e à raiz dos cabelos e se prolongava na tua explosão que me alagava e preenchia completamente.
Depois de descansarmos um pouco encostados ao eucalipto cúmplice, com um sorriso plenamente saciado, voltámos para junto do grupo ainda a tempo de pagar a conta. O pessoal estava tão entretido com cantorias e cerveja que nem tinha dado pela nossa falta. Era um grupo simpático. Havíamos de sair mais vezes com eles :-)
imagem: getty images
9 comentários:
Mesmo muito bom!!! Pormenorizado e excitante....como eu gosto!!
Continuarei a passar...
hoje tou num daqueles dias que nao apetece fazer nada.... acordar com sono num sábado nao é assim tão bom...
mas hei-de ler o texto num destes dias próximos.
;)
o problema deste texto é que não se pode ler com gente por perto:) por isso vou ali e já venho:)
ai, o eucaliptal...:)
beijinhos quentinhos...
Cerejaaaaaaaaaaasssssss!!!!
Desculpa o comentário, mas este texto deu-me umas saudades do Verão...
Beijos meus, do Astérix também e de...:-)
texto fantástico!! nota 20
abraço...
voltarei sem dúvida...
minha primeira vez aqui foi muito boa =P
voltarei com certeza...
Carpe:
Na sensualidade dos sentidos subimos ao Evereste do amor apaixonado.
texto bem conseguído nos detá-lhes apresentados com o bom gosto de quem sabe amar por excelência.;):)
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