sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Swingin' (in the rain) parte 54

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Finalmente proporcionou-se a ida ao clube que já estávamos há algum tempo para conhecer. Fomos jantar com os Sem Preconceitos, mas eles não podiam ir, pelo que ainda não seria desta que iriam conhecer os Doces. Seria interessante se ambos os casais se entendessem. Fomos até à casa destes últimos e seguimos com eles para o local. Falámos também com o elemento masculino do Casal Especial que nos deu o contato do primeiro clube aonde fomos e ele prontificou-se a vir ter connosco. Já conhecia o espaço e é amigo dos donos, precisava de falar com eles e assim juntou o útil ao agradável.

Quando chegámos, ele já lá estava. Já não nos víamos há bastante tempo, ele tem sempre um sorriso simpático e jovial, apesar de já não ser propriamente adolescente. Este espaço é bastante interessante e aceita singles ao sábado. A Doce levou a Yin a conhecer a casa e ela aproveitou para conhecer primeiro a casa de banho. As velas acesas davam as boas vindas com uma luz quente, a banhar pétalas de rosa vermelha espalhadas pela bancada do lavatório. Enquanto isso, o único single daquele dia perguntou à Doce se elas eram singles. Ela disse que não, que tinham pares, e de seguida comentou com a Yin, que teve pena de a pergunta não lhe ter sido dirigida, pois teria dito que ambas eram um casal. Logo de seguida, foram espreitar os quartos e depararam-se com um casal entretido de porta aberta. Ela de costas, pulava energicamente em cima dele. Depois fomos todos até ao piso superior, uma espécie de sótão com um mesa de snoocker, uma máquina de escrever decorativa, umas cadeiras de baloiço vintage a um canto, em volta de umas mesas baixas que nos cativaram bastante. Aquele era um espaço acolhedor e discreto, onde se podia estar e conversar e... fazer o que nos desse vontade.

O preço foi um pouco mais elevado que no outro espaço, mas o bar é aberto, o que para nós não significa grande coisa, uma vez que a ideia não é enfrascar-nos e normalmente o consumo mínimo dá para os gastos, já com comida incluída. Aqui houve uns pequenos acepipes de queijo e tostas a meio da noite que mal deram para a cova de um dente. A doce queria caipirinhas mas não havia limas, ela tinha ficado de as levar e esqueceu-se.

A Yin foi com a Doce espreitar o balcão superior sobre a pista e o bar, tinha uma pequena cama com um véu de dossel e alguns bancos e mesas baixas. Estava com algum receio do que ela fosse querer fazer naquele divã, mas ela portou-se bem. O Yang estava no bar a conversar com os homens. Fomos até lá fora.

Estávamos curiosos para conhecer a piscina coberta, é sensivelmente do mesmo tamanho que a descoberta do outro espaço, mas com outra configuração. Quando abrimos a porta, o cheiro a cloro era bastante intenso e ardeu nos olhos e nas narinas. Impossível estar ali dentro sem a porta aberta. Pena a cobertura não ser removível, "assim não dá para ver as estrelas..." comentou a Yin. Ainda ficámos um bom bocado a conversar cá fora, até o Especial se ir embora. Depois a Doce levou a Yin a conhecer o restante espaço exterior, dando a volta à casa. Estava uma noite fria, seguiram as duas de braço dado, no escuro, mas dava para perceber que era um local bem arranjado, podia ser uma pequena quinta, tinha aquele ambiente rural que tanto apreciamos, mais cuidado que o outro lado, com os seus jardins e árvores de fruto. 

A música era manhosa, como costuma ser nestes sítios, mas lá houve uma altura em que era minimamente dançável e a Yin deu um arzinho da sua graça. O calor começou a fazer sentir-se e transformou a saia comprida num vestido curto cai-cai. A Doce brincava com ela, dançavam as duas, trocaram uns xoxos e um beijo de língua. A Doce tem uma boca pequenina e suave, diz a Yin. Não é mau, mas não sente o sangue ferver quando a beija.

Estávamos por conta dos Doces, tínhamos vindo no carro deles, e pouco depois fomos embora. O Doce estava nitidamente cansado, um pouco apagado, mas aguentou-se à bomboca. Pré-combinámos uma nova ida ali por ocasião do aniversário da Doce que seria dentro de poucas semanas.

continua aqui

1 comentário:

Imprópriaparaconsumo disse...

esse sangue a ferver que faz a diferença :)))
Um beijo grande