Lembras-te do anúncio do Old Spice? Esquece. Foi apenas a forma como a conheci e talvez por isso, não tenha reparado logo no seu verdadeiro valor.
Recentemente, lembrei-me de ouvir novamente, a propósito do que estava a escrever, e arrepiei-me. Como eu já tinha explicado aqui há uns tempos, este tipo de reacção pode ser interpretada como uma forma de medir a qualidade de uma experiência, neste caso, musical.
Quero convidar-te a ouvi-la comigo. A deixares-te tocar pelo som. Aceitas? Vá, põe os auscultadores, ou de preferência, liga as colunas do computador no máximo (se forem boas) e carrega no Play:
Começa pungente, num lamento, e diminui abruptamente o volume. O piano e o violoncelo mantêm o ritmo. Dramatismo latejante, já se sabe que quando menos esperarmos, vai explodir-nos nos ouvidos. A massa cantante descreve a personalidade da Sorte e de como somos afectados por ela. A tensão está toda acumulada, encurralada, não tem mais por onde fugir. De repente, acontece - Consegues senti-la? O subwoofer sopra, o ritmo é muito rápido, alucinante, triunfante; O coro de vozes funde-se com a orquestra, todos são um e o papel de cada elemento é fundamental para o resultado harmonioso que se pretende – uma verdadeira orgia musical.
Como eu gostava de fazer parte da orquestra a tocar tímpanos e fazê-los vibrar nos teus ouvidos…
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15 comentários:
"Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae"
som com picos ritmados, profundos, cadencia certa no momento certo
não me arrepia, mas a melodia tem a cadência perfeita.
tal como o anuncio, mostra uma tempestade a bater forte, mas também as tempestades têm os seus momentos de calmaria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carmina_Burana
http://www.das.ufsc.br/~sumar/perfumaria/Carmina_Burana/carmina_burana.htm
Pois, por onde tu andaste, também eu andei!
Mas experimentaste ouvir bem alto, até conseguires tocar no som?
Hum... gosto do som provocado por essa orgia musical. :P
não preciso de ter a música muito alta para a sentir
esta música sente-se muito bem pelas razões todas já ditas
é uma bonita orgia, não é Vontade
estás sempre à vontade para participar nela
Conheceste-a dentro de uma onda ou em cima de uma prancha?
a sorte somos nós que a fazemos.
e de todas as vezes que oiço esta magnífica música sinto um sentimento de posse, de fortuna, de determinação em mim que é obra.
E eu que durante muito tempo dizia Karl OFF...
lol
Ahahaha, M, acabei de reparar que fiz o mesmo erro... e por estranho que pareça, o senhor, apesar de alemão, não é Karl, mas sim Carl.
já corrigi :)
Lembro-me da carmina burana, ao vivo, no pavilhão atlântico...
...da força de toda a obra...
...e até do cheiro de patroleo e da nuvem ténue que havia no pavilhão, fruto das tochas que eram levadas pelo coro enquanto percorreu o pavilhão em procissão antes de subir ao palco...
Fa
Bu
Lo
So!
:)
Oh, ao vivo deve ser infinitamente melhor! aí é que eu ficava com os pêlos todos eriçados, tipo choque eléctrico!
Deixo aqui este vídeo onde dá para perceber a grandiosidade do espectáculo e a reacção do público: http://www.youtube.com/watch?v=7HMQOX3h7ZI
Como é possível eu ter-me esquecido disto por tanto tempo?! arrepia sempre, de facto.
carmina burana é sublime! (não me ocorre dizer mais nada...)
Concordo plenamente :) Eu fui um felizardo em poder participar na produção desta obra no pavilhão atlântico há uns anos e de cada vez que recordo arrepio-me todo
que sorte! participar na produção a fazer o quê? Bem... imagino o impacto dos tímpanos no meu peito, algo do género do que sinto quando oiço os zés pereiras ao vivo...
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