texto por Bernardo Lupi
imagens do catálogo da Exposição "Bruxaria: Objectos Insólitos e Criaturas Fantásticas" patente em Óbidos, 1998 (clicar em cima para aumentar)
foto da máquina consoladora surripiada daqui
fotografia por Imperator
Henrique regressou a casa perto da meia-noite.
Sem proferir palavra alguma, acenou com um dedo para a farda que Magda vestia que, imediatamente, a despiu. Ele abriu uma porta que dava acesso a um recanto na parede, uma espécie de masmorra cujas medidas não permitiam que uma pessoa pudesse deitar-se. Prendeu os pulsos dela a uma corrente que descia do tecto do minúscula divisão e esticou o mais possível os braços de Magda acima da cabeça. Outra corrente, fixada ao piso, segurou os tornozelos da jovem nua e sentada no chão.
Não podia alongar as pernas por falta de espaço e passou a noite à procura de encontrar uma posição mais confortável, tentando apoiar os joelhos no chão, mas qualquer posição era terrivelmente incómoda e todos seus músculos ficaram doridos.
Magda experimentou o que tinham suportado milhares e milhares de prisioneiros na Idade Média.
A sua noite não foi das melhores. Mais que a posição desagradável, o que mais a atormentava era tentar adivinhar o que iria acontecer no dia seguinte.
Seria expulsa de casa ou apenas castigada? E, mesmo que ele a tivesse perdoado, iria manter os mesmos sentimentos de antes?
Perto do amanhecer, ela conseguiu dormir cerca de uma hora antes que o calor do dia, fazendo da masmorra um forno, não a acordasse definitivamente.
Permaneceu mais duas horas acorrentada na obscuridade daquele recanto, exausta e molhada de suor.
Henrique, já quase pronto para sair novamente de casa, abriu a porta, tirou os dois cadeados que a prendiam ao tecto e ao piso da cela e ordenou que ela tomasse um copo de leite e comesse um pão seco do dia anterior.
Magda obedeceu em silêncio, triste e temerosa.
Quando o seu dono ordenou que entrasse na casa de banho e lavasse bem os pés, pensou que ele lhe fosse devolver as roupas e os sapatos e de seguida a deixasse na estação ferroviária de Sintra, para que ela voltasse para o seu apartamento de Odivelas, sem ordem para o voltar a procurar.
Saiu da casa de banho cabisbaixa, certa de que dentro de poucos minutos tudo teria terminado. Mas, ao ouvir um som estranho, levantou um pouco a cabeça e viu, a poucos metros de distância, Henrique que puxava uma viga de madeira, triangular, apoiada sobre quatro pernas de ferro. Reconheceu o objecto por tê-lo visto em algumas fotografias que ele lhe mostrara. Efectivamente tratava-se de um cavalete - também chamado de potro -, um antigo instrumento de tortura, projectado para punir adúlteras, feiticeiras e, em geral, fêmeas tidas como insolentes.
Ele acorrentou os pulsos de Magda atrás das costas, fixando-os ao cinturão de couro. Com uma longa corda amarrou em dois pontos os braços da escrava e atou também as mãos. Logo em seguida ordenou que ela se sentasse bem no meio da viga. A cunha de aço que estava na parte superior do cavalete entrou nos lábios vaginais, afastando-os progressivamente. Instintivamente, ela levantou-se nas pontas dos pés para aliviar a sensação de incómodo.
Henrique enfiou uma corda na argola dianteira da coleira e segurou-a na extremidade dianteira do potro; analogamente fez com a argola posterior. Repetiu as mesmas manobras com as argolas do cinturão de couro, de forma que o corpo de Magda ficou perfeitamente vertical em cima do instrumento e não teria caído nem se ela tivesse desmaiado.
Com dois cintos de couro prendeu as coxas dela que, dessa forma, quase abraçavam o cavalete. Enfim um cadeado uniu os tornozelos que foram puxados para cima e fixados à parte inferior da viga, formando um L em relação às coxas. Agora o corpo de Magda apoiava-se unicamente sobre o triângulo de metal que, lentamente, dilatava a sua vagina e apertava o períneo.
A jovem estava a ser submetida a uma antiga tortura medieval mas, pelo menos, esse castigo podia significar que Henrique não se iria livrar dela. Todavia o facto de ter sido obrigada a lavar os pés, deixava-a perplexa e preocupada.
O mestre pôs na cabeça da jovem o capuz de couro que a deixava praticamente cega, surda e muda.
Logo em seguida, atou com bastante corda os tornozelos e prendeu os polegares dos pés com algemas de couro. Ela percebeu que Henrique queria imobilizar totalmente as suas extremidades inferiores, provavelmente para chicotear as plantas dos pés, mas ainda não entendia qual a função daquele preparo, porque quando ele a batia nessa parte do corpo, costumava dizer:
-Agora, querida, vou tirar a poeira das tuas solas.
Completamente nua, atada e sem poder ver nada, Magda não viu que ele estava a manipular um pequeno fogão eléctrico sobre o qual já estava a aquecer uma pequena panela cheia de óleo. Ele regulou o termostato para uma temperatura de 55°C. Quando uma luz vermelha se apagou, indicando que o líquido tinha alcançado a temperatura escolhida, mergulhou um pincel no óleo e iniciou, vagarosamente, a pincelar as solas dos pés de Magda, partindo dos calcanhares e descendo até aos dedos.
Experiente como sempre, Henrique estava a aplicar uma técnica que ia produzir uma dor não exagerada, comparável àquela de uma vela derretida, mas durável no tempo.Por isso mandou que ela lavasse bem os pés, para o líquido penetrar profundamente nos poros da pele.
Terminada a sessão e, antes de sair de casa para ir para o trabalho, puxou uma primeira alavanca debaixo da viga: uma protuberância de marfim, do tamanho de uma cenoura média, emergiu do cavalete e deslizou na vagina de Magda. Accionando uma segunda alavanca, um dildo bem lubrificado penetrou delicadamente no ânus da escrava.
Henrique trancou a porta e foi-se embora cantarolando.
Magda permaneceu muitas e muitas horas imobilizada naquela posição.
Inicialmente a dor prevaleceu, tanto aquela gerada pelo cavalete, como o incómodo que sentia nas solas dos pés.
Felizmente o potro era uma versão moderna do antigo aparelho de tortura e a dor, afinal das contas, foi diminuindo bastante na medida em que os músculos vaginais iam-se adaptando à solicitação mecânica do seu peso.
Quanto ao óleo, como tinha previsto o seu Senhor, a dor continuou constante, mas a intensidade era suportável.
Por outro lado, a mulher teve a enorme satisfação de saber que ainda iria continuar a ser propriedade de Henrique e que ele não tinha a menor intenção de mandá-la embora. O facto de estar nua em cima de um cavalete, completamente atada e encapuçada, era um acontecimento natural que condizia com a sua condição de escrava.
Rapidamente, ela começou-se sentir à vontade a cavalo do potro. Percebia o seu corpo como um maravilhoso objecto sexual, um brinquedo nas mãos de um dono com mau génio mas, ao mesmo tempo, carinhoso, leal e fiel. Isso era o mais importante.
E não demorou muito a sentir um certo bem estar, tanto físico quanto psicológico. Mexendo um pouco a bacia para a frente, recebia prazer da protuberância que penetrava a vagina e apertava o clítoris; deslocando-se de uns milímetros para trás, o brinquedo anal gerava ondas de prazer ainda mais intensas.
Não tendo a possibilidade de olhar para um relógio, e nem de ver a luz do dia, ela não tinha noção do tempo que ia decorrendo. O seu vaivém em cima do cavalete tornou-se rítmico, como uma dança sexual que proporcionava prazer infinito. Paradoxalmente, um instrumento projectado para torturar funcionava como uma máquina para gerar orgasmos. E desse ponto de vista, Magda era praticamente insaciável. Quanto mais se vinha, mais sentia o desejo de voltar a vir-se novamente.
As horas em cima do potro foram uma viagem numa dimensão sobre-humana, uma dimensão caracterizada por uma única e sublime variável. O prazer.
Quando, dez horas depois, Henrique voltou do escritório e tirou-a da viga, ela beijou-o languidamente e, com voz bastante enfraquecida, disse para ele:
-Muito obrigada, meu Senhor…
Henrique, após tê-la deixado quase desmaiada em cima da cama, foi para a cozinha onde lhe preparou um jantar reforçado.
Sem proferir palavra alguma, acenou com um dedo para a farda que Magda vestia que, imediatamente, a despiu. Ele abriu uma porta que dava acesso a um recanto na parede, uma espécie de masmorra cujas medidas não permitiam que uma pessoa pudesse deitar-se. Prendeu os pulsos dela a uma corrente que descia do tecto do minúscula divisão e esticou o mais possível os braços de Magda acima da cabeça. Outra corrente, fixada ao piso, segurou os tornozelos da jovem nua e sentada no chão.
Não podia alongar as pernas por falta de espaço e passou a noite à procura de encontrar uma posição mais confortável, tentando apoiar os joelhos no chão, mas qualquer posição era terrivelmente incómoda e todos seus músculos ficaram doridos.
Magda experimentou o que tinham suportado milhares e milhares de prisioneiros na Idade Média.
A sua noite não foi das melhores. Mais que a posição desagradável, o que mais a atormentava era tentar adivinhar o que iria acontecer no dia seguinte.
Seria expulsa de casa ou apenas castigada? E, mesmo que ele a tivesse perdoado, iria manter os mesmos sentimentos de antes?
Perto do amanhecer, ela conseguiu dormir cerca de uma hora antes que o calor do dia, fazendo da masmorra um forno, não a acordasse definitivamente.
Permaneceu mais duas horas acorrentada na obscuridade daquele recanto, exausta e molhada de suor.
Henrique, já quase pronto para sair novamente de casa, abriu a porta, tirou os dois cadeados que a prendiam ao tecto e ao piso da cela e ordenou que ela tomasse um copo de leite e comesse um pão seco do dia anterior.
Magda obedeceu em silêncio, triste e temerosa.
Quando o seu dono ordenou que entrasse na casa de banho e lavasse bem os pés, pensou que ele lhe fosse devolver as roupas e os sapatos e de seguida a deixasse na estação ferroviária de Sintra, para que ela voltasse para o seu apartamento de Odivelas, sem ordem para o voltar a procurar.
Saiu da casa de banho cabisbaixa, certa de que dentro de poucos minutos tudo teria terminado. Mas, ao ouvir um som estranho, levantou um pouco a cabeça e viu, a poucos metros de distância, Henrique que puxava uma viga de madeira, triangular, apoiada sobre quatro pernas de ferro. Reconheceu o objecto por tê-lo visto em algumas fotografias que ele lhe mostrara. Efectivamente tratava-se de um cavalete - também chamado de potro -, um antigo instrumento de tortura, projectado para punir adúlteras, feiticeiras e, em geral, fêmeas tidas como insolentes.
Ele acorrentou os pulsos de Magda atrás das costas, fixando-os ao cinturão de couro. Com uma longa corda amarrou em dois pontos os braços da escrava e atou também as mãos. Logo em seguida ordenou que ela se sentasse bem no meio da viga. A cunha de aço que estava na parte superior do cavalete entrou nos lábios vaginais, afastando-os progressivamente. Instintivamente, ela levantou-se nas pontas dos pés para aliviar a sensação de incómodo.
Henrique enfiou uma corda na argola dianteira da coleira e segurou-a na extremidade dianteira do potro; analogamente fez com a argola posterior. Repetiu as mesmas manobras com as argolas do cinturão de couro, de forma que o corpo de Magda ficou perfeitamente vertical em cima do instrumento e não teria caído nem se ela tivesse desmaiado.
Com dois cintos de couro prendeu as coxas dela que, dessa forma, quase abraçavam o cavalete. Enfim um cadeado uniu os tornozelos que foram puxados para cima e fixados à parte inferior da viga, formando um L em relação às coxas. Agora o corpo de Magda apoiava-se unicamente sobre o triângulo de metal que, lentamente, dilatava a sua vagina e apertava o períneo.
A jovem estava a ser submetida a uma antiga tortura medieval mas, pelo menos, esse castigo podia significar que Henrique não se iria livrar dela. Todavia o facto de ter sido obrigada a lavar os pés, deixava-a perplexa e preocupada.
O mestre pôs na cabeça da jovem o capuz de couro que a deixava praticamente cega, surda e muda.
Logo em seguida, atou com bastante corda os tornozelos e prendeu os polegares dos pés com algemas de couro. Ela percebeu que Henrique queria imobilizar totalmente as suas extremidades inferiores, provavelmente para chicotear as plantas dos pés, mas ainda não entendia qual a função daquele preparo, porque quando ele a batia nessa parte do corpo, costumava dizer:
-Agora, querida, vou tirar a poeira das tuas solas.
Completamente nua, atada e sem poder ver nada, Magda não viu que ele estava a manipular um pequeno fogão eléctrico sobre o qual já estava a aquecer uma pequena panela cheia de óleo. Ele regulou o termostato para uma temperatura de 55°C. Quando uma luz vermelha se apagou, indicando que o líquido tinha alcançado a temperatura escolhida, mergulhou um pincel no óleo e iniciou, vagarosamente, a pincelar as solas dos pés de Magda, partindo dos calcanhares e descendo até aos dedos.
Experiente como sempre, Henrique estava a aplicar uma técnica que ia produzir uma dor não exagerada, comparável àquela de uma vela derretida, mas durável no tempo.Por isso mandou que ela lavasse bem os pés, para o líquido penetrar profundamente nos poros da pele.
Terminada a sessão e, antes de sair de casa para ir para o trabalho, puxou uma primeira alavanca debaixo da viga: uma protuberância de marfim, do tamanho de uma cenoura média, emergiu do cavalete e deslizou na vagina de Magda. Accionando uma segunda alavanca, um dildo bem lubrificado penetrou delicadamente no ânus da escrava.
Henrique trancou a porta e foi-se embora cantarolando.
Magda permaneceu muitas e muitas horas imobilizada naquela posição.
Inicialmente a dor prevaleceu, tanto aquela gerada pelo cavalete, como o incómodo que sentia nas solas dos pés.
Felizmente o potro era uma versão moderna do antigo aparelho de tortura e a dor, afinal das contas, foi diminuindo bastante na medida em que os músculos vaginais iam-se adaptando à solicitação mecânica do seu peso.
Quanto ao óleo, como tinha previsto o seu Senhor, a dor continuou constante, mas a intensidade era suportável.
Por outro lado, a mulher teve a enorme satisfação de saber que ainda iria continuar a ser propriedade de Henrique e que ele não tinha a menor intenção de mandá-la embora. O facto de estar nua em cima de um cavalete, completamente atada e encapuçada, era um acontecimento natural que condizia com a sua condição de escrava.
Rapidamente, ela começou-se sentir à vontade a cavalo do potro. Percebia o seu corpo como um maravilhoso objecto sexual, um brinquedo nas mãos de um dono com mau génio mas, ao mesmo tempo, carinhoso, leal e fiel. Isso era o mais importante.
E não demorou muito a sentir um certo bem estar, tanto físico quanto psicológico. Mexendo um pouco a bacia para a frente, recebia prazer da protuberância que penetrava a vagina e apertava o clítoris; deslocando-se de uns milímetros para trás, o brinquedo anal gerava ondas de prazer ainda mais intensas.
Não tendo a possibilidade de olhar para um relógio, e nem de ver a luz do dia, ela não tinha noção do tempo que ia decorrendo. O seu vaivém em cima do cavalete tornou-se rítmico, como uma dança sexual que proporcionava prazer infinito. Paradoxalmente, um instrumento projectado para torturar funcionava como uma máquina para gerar orgasmos. E desse ponto de vista, Magda era praticamente insaciável. Quanto mais se vinha, mais sentia o desejo de voltar a vir-se novamente.
As horas em cima do potro foram uma viagem numa dimensão sobre-humana, uma dimensão caracterizada por uma única e sublime variável. O prazer.
Quando, dez horas depois, Henrique voltou do escritório e tirou-a da viga, ela beijou-o languidamente e, com voz bastante enfraquecida, disse para ele:
-Muito obrigada, meu Senhor…
Henrique, após tê-la deixado quase desmaiada em cima da cama, foi para a cozinha onde lhe preparou um jantar reforçado.
continua aqui
12 comentários:
Ouch... está a ficar muito pesado.
Uffffffffffaaaaaa....até arrepia....Mas que mistura de sensações...a dor que se torna num prazer infinito que a faz querer mais....
Está a ficar muito interessante...humm
Beijo doce.
Porra!!!
Mas isto, aqui, é muito à frente.
Imaginava muitas coisas a teu respeito mas não te imaginava capaz de escrever este texto.
Bj e bom fds
Pá, isto não é para mim!
;)
Um conto ABSOLUTAMENTE pecaminoso, hardcore e muito bon...d'age.
http://i032.radikal.ru/0908/20/4649ab75d7ad.jpg
Teresa ;)
Quase fiquei com vontade de experimentar =D
Hum, hum, estou a gostar cada vez mais, sobretudo do contraste entre o prazer e a dor que Magda experiencia.
Mas, afinal, o centro do prazer e da dor não partilham a mesma zona do cérebro? ;)
pelo que já espreitei, ainda vai ficar mais pesado, por isso não é para toda a gente, é só pra quem quer. E o querer aqui, é o que importa.
Teresa, o que é isso? Faz-me lembrar algumas experiências da Madonna...
Diabinho, já reparaste como as expressões de dor são tão parecidas com as de prazer? Creio que tem de haver um equilíbrio para experimentar ambas as sensações saudavelmente.
A minha questão é se será saudável a submissão exclusiva como única fonte de prazer....
Eu confesso que nunca experimentei (apesar da imensa curiosidade) mas acho que se pode tirar muito prazer apartir da dor, mas acho que tem de haver um equilibrio.
A linha que separa a dor do prazer é tão tenua quanto a que separa a vida da morte.
ai que essa foto me deixou um pouco assutada...
então porquê? e que tal o texto?
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