texto por Bernardo Lupi
Fotos de Mugshots e Imperator + carpe vitam!
Uma noite, após ter tirado o avental, exibindo assim o seu fabuloso corpo nu ao seu Senhor, Magda ouviu a seguinte pergunta:
- Tu gostas de piercings?
A jovem, apanhada de surpresa, não soube o que dizer pois, no conceito dela, tudo dependia de onde o piercing era colocado. Decerto não teria gostado de nada que lhe deformassem o nariz, uma bochecha ou, pior ainda, a ponta da língua. Diplomaticamente respondeu apenas:
- Gosto de tudo o que o meu Senhor gosta…
Henrique, que parecia ter sido iluminado por alguma ideia fulgurante, pegou no telemóvel e efectuou um breve telefonema, tão rápido que Magda entendeu apenas a frase final:
- Tudo bem. Ficarei à tua espera amanhã, ao princípio da noite.
No dia seguinte, às nove horas da noite em ponto, chegou um carro conduzido por uma mulher alta, magra e com cabelos pintados de vermelho.
O dono da casa cumprimentou-a calorosamente e mandou que Magda aparecesse na sala com o intuito de a apresentar aquela mulher de aspecto excêntrico. Ela obedeceu com uma certa relutância, pois essa era a primeira vez em que ia mostrar-se seminua e acorrentada perante uma pessoa estranha. Obviamente, quando Henrique recebia os amigos no varandim do jardim, ela ficava em casa e a uma certa distância do grupo. Embora visível, nunca se tinha aproximado até permitir que olhos alheios vissem certos detalhes do seu corpo.
- Magda, deixa que te apresente a minha amiga Vanda.
A mulher acenou com a cabeça, mas sem demonstrar algum interesse particular na sua figura, como se estivesse acostumada a ver belas mulheres nuas e submissas. E, sem dizer nada, apoiou uma pasta preta, de couro preto, sobre uma mesa, abriu-a e convidou o anfitrião para admirar o conteúdo.
Henrique, por sua vez, chamou Magda para que ela mesma visse os vários tipos de pequenos objectos, todos de ouro, prata ou platina, das mais variadas formas.
- Quero que escolhas o modelo que mais gostas para enfeitar os teus mamilos – disse ele.
Magda, admirada pela beleza dos adornos, examinou atentamente o mostruário e, depois de uns minutos, apontou para duas pequenas argolas de ouro amarelo-escuro. Ao mesmo tempo olhou para o seu dono esperando que ele aprovasse a escolha. Enquanto Henrique parecia ainda um pouco perplexo, Vanda, interveio com estas palavras:
- Permitam uma consideração. As argolas são peças bonitas, mas são mais apropriadas para mulheres um pouco mais maduras do que uma bela jovem. Ela tem os peitos ainda duros e pequenos. Pessoalmente gostaria de sugerir estas duas barras de platina...
E, assim dizendo, pegou os dois enfeites e aproximou-os aos peitos de Magda que ainda estavam parcialmente cobertos pelo avental de linho branco. Henrique desatou a fita que sustentava a parte alta da peça e a jovem ficou nua até à cintura. Instintivamente escondeu os seios com as mãos, mas bastou um severo olhar de relance do seu Senhor para que ela os descobrisse imediatamente.
As duas barrinhas, cujo comprimento era inferior a dois centímetros, e que terminavam com duas pequenas esferas, combinavam perfeitamente com os pequenos mamilos rosados da jovem, a qual concordou na escolha. Estranhou, porém, quando viu que Henrique agarrou três, e não duas dessas pequenas barras de platina.
- Meu caro amigo, falou a mulher, como você optou pela candura da platina, proponho que escolha também argolas do mesmo metal, e não muito grandes.
- Agradecido, Vanda. Você é mestre nesta arte, os seus adornos são os melhores do mercado. Então dê-me duas dessas, respondeu o dono da casa.
Embora Magda não entendesse bem qual a colocação das argolas pensou, justamente, que alguma parte de seu corpo ia ser perfurada para permitir a aplicação das peças.
Com efeito, Vanda abriu outro compartimento da maleta da qual retirou uma seringa com a agulha fina, uma ampola de lidocaína e uns instrumentos usados na cirurgia estética.
Mandaram que Magda se sentasse numa cadeira.
A especialista injectou uma gota de anestésico num dos mamilos, fez um furo quase invisível e, logo em seguida, introduziu a primeira barrinha da qual fora tirado uma das esferas que, enfim, foi novamente montada e lacrada. A mesma operação foi repetida no outro mamilo.
Com o auxílio de um espelho a escrava pôde admirar a beleza dos adornos e a perfeição do trabalho. Adorou e ficou muito orgulhosa dos adereços, principalmente por saber que eles, além de simbolizar fortemente a sua submissão, não podiam ser removidos com facilidade, nem dispondo do equipamento apropriado.
Quanto às argolas, Magda imaginou que seriam colocadas nas orelhas, e a terceira barrinha no umbigo, pois tinha visto várias amigas usar piercings naquelas partes do corpo. Mas estava enganada.
Vanda explicou ao Henrique que muitas mulheres ficavam impressionadas quando ela realizava a segunda parte do seu trabalho e isso representava um perigo potencial, sendo que o menor movimento podia resultar numa ferida profunda numa área de forte circulação sanguínea. Por isso sempre aconselhava que as clientes fossem bem imobilizadas antes de iniciar a operação. Consequentemente as mãos de Magda foram atadas junto com os tornozelos e uma vara de madeira enfiada entre o lado posterior dos joelhos e os antebraços. Também, para evitar que ela se assustasse ao ver instrumentos cirúrgicos ensanguentados, foi devidamente vendada.
Após a anestesia local, Vanda perfurou o clítoris de Magda e fixou a terceira barra de platina.
Henrique, que tinha experiência no campo da dominação, sabia que nada podia inundar mais de prazer uma mulher, do que um piercing naquela parte sensível do corpo.
Aquela pequena peça de metal, seja quando titilada pelos dedos do dono, seja quando apertada por uma corda ou, mais ainda, durante um relacionamento sexual, tinha o poder de amplificar as vibrações e a pressão exercida sobre o pequeno órgão e, portanto, de levar o prazer da mulher a limites inimagináveis.
A aplicação das argolas nos lábios vaginais foi um pouco mais trabalhosa, mas depois de um bom tempo também foi concluída. Henrique olhou satisfeito a vagina de Magda, que estava a ser readaptada à sua nova condição de escrava. A visão do corpo imobilizado naquela posição, que expunha as partes mais íntimas de Magda na presença de uma estranha, deixou-o bastante excitado.
Impulsivamente, pediu à Vanda que acrescentasse mais duas argolas aos lábios de Magda, coisa que foi executada tendo o cuidado de deixar uma distância apropriada entre os dois pares de argolas.
Assim, pensou correctamente Henrique, a vagina da sua escrava podia ser completamente fechada com dois cadeados ou, de modo alternativo, com um só cadeado que segurasse a parte terminal de uma barra em forma de T, a qual teria passado simultaneamente pelas quatro argolas. Sem contar com a possibilidade de introduzir um dildo, uma corda de seda, ou de combinar as várias possibilidades de acordo com o seu arbítrio.
Para completar o serviço, numa das argolas foi enganchada uma medalha, de ouro branco, com um monograma onde constavam as letras HCM.
Vanda recebeu mais uma vez os cumprimentos de Henrique, junto com um generoso pagamento.
Magda, que tinha ficado acordada durante toda a operação, nada sabia do que tinha sido feito com o seu corpo, mas imaginava onde as peças tinham sido colocadas pois, com o passar do tempo, o efeito da anestesia estava a atenuar-se e já sentia um ligeiro incómodo.
Sentiu o grande orgulho de estar a oferecer a essência da sua feminilidade para o maior deleite do seu dono o qual, mediante os piercings colocados, fazia do seu corpo um objecto ainda mais sensual e desejável.
Finalmente Henrique entrou em casa depois de se ter retirado por instantes para se despedir de Vanda e, imediatamente, foi olhar novamente a obra prima daquela mulher enigmática.
Instintivamente ele começou a beijar as coxas de Magda, descendo até às nádegas e voltando a subir de novo. Acariciou repetidamente os peitos que não eram muito acessíveis devido à maneira com que ela fora imobilizada.
Beijava e lambia os lábios vaginais e o clitóris, mas com muita delicadeza, para não comprometer o processo de cicatrização que ia durar cerca de um mês.
Protelava o momento de desatar a escrava, pois aquela visão tinha algo de sublime. O corpo da jovem estava nu, acorrentado, atado como um inocente cordeiro sacrifical e enfeitado com adornos metálicos que decorariam definitivamente suas carnes. Podia existir algo de mais representativo da submissão feminina completa e incondicional?
Mesmo assim, depois de ter contemplado essa obra de arte viva, pela primeira vez retirou as cordas, todas as correntes e levou a jovem, ainda um pouco tonta pelos efeitos do anestésico, para a cama carregando-a nos seus braços fortes. Queria mostrar para ela a sua capacidade de amá-la não somente como escrava, mas também como mulher.
Objectivamente, a Vanda tinha recomendado os dois a não terem sexo vaginal durante a fase crítica da cicatrização. Isso não foi motivo de lamentos nem para Magda e nem para o seu Senhor, pois os dois preferiam, e muito mais, o sexo anal, coito que foi repetido várias vezes durante aquela primeira noite em que a escrava teve o seu corpo modificado para sempre.
continua...
16 comentários:
Chamem-me de quadradão, mas acho um crime profanar o corpo da mulher com tretas como piercings. E estava a brincar, não me podem chamar de quadradão ou mesmo triangularão...
Rafeirito, só é crime se não for com o consentimento dela. Mas diz-me, não gostas de ver uma mulher de brincos nas orelhas?
Quando nos entregamos desta forma...não existem limites para o amor.....
Este conto está a ficar cada vez mais apaixonante....parabéns!!!!
beijo doce
Hum... Os piercings não me convencem. E se as coisas (os sentimentos, o estado de espírito, etc.) mudarem? Os 'araminhos' e respectivos buracos, principalmente os buracos, continuam lá...
Jaime, dependerá do local do corpo e há quanto tempo tens o piercing. Se não o usares, o mais certo é o buraco acabar por se fechar.
Não gosto de piercings, mas gosto dos vossos textos.)
bj
Nunca me cruzei com uma mulher com um piercing no clitoris (e daí, talvez já... bom, tu percebeste), mas é algo que me suscita a curiosidade.
Gosto de piercings, tenho dois, em locais, porém, mais tradicionais. O próximo passo é, sem dúvida a língua.
O texto está a ficar cada vez mais envolvente. The plot thickens...
nina, e viva a pluralidade dos gostos!
bom fim-de-semana! ;)
ahahaahah, diabólico! acabaste de me dar uma ideia para um passatempo engraçado - jogar ao adivinha se tem ou não! Gracias! ;D
Quanto ao conto, sei que vai adensar ainda mais... stay tuned ;)
que imagem ...... !
estou com o canino.
e brincos nas orelhas é uma coisa, uma "cona" destas, é assustador de feio.
parece que estão a fazer uma cirurgia.
mas viva a liberdade!
Laura, a mim só me parece feio furarem as orelhas às criancinhas (geralmente do sexo feminino) antes de terem idade para o consentir. de resto, desde que haja vontade, estou contigo: viva a liberdade!
;) beijocas
Gosto sempre de ler este blog.
Eu costumava ter ambos os mamilos com piercings, hoje só tenho um porque por causa dum acidente, tive que tirar o outro.
Tenho 3 piercings na orelha e um na sobrancelha.
Fi-los todos no espaço de uma semana.
Tenho a dizer... anestesia? não se usa disso. :p
E quanto aos adereços em ouro ou prata... quando se fura, são sempre usados brincos em aço cirurgico, para evitar eventuais alergias a esses metais preciosos. Os de platina poderiam-se usar, mas são mais caros :p
Outra coisa. Não são agulhas, são cateteres,sempre.
Isto, em lugares com um mínimo de qualidade, claro.
um beijo Carpe, com todo o respeito que te tenho. :)
PS: Sim, fiz 6 piercings numa espaço de uma semana. os dois mamilos e uma tatuagem num dia. Uns dias depois, os restantes piercings.
Olha, eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre piercings, mas deixa-me meter a minha colherzinha. Sim, já fiz 3, nenhum levou anestesia, mas foi nas orelhas! tudo depende do local que furares, gostava de te ver fazer um na glande sem anestesia... ou talvez não... lolololol
claro que se podem usar de platina ou qq outro material hipo-alergénico.
nem sempre são cateteres, eu quando furei, levei três tiros nas orelhas! depende do sítio!
Beijinho para ti também, já vi que tens blog (relativamente) novo, tenho de lá ir ler como dever ser!
PS - e como foi furar os mamilos sem anestesia?
Um bocadinho chocantes as imagens...
rosinha, por vezes a provocação também passa pelo choque...
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