quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Swingin' (in the rain) parte 9

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Estava um dia chuvoso e frio, tínhamos planeado visitar mais um clube naquela noite, mas chegada a data a vontade não era muita. Já tinham passado várias semanas desde a nossa última incursão num bar swing, e apesar de termos convidado por diversas vezes, também não seria desta que iríamos estar com os nossos amigos. A festa era inspirada no filme “eyes wide shut”, o que em teoria é uma ideia muito apelativa, mas na prática tínhamos algumas questões logísticas a resolver. Apesar de fazermos nudismo, a Yin não se sentia confortável com a ideia de ir a uma festa de lingerie, ainda para mais com o frio que estava. O Yang insistiu e parecia entusiasmado, pelo que ela começou a pensar como resolveria os seus receios e decidiu usar a criatividade. Fez as diligências necessárias para confirmar a ida. este tinha sido um dos contactos feitos pelo Yang quando procurou pela primeira ir a um clube, tendo a resposta sido negativa. Mas desta vez, como já estávamos registados em sites, foi tudo mais fácil. do outro lado já conheciam o nosso perfil e o blog e prontificaram-se a dar-nos as indicações necessárias. Nós não fazíamos ideia onde era o local, apenas que seria a uns 30 ou 40 km de casa. Todos os clubes são bastante reservados, mas a inscrição em sites swing ou a recomendação de alguém do meio ajuda bastante. Começámos a entusiasmar-nos com a ideia dos trajes. Tinha de ser algo elegante e sensual, como sempre tentamos para estas ocasiões, mas desta vez um pouco mais ousado. O low profile manter-se-ia na atitude, não no traje. E com esta permissa procurámos as máscaras, em tons de preto, com lantejoulas e cetim e penas a cobrir os olhos. Tinha de ser algo minimamente confortável para usar a noite toda. Um pouco de verniz da cor das unhas da Yin a realçar certos pormenores personalizava e as máscaras e dava-lhes a coerência necessária para serem um par. Procurámos boxers de cetim para o Yang, a Yin imaginou uns pretos com riscas fininhas brancas, mas não os encontrámos, pelo que ele resolveu a coisa com uns pretos em microfibra que lhe ficavam a matar. Uma t-shirt branca simples cobriria o tronco, caso não tivesse calor. Sapatos e meias pretas (a Yin ainda pensou numas ligas para as meias masculinas, mas o Yang fez-lhe má cara) e para o toque final de classe, um laço preto de cetim ao pescoço deixava-o pronto para a festa. Ela escolheu uma cueca rendada preta confortavelmente sexy e uma espécie de top roxo rendado e transparente que lhe cobria o tronco e até meio das nádegas, com uma abertura à frente desde o peito que deixava vislumbrar o umbigo e a cueca. Nas pernas, umas meias pretas transparentes com discretas ligas rendadas começavam nas coxas e terminavam nuns elegantes e clássicos sapatos pretos de fivela. A maquilhagem intensificava-lhe os olhos com traços pretos e pálpebras da cor do top. Ainda antes da festa apercebemo-nos que algumas pessoas iriam levar capas como no filme, mas não achámos que fosse necessário. A Yin levou uma écharpe preta semi-transparente com franjas divertidas que vestida servia de cachecol e despida lhe resguardava as costas e os seios. Vestimos roupa normalíssima por cima e rumámos ao clube. Ninguém suspeitaria do que se passaria debaixo de roupas tão normais e isso divertia-nos. Confortáveis, sensuais e elegantes, sentimos assim que os trajes estavam completos e ficámos seguros de que tínhamos tudo o que era necessário para nos divertirmos na festa. 

continua aqui

4 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Também havia um pianista vendado?

Provoca-me disse...

Isso será respondido brevemente no próximo capítulo...

Alien David Sousa disse...

Tenho de vir ler isto com calma porque acho que perdi um.

Anónimo disse...

Gostei das mascaras :)
Beijos