Bem, não é nenhum trocadilho, eu creio que faz imenso sentido, quando melhor conheceres o teu oponente/amante, melhor consegues lutar/amar. E se for recíproco, melhor :)
Ahahahaah! Por acaso, já tinha esta programada há bastante tempo, mas quão pertinente que me saiu agora, hã? Devo confessar que xadrez não é o meu forte, mas permite-me sugerir que antes de sequer pensares em comer a Rainha, terás de fazer o devido roque ao Rei. (se o segredo é a alma do negócio, a estratégia é o corpo). Mas ainda agora começámos a partilhar vulnerabilidades...
Não se faz um roque ao Rei.. é indecente. Faz-se um roque com o rei, mas tem que se erguer a torre. Perdão, mover a torre. Mas não me vou aproveitar de uma vulnerabilidade da minha cara Carpe: o xadrez. É uma oponente de valor, tem direito a escolher as armas. Já definiu a estratégia. Desconcertante. Vou ler Sun Tzu, Carpe. :-)
Tens toda a razão, lamentavelmente eu não pesco nada de xadrez, as minhas referências restringem-se à "Alice do outro lado do espelho" e um cartaz sobre desafios que tive de desenhar em tempos, mas apeteceu-me gritar: Roque ao Rei! Parece um grito de guerra, contestatário, embora tenha percebido que afinal de contas quem faz o roque é o próprio Rei, com "a torre da ala da Dama", isto se for um "grande roque" O-O-O... tenho de arranjar um tabuleiro para experimentar isto! E depois aprender a jogar como deve ser :) Mas a ideia que eu queria transmitir aplica-se na mesma - no tabuleiro, tal como na vida, há que ter cuidado e proteger o que nos é mais querido. Hum, "A arte da guerra"? depois contas como foi a leitura? Eu ainda estou a apalpar terreno, não sou apologista da violência, mas gosto muito de tentar esgrimar argumentos com elegância, é dos meus desportos preferidos. Que tal o florete para começar?
Florete.. terei que recusar. Qualquer actividade que tenha que parar ao sentir um toque causa-me tédio. :-)
E Sun Tzu, nada tem de violento.. é um tratado de honra e respeito.
Por exemplo, Sun Tzu ensinou-me a depor as armas quando o inimigo está ferido. Brindando ao grande general e respeitando a protecção da Carpe, dou um pontapé no tabuleiro, atiro o florete pela janela e declaro-me vencido.
Vencido? Não pareces nada. Há toques que paralisam e isso não é necessariamente mau. Muito pelo contrário, picam, incomodam, dão que pensar, estimulam. É por isso que gosto de esgrimar. Não é pela dor que pode causar (que é mínima se se seguirem as regras básicas de segurança) é pelo prazer que causa ir enfrentando, desviando, atacando e defendendo… é pela agilidade que permite praticar e expressar. Onde está o tédio?
Existe sempre violência na guerra, por mais pacífica que seja. É algo presente desde que nascemos (afinal de contas, nascer não é propriamente um acontecimento pacífico). Além de que a violência é necessária, mais que não seja, para compreender a paz.
Então, deixa-me(te) tentar… só um arranhãozito… prometo não dói nada. Vá, en garde!
Essa regras mínimas.. está aí o tédio. Tira a máscara que parece um passador, tira esse fato branco e acolchoado que te faz parecer uma astronauta, e aí sim, prometo arranhões. E arranhõezitos. E Carpe, nada de galicismos. Sem en garde, touchê, e essas coisas. Prefiro de longe ver-te afogueada a vociferar em fúria incontida « anda cá agora », « toma que é para aprenderes », « Se eu apanho, Numen..», « seu grandessíssimo qualquer coisa, vais pagar bem caro este arranhão ».
Ah, mas eu não fico assim por tão pouco! Não tenho nenhum prazer em usar capacete, ou cinto de segurança, ou preservativo, mas são regras básicas - uso e pronto. Nada de tédio aí, é automático, livram-me de sarilhos e não abro mão. Claro que não evita os riscos, mas minimiza-os. Mas eu não disse que estava de fato branco almofadado qual homem michelin, disse? Achas que eu iria querer arranhar-te enquanto ficava de fatinho? Na... isto tem de ser minimamente equilibrado! Posso lutar em pêlo mas da máscara não abro mão, pelo menos agora, por protecção, não me vás tu vazar um olho! Agora sem galicismos, já me puseste aqui aos saltinhos, alternados, pé da frente, pé de trás, à espera do próximo movimento...
por vezes é necessário abdicar de algumas coisas, mas nunca do essencial. a diversão é uma delas. desde que haja respeito e honestidade, nunca se deve perder a capacidade de diversão. have fun! :)
Eu não me acho um intelectual daqueles que percebe as coisas logo à primeira, muito menos quando são coisas capazes de serem bastante subjectivas. Odeio subjectividade, adoro objectividade. No entanto, deixo a minha pequena reflexão.
- Lutar significa que alguém tornou-se vulnerável (calma...) sendo assim a experiência(lutar) que a pessoa vai ter será o acto mais intimo que pode haver, como ai diz (interpreto). E isso acho estranho porque acho o envolvimento sexual 'the ultimate act of intimacy', então saborear o corpo, brincadeiras com as línguas, olhares, toques em tudo o que é sítio, a genitália. A genitália! Isso não é 'the ultimate act of intimacy' ? Bem, acho que estou a fugir ao que está lá. Continuando, ser intimo baseia-se em poder partilhar as suas fraquezas com quem "luta" pelo que, sempre que se "luta" abrimos uma "fenda" para a pessoa "entrar" em nós.
Estive a reler o texto e permitam-me que partilhe convosco o contexto em que as frases foram escritas, porque parece-me agora que "Fighting" tem muito mais que ver com "discussão" do que propriamente com "luta":
"Intimacy is based on shared vulnerability. Write this on your bathroom mirror. We'll never discount all the wonderful things that we get from sharing love, laughter, happiness and such, but nothing deepens intimacy like the experiences that we share when we feel flayed, with our skins off, scared and vulnerable, and our partner is there with us, willing to share in the scary stuff. These are the times that bring us the closest together." e o outro: "Thinking about how intimacy and bonding is cemented by sharing vulnerable feelings brings us to perhaps the ultimate act of intimacy: fighting. Many people believe that fighting between partners is to be avoided at all costs, but most relationship therapists would disagree. Fights between partners appear to be a universal experience; not many people actually enjoy them, but they seem to be necessary, a constructive element in the building of solid relationships. Only by fighting can partners struggle with their disagreements and express their most heartfelt feelings."
21 comentários:
As melhores coisa têm sempre uma base de partilha...
Olá!
Muito bom seu blog!
Estou seguindo aqui, ok?
Quando puder visite meu:
http://dafimastersex.blogspot.com
Abraços!
Pedro, nem mais! Já aqui tinha dito, prazer partilhado, é prazer multiplicado, exponenciado ao máximo!
Filipe San, já vi, tem fotos sugestivas ;)
sim, exige uma base de troca talvez.. nao entendi bem este trocadilho.. saudações otárias!
Bem, não é nenhum trocadilho, eu creio que faz imenso sentido, quando melhor conheceres o teu oponente/amante, melhor consegues lutar/amar. E se for recíproco, melhor :)
Nem penses que como já a Rainha e faço mate duas ( jogadas ) depois. Mas também não penses que te deixarei conhecer a minha estratégia.
Ahahahaah! Por acaso, já tinha esta programada há bastante tempo, mas quão pertinente que me saiu agora, hã? Devo confessar que xadrez não é o meu forte, mas permite-me sugerir que antes de sequer pensares em comer a Rainha, terás de fazer o devido roque ao Rei. (se o segredo é a alma do negócio, a estratégia é o corpo). Mas ainda agora começámos a partilhar vulnerabilidades...
Não se faz um roque ao Rei.. é indecente. Faz-se um roque com o rei, mas tem que se erguer a torre. Perdão, mover a torre. Mas não me vou aproveitar de uma vulnerabilidade da minha cara Carpe: o xadrez. É uma oponente de valor, tem direito a escolher as armas. Já definiu a estratégia. Desconcertante. Vou ler Sun Tzu, Carpe. :-)
Tens toda a razão, lamentavelmente eu não pesco nada de xadrez, as minhas referências restringem-se à "Alice do outro lado do espelho" e um cartaz sobre desafios que tive de desenhar em tempos, mas apeteceu-me gritar: Roque ao Rei! Parece um grito de guerra, contestatário, embora tenha percebido que afinal de contas quem faz o roque é o próprio Rei, com "a torre da ala da Dama", isto se for um "grande roque" O-O-O... tenho de arranjar um tabuleiro para experimentar isto! E depois aprender a jogar como deve ser :)
Mas a ideia que eu queria transmitir aplica-se na mesma - no tabuleiro, tal como na vida, há que ter cuidado e proteger o que nos é mais querido.
Hum, "A arte da guerra"? depois contas como foi a leitura?
Eu ainda estou a apalpar terreno, não sou apologista da violência, mas gosto muito de tentar esgrimar argumentos com elegância, é dos meus desportos preferidos. Que tal o florete para começar?
Florete.. terei que recusar. Qualquer actividade que tenha que parar ao sentir um toque causa-me tédio. :-)
E Sun Tzu, nada tem de violento.. é um tratado de honra e respeito.
Por exemplo, Sun Tzu ensinou-me a depor as armas quando o inimigo está ferido. Brindando ao grande general e respeitando a protecção da Carpe, dou um pontapé no tabuleiro, atiro o florete pela janela e declaro-me vencido.
Sou vulnerável às vulnerabilidades.
Alea jact est, Domina. ;-) **
Vencido? Não pareces nada. Há toques que paralisam e isso não é necessariamente mau. Muito pelo contrário, picam, incomodam, dão que pensar, estimulam. É por isso que gosto de esgrimar. Não é pela dor que pode causar (que é mínima se se seguirem as regras básicas de segurança) é pelo prazer que causa ir enfrentando, desviando, atacando e defendendo… é pela agilidade que permite praticar e expressar. Onde está o tédio?
Existe sempre violência na guerra, por mais pacífica que seja. É algo presente desde que nascemos (afinal de contas, nascer não é propriamente um acontecimento pacífico). Além de que a violência é necessária, mais que não seja, para compreender a paz.
Então, deixa-me(te) tentar… só um arranhãozito… prometo não dói nada. Vá, en garde!
Essa regras mínimas.. está aí o tédio. Tira a máscara que parece um passador, tira esse fato branco e acolchoado que te faz parecer uma astronauta, e aí sim, prometo arranhões. E arranhõezitos. E Carpe, nada de galicismos. Sem en garde, touchê, e essas coisas. Prefiro de longe ver-te afogueada a vociferar em fúria incontida « anda cá agora », « toma que é para aprenderes », « Se eu apanho, Numen..», « seu grandessíssimo qualquer coisa, vais pagar bem caro este arranhão ».
Anda cá agora, Carpe.
Ah, mas eu não fico assim por tão pouco!
Não tenho nenhum prazer em usar capacete, ou cinto de segurança, ou preservativo, mas são regras básicas - uso e pronto. Nada de tédio aí, é automático, livram-me de sarilhos e não abro mão. Claro que não evita os riscos, mas minimiza-os. Mas eu não disse que estava de fato branco almofadado qual homem michelin, disse? Achas que eu iria querer arranhar-te enquanto ficava de fatinho? Na... isto tem de ser minimamente equilibrado! Posso lutar em pêlo mas da máscara não abro mão, pelo menos agora, por protecção, não me vás tu vazar um olho!
Agora sem galicismos, já me puseste aqui aos saltinhos, alternados, pé da frente, pé de trás, à espera do próximo movimento...
( Que se lixe o florete. Fico só a vê-la em pêlo e aos saltinhos )
(Oh, pfffffffffffff, ficará para a próxima, então, quando ele estiver para aí virado...)
o amor às vezes nao deixa ter tudo xD
por vezes é necessário abdicar de algumas coisas, mas nunca do essencial. a diversão é uma delas. desde que haja respeito e honestidade, nunca se deve perder a capacidade de diversão. have fun! :)
Não poderia estar mais de acordo, desde que as discusões não envolvam pratos a voar pelo ar...
Eu não me acho um intelectual daqueles que percebe as coisas logo à primeira, muito menos quando são coisas capazes de serem bastante subjectivas. Odeio subjectividade, adoro objectividade.
No entanto, deixo a minha pequena reflexão.
- Lutar significa que alguém tornou-se vulnerável (calma...) sendo assim a experiência(lutar) que a pessoa vai ter será o acto mais intimo que pode haver, como ai diz (interpreto). E isso acho estranho porque acho o envolvimento sexual 'the ultimate act of intimacy', então saborear o corpo, brincadeiras com as línguas, olhares, toques em tudo o que é sítio, a genitália. A genitália! Isso não é 'the ultimate act of intimacy' ?
Bem, acho que estou a fugir ao que está lá.
Continuando, ser intimo baseia-se em poder partilhar as suas fraquezas com quem "luta" pelo que, sempre que se "luta" abrimos uma "fenda" para a pessoa "entrar" em nós.
Alien, por vezes um prato a voar tem a sua pica. estou a lembrar-me de Mrs. & Mr. Smith... ;)
Hum. rapaz!, creio que há coisas bem mais íntimas que a genitália. Um olhar, uma palavra... Mas concordo contigo na questão da "fenda".
Estive a reler o texto e permitam-me que partilhe convosco o contexto em que as frases foram escritas, porque parece-me agora que "Fighting" tem muito mais que ver com "discussão" do que propriamente com "luta":
"Intimacy is based on shared vulnerability. Write this on your bathroom mirror. We'll never discount all the wonderful things that we get from sharing love, laughter, happiness and such, but nothing deepens intimacy like the experiences that we share when we feel flayed, with our skins off, scared and vulnerable, and our partner is there with us, willing to share in the scary stuff. These are the times that bring us
the closest together."
e o outro:
"Thinking about how intimacy and bonding is cemented by sharing
vulnerable feelings brings us to perhaps the ultimate act of intimacy: fighting. Many people believe that fighting between partners is to be avoided at all costs, but most relationship therapists would disagree.
Fights between partners appear to be a universal experience; not many
people actually enjoy them, but they seem to be necessary, a
constructive element in the building of solid relationships. Only by fighting can partners struggle with their disagreements and express their most heartfelt feelings."
Leiam o livro. Prometo que vale a pena!
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