sábado, 17 de julho de 2010

Magda XI

início | continuação daqui
texto por Bernardo Lupi
foto da praia por Imperator
foto melão gettyimages
foto Raspberry Grape por bon idee

A recuperação das pequenas feridas causadas pelos piercings decorria mais rapidamente do que Vanda tinha previsto. Três semanas depois da introdução dos adornos, a pele de Magda estava totalmente cicatrizada. Decorria a tarde de sábado e, Henrique resolveu de convidar Magda para passar a manhã de domingo na praia. Não poderia ser uma praia qualquer. Ele optou por escolher a Praia da Ursa, uma pequena língua de areia, escondida nas falésias perto do Cabo da Roca, onde muito poucas pessoas se aventuravam a ir devido aos seus difíceis acessos e por ser um local que não era vigiado.

Magda aceitou o convite com entusiasmo e um pouco de apreensão, pois ia ser a primeira vez que saía daquele ambiente aconchegante e protegido do casarão escondido na serra. Também era muito provável que Henrique quisesse levá-la para a praia na sua condição de escrava, portanto com toda a parafernália que usava habitualmente em casa. O que comentariam os outros banhistas? Insultariam o seu parceiro? Chamariam as autoridades policiais?

Conhecendo perfeitamente a personalidade do seu mestre, não conseguia imaginar como uma pessoa tão inteligente e prudente estivesse, propositadamente, a criar uma situação que o poderia expor a consequências bem desagradáveis.

Embora muito mais nova do que ele havia momentos em que a mulher visualizava coisas que ele não via.

Aquela noite o sono de Magda foi perturbado por pensamentos negativos que, de vez em quando, a faziam acordar preocupada.

No dia seguinte, por volta das nove horas, os dois já estavam de pé, prontos para irem à praia. Antes de sair, Henrique retirou as algemas, mas deixou a coleira e substituiu o cinturão de couro escuro por outro do mesmo material, mas de cor mais clara. Acrescentou, na parte mais alta das coxas, dois cintos de idêntica cor. Fixou o cabo de uma corda de seda à argola dianteira do cinturão, e a corda, passando dentro dos lábios vaginais, foi amarrada às duas argolinhas dos cintos nas virilhas.

Para completar, fechou os dois pares de anéis vaginais com dois pequenos cadeados de aço. Ambos tinham a forma de um coração.

Ele vestiu um pólo verde escuro, uns calções beges e calçou uns confortáveis sapatos de vela sem meias. A jovem estava totalmente nua, a sua pele coberta apenas pelos acessórios de couro e pelos grilhões nos tornozelos.

Devido aos maus acessos da praia, Henrique achou prudente fazer-se deslocar no seu Land Rover. Entraram no carro e, depois de uma breve viagem pelas sinuosas estradas da serra de Sintra, chegam ao cruzamento que dava acesso ao Cabo da Roca. Prosseguiram mais um pouco e lá na frente, viraram à direita e seguiram por um trilho de cascalho que ia em direcção das arribas. Embora a praia fosse, teoricamente, pública, a única via de era muito íngreme e perigosa. À excepção de alguns praticantes de escalada ou casais de namorados mais afoitos, aquela pequena praia estava quase sempre deserta. Era quase certo que ninguém os iria atrapalhar durante as próximas horas. Henrique estacionou o jipe a menos de trinta metros das escarpas e saíram para o exterior. Magda seguia-o, caminhando devagar tanto por causa da curta corrente quanto por causa dos pés descalços que, por serem pequenos e delicados, podiam-se magoar seriamente naquele estreito caminho de pedras soltas.

Quando por fim, alcançaram o estreito areal, Henrique estendeu uma toalha no chão e mandou que a ela se sentasse em cima. Logo em seguida amarrou firmemente as mãos de Magda atrás das costas, fixando-as à argola posterior do cinturão. Também atou-lhe os braços com uma corda que tinha quase da mesma cor da areia.

Henrique sacou de uma bolsa algumas meadas de uma corda fina.

Com um primeiro trecho imobilizou os tornozelos, ocultando totalmente os grilhões de ferro. Com um segundo amarrou os pés bem perto dos calcanhares e com um terceiro atou-os de novo, mais adiante, na proximidade das falanges. Enfim bloqueou os polegares com duas tirinhas de couro claro e um minúsculo cadeado de latão.

O trabalho foi feito com tanta perícia que um eventual observador teria pensado que Magda teria calçado um par de sandálias de modelo antiquado.

Ele adorava este tipo de disfarces, completou a sua obra vendando os olhos da escrava e escondendo a venda atrás de uns enormes óculos de sol. Enfim, pôs na cabeça dela um grande chapéu de palha que resguardava grande parte do seu corpo dos raios solares.

Agora, quem olhasse para ela lateralmente de uma distância superior a dez metros, juraria tratar-se de uma banhista qualquer, vestindo um par de curtas bermudas, acessórios para se proteger do sol, um par de sandálias à moda antiga e que, talvez, estivesse com os seios descobertos, mas isso já não surpreende ninguém nos tempos que correm.


Henrique sentou-se numa toalha ao lado de Magda, pegou num frasco de protector solar, que emanava um intenso aroma de coco, e começou a aplicar o líquido no corpo da jovem, partindo do pescoço e esfregando repetidamente os peitos. Frequentemente segurava os mamilos entre o indicador e o médio, apertando-os ligeiramente até ouvir um leve gemido da escrava. Efectivamente, a presença da barrinha de platina dentro dos bicos tornava-os mais sensíveis e o prazer de Magda era, ao ser tocada naquele ponto, bem maior do que antes.

Sucessivamente foi a vez das pernas. Subindo dos tornozelos para cima, as mãos masculinas espalhavam o protector com um movimento ritmado que se tornou mais insistente na parte interna das coxas. Quando os dedos de Henrique começaram a acariciar docemente os lábios e o clítoris, a jovem estremeceu e soltou um longo e suplicante gemido.

Finalmente toda a pele de Magda tinha absorvido os óleos essenciais do protector e brilhava como bronze exposto aos raios solares.

Henrique abriu uma bolsa térmica que trouxera consigo. Pegou numa fatia fresca e fina de melão e, segurando-a com os dentes, aproximou-a à boca de Magda. Ela sentiu a frescura da fruta encostada nos seus lábios, abriu a boca e começou beliscar a fatia até se deparar com a boca do seu amante que soltou um primeiro beijo.

Uma segunda fatia significou um segundo beijo, mais demorado que o primeiro.

Para não saciar logo a sede da dela e terminar antes do tempo esse jogo delicioso, Henrique passou a oferecer bagos de uva, dos mais doces e suculentos. Obviamente, devido o tamanho reduzido dessa fruta, Magda tinha que aproximar mais ainda sua boca à do seu Senhor o qual, para dificultar a acção, segurava os bagos com os dentes e como resultado que os lábios dos amantes ficavam colados por um tempo maior.

Henrique acende um cigarro e deixa-se em silêncio a observar o mar revolto. Quando termina, procura um pequeno pote de gelado no fundo da bolsa térmica. Ele abriu um pote e, com uma colher, depositava o creme gelado na ponta de sua língua. Logo depois, Magda chupava, ao mesmo tempo, o gelado e a língua de seu dono.

A dada altura, ele começou a colocar creme gelado nos mamilos dela e depois lambia-os e sugava puxando-os para dentro da sua boca e mordendo neles delicadamente. Magda ficou toda arrepiada e quase que tinha um orgasmo.

Deixaram-se ficar por ali, durante quase duas horas. Quando um pequeno barco pneumático se aproximou da praia com três mergulhadores a bordo, Henrique retirou as cordas de Magda, beijou-a intensamente e iniciaram a subida de regresso ao carro, que ficara estacionado no cimo da falésia.

continua...

5 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Acho que vou pesquisar no Youtube se alguém terá filmado isto...

carpe vitam! disse...

ahahaha! procura, procura, mas duvido que saiba melhor do que esta descrição frutada...

Helel Ben Shahar disse...

Concordo, são mil palavras que valem mais do que uma imagem.

Este foi fluído e melífluo, doce como o melão e as uvas que se derretem na saliva de Magda. Por momentos, o perfume a coco trepou-me pelas narinas...

Ou seja, gostei. Aguardo...

carpe vitam! disse...

Sim, também gostei da salada de fruta, o que me inspirou a levar iogurte para a praia. iogurte ao pôr-do-sol, no corpo salgado do banho na lagoa... não soube nada mal.

Gostava no entanto de ver ela a descer de grilhões nos tornozelos, já que aquilo é mesmo difícil de descer com os tornozelos livres. Houve alturas em que achei que iria terminar a descida a rebolar por ali abaixo, e quando finalmente cheguei, tinha os joelhos a tremer de tanta força fazer. E quando se olha para cima e se vê a escarpa, assusta um bocado pensar que se tem de fazer o caminho de volta, mas subir, apesar de cansativo, é mais fácil. Mas que valeu a pena o esforço, lá isso valeu!

Quanto à continuação, haverá, mas em relação ao final, não tenho muito boas notícias - o autor não terminou o texto - cabe-nos a nós, fãs da história insistirmos junto dele, ou então inventarmos nós o nosso próprio final. devo confessar que (apesar de ainda não ter lido toda o restante texto) já tenho umas ideias em mente...

Anónimo disse...

intiresno muito, obrigado