domingo, 14 de fevereiro de 2016



só para re-re-re-lembrar




3 comentários:

Ser. Como. Agua disse...

Pessoalmente não gosto, por diversos motivos.

Mas, se há OUTROS, que me obrigam a fazer, ou obrigam-me a deixar de fazer,.. outras coisas e tarefas na vida geral,...de que gosto / não gosto,.. pelas mais diversas implicações que o "não cumprimento" acarreta.

Então também posso eu,.. mandar em mim, e obrigar me a sua utilização.

Alem disso, na verdade, os gostos não estão acima da segurança.

De facto grande liberdade acarreta grande responsabilidade.

JCA disse...

eu também não gosto de diversas coisas, odeio algumas e gosto de outras tantas.

no entanto, quando se fala de preservativo, não se pode falar em gostar ou não gostar, mas sim em saúde.

o uso do preservativo é imperativo, independentemente do gostar ou não!

Ser. Como. Agua disse...

Sim, concordo.
Tal como eu escrevi, o gostar ou não, nunca esta acima da segurança.

Infelizmente, sei quanto destrutivo HIV pode ser, já presenciei.
A destruição da pessoa em causa foi total; fisicamente, socialmente, a carreira, financeiramente, tudo. Não há vista mais triste, de que a de uma pessoa, da qual foi amputada seu futuro, sua alma, seu espírito. Uma pessoa psicologicamente quebrada.

Posto de parte toda a parte clínica (muito complicada), a parte psicológica sofre igualmente muito. A perspectiva do sofrimento social devido ao estigma é enorme, a família vê te com outros olhos ou afastam-se, alguns amigos deixam de o ser ou desaparecem. Há malta que pensa que só por estar no mesmo local com alguém infectado, já corre riscos. Tudo fica muito difícil; seguros de saúde, procura de trabalho, contracção de credito para carro ou habitação.

Fala-se em igualdade social para todos. Mas digo que este país de forma geral, vive mal com tudo o que é diferente (minorias). Quando Portugal de forma geral aparece nos média, proclamamos ser uma nação e um povo muito brando, social, moderno e tolerante. Depois na realidade, ser minoria é ser muito complicado.

Eu nunca corri riscos, nem hoje, nem no passado, tive sempre muito medo dessas coisas. Até cheguei a ser advertido por ser "demasiado cuidadoso". (como se alguma vez uma pessoa pudesse ser cuidadoso de mais).

O prazer temporário, por muito bom que possa ser, nunca esta acima do valor da nossa saúde. E quem assim não vê, não conhece o valor de ser saudável e de estar socialmente integrado na sociedade.

Claro que quando se esta com alguém, numa relação estável duradoura por um longo período, e se vive junto debaixo de mesmo tecto, e se faz um vida a 2, a coisa muda. Falando e combinando pode-se dispensar o uso do preservativo.

Mesmo assim há quem apanhe doenças porque o parceiro(a), saltou a cerca, teve relações desprotegidas, contraiu e transmitiu ao parceiro(a).

O problema é que as pessoas esqueçam-se, que quando nós nos deitamos com alguém, de forma desprotegida. Na realidade, nós não nos estamos a deitar com uma só pessoa.
Infecciosa-mente falando, tanto nós, como essa pessoa;
Deitamos nos com todos os parceiro(a)s que essa pessoa teve (de forma desprotegida).
E o nosso(a) parceiro(a) deita-se com todos os parceiros com quem nós tivemos (de forma desprotegida).

Em caso de não utilização numa relação, é de extrema importância ambas as partes se amam, se respeitarem e entendam que tem de ser responsáveis, pois na verdade, cada um tem a saúde e a vida do outro na palma da mão. Qualquer coisa que um dos dois contrai será transmitido ao parceiro(a).

Por isso acho que esta doença de certa forma é tão injusta. Pois pode se ser homem ou mulher sério(a), ser fiel, pensar que estamos numa relação séria, e viremos a ser apanhados de surpresa. Não é frequente, mas já tem acontecido.

Sem duvida que ter uma relação séria e estável com um parceiro(a) com 2 dedos de testa e massa cinzenta é uma bênção.

Mas a vida social é complicada.

Proveito para deixar a seguinte MÁXIMA minha.

A VIDA PODE NÃO TER PREÇO.
MAS O HIV / SIDA TEM PREÇO,...A TUA VIDA!