sábado, 8 de fevereiro de 2014

Swingin' (in the rain) parte 56

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Foi a vez do Yang fazer anos e a Yin queria que tudo fosse como ele desejava. Ofereceu-lhe um perfume e apesar de estar extremamente constipada, sem nenhum olfato quando o comprou, ele pareceu gostar.Os Duques disponibilizaram a casa e disseram que podia convidar até 12 pessoas para jantar. Ele não se fez rogado, e convidou um monte de casais, dos quais 2 aceitaram ir. Os Sem Preconceitos e, para nosso espanto, os Envergonhados. Isto porque o plano seria seguir dali para o nosso antro de perdição predileto. Para melhorar ainda mais, o Casal Especial passaria por lá depois de jantar e seguiria connosco para o clube.
A Duquesa esmerou-se na cozinha, tinha um bacalhau com broa no forno e estava a ultimar uns rolos de enchidos para a entrada. Ainda fomos a tempo de ajudar na sobremesa e no prato escolhido pelo Yang - caril de gambas. O bacalhau chegaria para todos e seria mais consensual, uma vez que a maioria não era apreciadora do caril picante, mas os Duques, entusiastas da malagueta, fizeram a vontade ao Yang. As mulheres ajudavam na cozinha, os homens entretinham-se com afazeres de pesca, quando os Envergonhados chegaram, já estava quase tudo pronto. Ela estava bem apetecível, com um vestidinho preto justo, a mostrar a perna torneada. A comida estava deliciosa, e apesar da Yin não ter olfato, apreciou as texturas. Ainda assim, conseguia sentir o picante do caril, apesar do Duque dizer que não abusou. A SP provou e sentiu-se mal, teve de ir apanhar ar para a rua até ficar melhor.Quando já estávamos nas sobremesas, chegou o Casal Especial. Ela estava lindíssima, já não a víamos há imenso tempo, soube bem conversar, matar saudades.
Após convivermos um pouco e nos aperaltarmos, seguimos rumo ao destino escolhido.

O Yang quis experimentar o novo carro dos Duques e eles deixaram-no conduzir. Seguimo-lo em caravana até ao sítio, não sem ele se enganar no caminho. Uma vez chegados, deparámo-nos com o local com muito pouca gente, o que nos fez lembrar uma certa Páscoa. Já lá estavam os Doces à nossa espera, e os Embaixadores chegariam pouco depois. Pareceram-nos bastante cansados.
No início, os casais (principalmente os membros masculinos) estavam todos sem exceção encostados à parede. A música não estava má e a Yin começou a dançar devagar, timidamente. Estávamos curiosos para saber como é que os casais iriam reagir uns aos outros, especialmente os Doces e os SP, mas foi com os Envergonhados que estes últimos encontraram mais afinidades. A Yin observava enquanto dançava sozinha. O Duque foi ter com ela e dançaram um pouco sozinhos, até ela ir buscar a Duquesa e dançarem os três. 
Passado algum tempo, chegou o homem do bolo. O Yang tinha dito que não queria bolo nem que lhe cantassem os parabéns e a Yin tentou respeitar isso, mas a verdade é que acabou com dois bolos de aniversário, um surpresa, com uma mamalhuda qualquer oferecida pelos SP e outro por ligeira insistência dos Embaixadores, com foto escolhida pela Yin, mas que não era grande surpresa para ele: uma foto do seu membro a servir de cabide a uma chibata. Será que os pasteleiros estão sempre a receber pedidos destes ou quando acontece é um fartote?
Cantámos os Parabéns, tirámos fotos e pouco depois já os Doces se despediam. Ofereceram-lhe um conjunto de acessórios para vinho e também um livro erótico para Yin, prenda de aniversário atrasada que ela mais tarde devorou em três tempos, com interessantes repercussões para o Yang.

A Musa fez um show no varão principal seguida de uma outra rapariga com um corpo muito bem proporcionado, salientado por um catsuit preto rendado que ela enrolou pela cintura, servindo de leggings. Completando a inusitada toilette, um par de sapatilhas pretas. A Yin gostou da combinação sexy sport. A Musa perguntou à Yin se podia amarrar o Yang, mas ele já lhes tinha dito que não queria nada disso. Ainda assim, conseguiram arrastá-lo para o palco e a Musa tentou fazer-lhe algumas maldades, mas ele não estava muito colaborativo. Aliás, para quem tinha uma série de gente a fazer-lhe as vontades, ele não parecia estar muito satisfeito. A Yin perguntou-lhe o que se passava, ele tinha comido imenso, estava com alguma dificuldade na digestão.
Dançámos um pouco juntos, começámos a aquecer e desaparecemos na rotunda do labirinto, mas apesar das tentativas da Yin, o Yang não estava disposto para a brincadeira.
A Musa tinha perguntado à Yin que músca é que o Yang gostava, e ela respondeu sem pensar muito "AC/DC, Thunderstruck". Quando a música começou a tocar, ela começou a pular, indo buscar energia sabe-se lá onde, e assim continuou, no seu vestidinho preto eu-nunca-me-comprometo e uns saltos razoavelmente altos. Os Embaixadores meteram-se com ela e ainda dançou um pouco no varão com a Musa. Ela andava a evitar o varão mas sabia que teria de o enfrentar, ainda para mais nem sequer estava muita gente na pista, tinham o espaço todo para elas. Depois de se esgueirar um bocado rodopiando à volta do varão, entrou na dança com a Musa. Apetecia-lhe dançar com cada uma das meninas, apetecia-lhe dançar com toda a gente. Mas estavam todos muito compostos e tímidos, com os seus pares. Era o aniversário dele e ele é que conseguiu juntar toda a gente, mas ela estava possuída, não parava quieta, nunca tinha desbundado tanto aquela pista vazia, e pulava e voava e nadava no ar como se não houvesse amanhã. Por algumas vezes o Yang aproximou-se e foi recambiado. Foi-se despedindo das pessoas que pediam desculpas por a interromper e tinha de limpar o suor da cara com o mesmo lenço como que limpara o ranho. Todos disseram ter gostado da noite. A Menina Especial deu um xoxo ao Yang. A Yin abraçou-a com força. Gostava de lhe provar os lábios, mas não ousou, não se consegue habituar a essas convenções dos xoxos.
Foi a primeira vez que os Embaixadores se foram antes de nós. A Yin fartou-se de pular e passado algum tempo, fomos para cima descansar. o SP já lhe tinha oferecido colo e ela recusou, dizendo que ainda tinha de ir pular mais um bocado, mas desta vez aceitou e esparramou-se toda em cima dele, completamente estourada. Estava toda ensopada em suor, cabelo molhado, curou assim a constipação. O pessoal estava todo com vontade de ir embora e foi o que fizemos depois de ela tomar duche e mudar de roupa.

E foi assim que passámos o primeiro aniversário do Yang sem comemorar com uma foda digna. Fizémo-lo no dia anterior e seguinte, apesar da descomunal dor de pescoço com que a Yin acordou.

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