sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Tortura de Prazer - final

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          Ele ignora a arma, pega nela ao colo e beija-a no pescoço, aperta-a com força a sorver-lhe o cheiro frutado e o calor que o deixa doido, desvia alguns objetos em cima da secretária e senta-a. O frio da superfície metálica sabe-lhe bem no rabo a ferver mas rapidamente fica quente. Ele continua a beijá-la e acaricia-lhe o corpo, detendo-se nos seios e no rabo, fazendo o caminho mais longo até chegar ao sexo. Deita-a e estimula-a, empenhando-se em cumprir a promessa que lhe fizera há pouco: pressiona-lhe o clitóris devagar, penetra-a com dois dedos, entrando e saindo a sentir-lhe a humidade quente, a pele suave a intumescer, a contrair-se e a expandir-se. Usa essa humidade para lubrificar-lhe o ânus e vai testando a resistência à sua entrada lentamente, até não sentir nenhuma. Continua a trabalhar com os outros dois dedos no interior dela, a chamá-la, a tocar-lhe naquele ponto que a leva a entrar em erupção até a lava escaldar a pele. Desta vez é ela que pede:
          - Fode-me! - ele não se faz rogado, pega noutro preservativo e penetra-a suavemente, até ela pedir com mais força. Ele acede ao pedido até ela se vir com estrondo e depois abranda um pouco, não quer vir-se já, sai de dentro dela e pede-lhe para se virar. Ela cede e ele volta a entrar por trás, a sentir o rabo bem torneado dela contra a sua pélvis, novamente até à vertigem.
          Depois de saciados os apetites de ambos, começam a pensar em conjunto como sair daquela situação absurda. Nenhum dos dois consegue racionalizar o que se está a passar, até porque a situação é completamente irracional, mas precisam urgentemente de encontrar uma solução.
          Ela quer usá-lo como escudo para sair dali. Ele sabe que vai ser arriscado, que vai ter problemas, mas decide ajudá-la. Precisa que ela o ajude também, precisa que ela partilhe informação. Depois da experiência que viveram e da cumplicidade gerada, conseguem chegar a acordo. O conflito que os separa foi também o que os uniu e isso dá-lhes outra perspetiva sobre o ridículo da situação. “Make love, not war”, a foder é que nos entendemos, eles compreendiam agora. Mas o mundo à volta quer lá saber da compreensão deles... E é essa compreensão que os faz sair daquela sala, com a perfeita consciência de que podem muito bem não voltar a ver a luz do dia. Mesmo assim, será um dia memorável.


Agradecimentos especiais a Pole Man e Girassol pela consultoria técnica ;)


Madonna, Die Another Day

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