sexta-feira, 16 de novembro de 2012

swingin' (in the rain) parte 8

continuação daqui |início

O sítio era discreto, uma vivenda adaptada. A recepção, os mesmos labirintos, mas maior, com menos cortinados que no outro bar, camas com lençois pretos. Fizemos uma visita guiada, já havia casais nos quartos, fizeram questão de nos mostrar isso, mas não era algo que estivéssemos a pensar fazer. Uma pequena pista de dança com varão, uma parte exterior agradável, com uma espécie de pseudo-piscina sem água. O casal modelo ainda não tinha chegado, mas não tardou muito até o Yang os encontrar, o que não era difícil, destacavam-se pela altura, apesar do sítio estar a abarrotar. Abancámos lá fora, apesar da temperatura estar um pouco baixa, a conversa era animada e juntou-se um grupo simpático para trocar ideias.
Às tantas o Yang trouxe a prática de nudismo para a conversa e o elemento masculino do casal modelo (Tboy) disse que não se sentiria bem numa praia dessas porque tinha receio de ficar excitado e embaraçado. A Yin disse que é raro ver isso, que de qualquer das formas é uma coisa natural e deve ser encarada como tal, que ela própria já sentiu uns calores e nada como o mar para acalmar. Mas na praia que costumamos frequentar o que há mais são homens. Giros e gay, mas homens. Ele sussurra-lhe que é bi e ela quase se engasga com a bebida. Não é que não soubesse disso, simplesmente é tão invulgar que se esqueceu completamente. E perdeu assim uma bela oportunidade de ficar calada.
Fomos circulando, entrando e saindo, a música da pista não era má de todo, ficámos um pouco com o casal modelo, às tantas o Tboy rouba o top ao seu par (Tgirl), revelando as suas magníficas mamas. O Yang entusiasma-se e começa a beijar a Yin, encosta-a contra a parede, baixa-lhe o top revelando uma mama cujo mamilo rapidamente desaparece dentro da boca dele. Ela é apanhada de surpresa, sabe-lhe bem, mas sente-se demasiado quente, exposta, e trava o apetite dele para ir apanhar ar lá fora. Por esta altura, o tabaco pesava no ar, ardia nos olhos e tornava-se difícil respirar, ainda mais para quem não fuma. Lá fora encontrámos o casalinho com quem tínhamos estado. A F sentada, de perna traçada, mostrava a tentadora renda da meia de liga. Estavam mais outros dois casais, um deles mais velhos e desinibidos, com quem já tínhamos trocado umas ideias no site. O outro, claramente à caça. Trocámos algumas ideias sobre o que se tinha passado entre nós e  pouco depois, desapareceram com o casalinho de curiosos com quem tínhamos estado.
Ficámos ainda um pouco mais cá fora, estava frio, mas sabia bem o ar respirável. Entretanto chegou o casal modelo e trocámos algumas confidências. A Tgirl não parecia muito à vontade com isso, estava desconfortável porque tinha frio e o seu par é um desbocado. Mas nós achamos-lhe piada, gostamos muito de trocar ideias com eles. Encontrámos umas mantas e por ali ficámos um bocado, até voltarmos novamente para dentro. No bar, falávamos sobre a transsexualidade da Tgril e o Tboy comentou connosco se acreditávamos que era possível existir um membro masculino naquelas calças tão justas. Eram realmente calças coladas ao corpo, que lhe ficavam a matar. E de repente, pede à Yin para lhe tocar, ao que o seu par protesta, com algum embaraço. A Yin tem curiosidade, mas é incapaz de avançar sem a autorização dela, que após alguma relutância, a dá. E deixa ficar lá a mão durante um bocado, a sentir-lhe o sexo arrumadinho.
Pouco depois, encontrámos os dois casalinhos esbaforidos, com ar de quem tinha ido experimentar os colchões. Reconhecemos o outro casal do site, ficámos a saber que profissionalmente trabalham na mesma área do Yang, mas creio que é só mesmo isso que temos em comum. Eles são predarores experientes, autênticas aves de rapina. Ao pé deles somos apenas... gaivotas juvenis.
A noite já estava no fim, quase a dizer olá ao dia e era hora de irmos. Demos boleia ao casal modelo que nos ofereceu o pequeno almoço (de salientar a broa acabadinha de fazer que a Yin saboreou com imenso deleite) e assistimos com eles ao nascer do dia, antes de seguirmos para casa. 

continua aqui

3 comentários:

Anónimo disse...

http://www.amazon.com/Fantasias-Er%C3%B3ticas-Segredos-mulheres-portuguesas/dp/989626063X

http://lifestyle.publico.pt/artigos/313101_fantasias-nao-sao-taras-nem-manias

Uma Kinsey portuguesa :)

carpe vitam! disse...

Conheço, mas sem querer retirar mérito à Isabel, o Kinsey foi um pioneiro muito mais abrangente e ousado.

Alien David Sousa disse...

Isto promete...