domingo, 4 de novembro de 2012

swingin' (in the rain) parte 6

continuação daqui | início

Yin colocou o strap on e perguntou quem queria levar com ele, mas ninguém quis. Não é a primeira vez que isto lhe acontece, mas não desiste. Deixou-se ficar com ele, a gozar aquela sensação de “eu tenho um pau espetado e está-me a dar um gozo do caraças andar por aqui a exibi-lo”. Se tivesse um a sério, não dormiria durante uns dias. A madrugada já ia adiantada, no dia seguinte teríamos de levantar cedo para a caminhada, mas o desejo continuava a provocar-nos. Apesar do cansaço, a pica continuava. Voltámos aos pares iniciais para terminar em beleza. Nós os dois no chão, numa bela canzana, eles os dois em cima um do outro no sofá cama. Mesmo assim, sem trocas, é extremamente excitante partilhar a intimidade. A Yin estava na casa de banho quando o M se veio e arrepiou-se de gozo com a sinfonia de gemidos. Os dela melódicos a contrastar com os dele, tipo vocalista de banda de heavy metal.

A Yin transpirava por todos os poros e decidiu ir tomar banho, convidando a F para se juntar a ela, que não se fez rogada. Os olhos dela brilharam quando a Yin lhe falou em imersão. Acendeu as velas, pôs a água a correr na banheira, juntou o gel para fazer a espuma, num ritual que tanto aprecia. É raro tomar banho de imersão, mas quando toma, gosta de fazê-lo a preceito, com tempo. Começaram a lavar-se uma à outra, a percorrer os corpos numa conversa calma sobre o que se passou, sobre experiências passadas. Estiveram na banheira até as pontas dos dedos engelharem. A Yin apreciou bastante esta cumplicidade.

Cansados mas satisfeitos, fomos finalmente descançar. No dia seguinte lá fomos e foi extremamente agradável, paisagens belíssimas que já conhecíamos por outros caminhos, mas agora de outro ângulo, outros caminhos, contacto direto com a Natureza, grupo porreiro, muito bom mesmo. Fizemos alguns planos de novos encontros, e apesar de cansados, aguentámos a pedalada. Fizemos ainda uma pequena visita pela zona antes de termos de voltar porque a Yin tinha de ir trabalhar. Eles também tinham de ir à sua vida, pelo que não se demoraram muito mais com o Yang em casa.
Para quem se conhecia tão pouco, a coisa não correu nada mal, ficámos com vontade de repetir, de conhecer melhor este curioso casalinho. 



continua aqui

3 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Acho interessante a experiência, mas confesso que não me vejo a fazer algo do género. Já sei, sou um velho tradicional...

carpe vitam! disse...

Tanto quanto pude apurar, não se trata de algo novo, o swing teve outros nomes e outros contornos ao longo da história, mas creio que se pode dizer que criou alguma tradição. Por isso, se não te vês a fazer algo do género não creio que seja por seres t"velho" ou "tradicional".

Rafeiro Perfumado disse...

És uma querida... ;)