Aborrecem-me os bares, os cafés, os chats, a conversa da treta, todos os pontos de engate banal. Já chega. Esgotei a minha paciência. Estarei a tornar-me anti-social?
Quero um homem que não se excite facilmente. Que me dê imensa luta. Quero conquistá-lo devagar e definitivamente. Será assim tão difícil? Não é qualquer um que me tira do sério, porque é que hei-de querer um que seja fácil?
E não vou procurá-lo, não vou atrás dele. Ele que me cative primeiro, sem se dar conta, depois logo verei se valerá a pena o esforço.
Porque não estou a ficar mais novo e quero assentar. Escolher um homem com quem ficar e dedicar-me a conquistá-lo todos os dias. Poder confiar nele, poder partilhar a minha vida. Quero um homem para amar.
...
Conheci-o no mestrado. Muito sóbrio e discreto, muito compenetrado. Eu costumava gostar deles mais vivaços, mas aquele era diferente e talvez por isso me intrigasse. Ia sempre acompanhado de uma bela mulher (amiga, colega, amante?) que ciúmes que ela me fazia, poder estar com ele assim tão perto... mais tarde percebi que era apenas uma colega bastante amiga, uma aliada na minha conquista.
O curso foi-se desenrolando, o meu interesse inicial foi-se transformando em admiração, em tesão. Gostava das intervenções dele, sempre muito pertinentes, com imensa paixão. Derretia-me completamente.
Eu, que costumo perceber logo se um homem demonstra algum interesse por mim, não estava a conseguir entender o que se passava com ele. Por um lado, olhava-me de uma forma intensa, não o via fazer isso com toda a gente, mas também fazia o mesmo com a amiga, o que me confundia.
Estava a ser difícil chegar a ele, nós não tínhamos tempo nenhum entre as sessões, era sempre tudo a correr. Até que chegou a oportunidade de fazer um trabalho de grupo e ele e a amiga convidaram-me para o fazer com eles. Bingo! Iria ter uma oportunidade para estar mais tempo com ele, e conhecê-lo melhor.
O primeiro trabalho de grupo correu lindamente, era fácil trabalhar com ele e a amiga também era bastante dinâmica e competente, fazíamos uma boa equipa. Como em equipa que ganha não se mexe, continuámos a fazer os trabalhos de grupo juntos. O meu encanto por ele aumentava, mal podia esperar pelo final da semana para poder estar ao pé dele. Tentava controlar o meu ímpeto, ele estava a revelar-se difícil, não entendia se o meu instinto estava certo quando me dizia para avançar, ele não parava de me enviar mensagens dúbias com o corpo, um pára e arranca difícil de interpretar.
Às vezes não era nada fácil. E isso dava-me um tesão enorme!
Depois de definirmos o tema de um trabalho, lembrei-me de um documentário que estava a passar no cinema que tinha tudo a ver e combinámos ir vê-lo. Já sabia que ele era recém-divorciado e tinha uma menina, nessa altura fiquei finalmente a saber que era completamente descomprometido! Como rejubilei! Mal podia esperar pela ida ao cinema…
Para tornar as coisas ainda mais interessantes, a nossa amiga ligou à última da hora a dizer que tinha surgido um imprevisto e tinha de ir trabalhar. Pensei imediatamente que ela estava a ajudar-me. Adoro a solidariedade feminina! Ele ainda tentou combinar para outra altura quando já estávamos à porta do cinema, mas ela insistiu para que fossemos os dois, que depois apanharia outra sessão.
Notei-lhe o nervosismo de estar só comigo, de se ir sentar ao meu lado e interpretei isso como um bom sinal. Sabia que tinha de ir devagar.
O filme começou, não estava muita gente no cinema, e a excitação de estar com ele no escurinho, lado a lado, a tocar-lhe no braço, a ter de lhe falar baixinho ao ouvido… ele estava a saborear um rebuçado e o aroma do morango soltava-se de cada vez que ele abria a boca. Estava a pedir para ser beijado. Eu já não via nada do filme, estava concentrado no perfil compenetrado dele, fixado no ecrã, que belo perfil que ele tinha, mas estava tenso. Na verdade, estava a dar-me muito mais luta do que eu alguma vez poderia imaginar. Nunca nenhum homem me tinha dado tanto trabalho a interpretar.
Até que voltou a cabeça para mim e notou que eu já estava a olhar para ele. O meu coração disparou. Tive a exacta noção de que aquele era o momento decisivo e não podia vacilar. Sabia que tinha de deixar espaço para ser ele a fazer o gesto seguinte. Ele olhou-me por uns segundos, senti-lhe a respiração acelerar, senti-lhe o desejo contido e a mão dele cravada na minha coxa com uma força incrível. Encostou a testa à minha, fechou os olhos e foi deslizando a mão até encontrar o meu sexo duro, ansioso por se libertar.
Sorri, beijei-lhe a cara, beijei-lhe os lábios, entrei na boca dele a saber a morango, com um travo disfarçado de tabaco, tentei conter o meu entusiasmo, a minha alegria, o meu tesão. Apetecia-me gritar, rir às gargalhadas, tínhamos de sair dali imediatamente…
Quero um homem que não se excite facilmente. Que me dê imensa luta. Quero conquistá-lo devagar e definitivamente. Será assim tão difícil? Não é qualquer um que me tira do sério, porque é que hei-de querer um que seja fácil?
E não vou procurá-lo, não vou atrás dele. Ele que me cative primeiro, sem se dar conta, depois logo verei se valerá a pena o esforço.
Porque não estou a ficar mais novo e quero assentar. Escolher um homem com quem ficar e dedicar-me a conquistá-lo todos os dias. Poder confiar nele, poder partilhar a minha vida. Quero um homem para amar.
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Conheci-o no mestrado. Muito sóbrio e discreto, muito compenetrado. Eu costumava gostar deles mais vivaços, mas aquele era diferente e talvez por isso me intrigasse. Ia sempre acompanhado de uma bela mulher (amiga, colega, amante?) que ciúmes que ela me fazia, poder estar com ele assim tão perto... mais tarde percebi que era apenas uma colega bastante amiga, uma aliada na minha conquista.
O curso foi-se desenrolando, o meu interesse inicial foi-se transformando em admiração, em tesão. Gostava das intervenções dele, sempre muito pertinentes, com imensa paixão. Derretia-me completamente.
Eu, que costumo perceber logo se um homem demonstra algum interesse por mim, não estava a conseguir entender o que se passava com ele. Por um lado, olhava-me de uma forma intensa, não o via fazer isso com toda a gente, mas também fazia o mesmo com a amiga, o que me confundia.
Estava a ser difícil chegar a ele, nós não tínhamos tempo nenhum entre as sessões, era sempre tudo a correr. Até que chegou a oportunidade de fazer um trabalho de grupo e ele e a amiga convidaram-me para o fazer com eles. Bingo! Iria ter uma oportunidade para estar mais tempo com ele, e conhecê-lo melhor.
O primeiro trabalho de grupo correu lindamente, era fácil trabalhar com ele e a amiga também era bastante dinâmica e competente, fazíamos uma boa equipa. Como em equipa que ganha não se mexe, continuámos a fazer os trabalhos de grupo juntos. O meu encanto por ele aumentava, mal podia esperar pelo final da semana para poder estar ao pé dele. Tentava controlar o meu ímpeto, ele estava a revelar-se difícil, não entendia se o meu instinto estava certo quando me dizia para avançar, ele não parava de me enviar mensagens dúbias com o corpo, um pára e arranca difícil de interpretar.
Às vezes não era nada fácil. E isso dava-me um tesão enorme!
Depois de definirmos o tema de um trabalho, lembrei-me de um documentário que estava a passar no cinema que tinha tudo a ver e combinámos ir vê-lo. Já sabia que ele era recém-divorciado e tinha uma menina, nessa altura fiquei finalmente a saber que era completamente descomprometido! Como rejubilei! Mal podia esperar pela ida ao cinema…
Para tornar as coisas ainda mais interessantes, a nossa amiga ligou à última da hora a dizer que tinha surgido um imprevisto e tinha de ir trabalhar. Pensei imediatamente que ela estava a ajudar-me. Adoro a solidariedade feminina! Ele ainda tentou combinar para outra altura quando já estávamos à porta do cinema, mas ela insistiu para que fossemos os dois, que depois apanharia outra sessão.
Notei-lhe o nervosismo de estar só comigo, de se ir sentar ao meu lado e interpretei isso como um bom sinal. Sabia que tinha de ir devagar.
O filme começou, não estava muita gente no cinema, e a excitação de estar com ele no escurinho, lado a lado, a tocar-lhe no braço, a ter de lhe falar baixinho ao ouvido… ele estava a saborear um rebuçado e o aroma do morango soltava-se de cada vez que ele abria a boca. Estava a pedir para ser beijado. Eu já não via nada do filme, estava concentrado no perfil compenetrado dele, fixado no ecrã, que belo perfil que ele tinha, mas estava tenso. Na verdade, estava a dar-me muito mais luta do que eu alguma vez poderia imaginar. Nunca nenhum homem me tinha dado tanto trabalho a interpretar.
Até que voltou a cabeça para mim e notou que eu já estava a olhar para ele. O meu coração disparou. Tive a exacta noção de que aquele era o momento decisivo e não podia vacilar. Sabia que tinha de deixar espaço para ser ele a fazer o gesto seguinte. Ele olhou-me por uns segundos, senti-lhe a respiração acelerar, senti-lhe o desejo contido e a mão dele cravada na minha coxa com uma força incrível. Encostou a testa à minha, fechou os olhos e foi deslizando a mão até encontrar o meu sexo duro, ansioso por se libertar.
Sorri, beijei-lhe a cara, beijei-lhe os lábios, entrei na boca dele a saber a morango, com um travo disfarçado de tabaco, tentei conter o meu entusiasmo, a minha alegria, o meu tesão. Apetecia-me gritar, rir às gargalhadas, tínhamos de sair dali imediatamente…
continuação aqui