Mas, se há OUTROS, que me obrigam a fazer, ou obrigam-me a deixar de fazer,.. outras coisas e tarefas na vida geral,...de que gosto / não gosto,.. pelas mais diversas implicações que o "não cumprimento" acarreta.
Então também posso eu,.. mandar em mim, e obrigar me a sua utilização.
Alem disso, na verdade, os gostos não estão acima da segurança.
De facto grande liberdade acarreta grande responsabilidade.
Sim, concordo. Tal como eu escrevi, o gostar ou não, nunca esta acima da segurança.
Infelizmente, sei quanto destrutivo HIV pode ser, já presenciei. A destruição da pessoa em causa foi total; fisicamente, socialmente, a carreira, financeiramente, tudo. Não há vista mais triste, de que a de uma pessoa, da qual foi amputada seu futuro, sua alma, seu espírito. Uma pessoa psicologicamente quebrada.
Posto de parte toda a parte clínica (muito complicada), a parte psicológica sofre igualmente muito. A perspectiva do sofrimento social devido ao estigma é enorme, a família vê te com outros olhos ou afastam-se, alguns amigos deixam de o ser ou desaparecem. Há malta que pensa que só por estar no mesmo local com alguém infectado, já corre riscos. Tudo fica muito difícil; seguros de saúde, procura de trabalho, contracção de credito para carro ou habitação.
Fala-se em igualdade social para todos. Mas digo que este país de forma geral, vive mal com tudo o que é diferente (minorias). Quando Portugal de forma geral aparece nos média, proclamamos ser uma nação e um povo muito brando, social, moderno e tolerante. Depois na realidade, ser minoria é ser muito complicado.
Eu nunca corri riscos, nem hoje, nem no passado, tive sempre muito medo dessas coisas. Até cheguei a ser advertido por ser "demasiado cuidadoso". (como se alguma vez uma pessoa pudesse ser cuidadoso de mais).
O prazer temporário, por muito bom que possa ser, nunca esta acima do valor da nossa saúde. E quem assim não vê, não conhece o valor de ser saudável e de estar socialmente integrado na sociedade.
Claro que quando se esta com alguém, numa relação estável duradoura por um longo período, e se vive junto debaixo de mesmo tecto, e se faz um vida a 2, a coisa muda. Falando e combinando pode-se dispensar o uso do preservativo.
Mesmo assim há quem apanhe doenças porque o parceiro(a), saltou a cerca, teve relações desprotegidas, contraiu e transmitiu ao parceiro(a).
O problema é que as pessoas esqueçam-se, que quando nós nos deitamos com alguém, de forma desprotegida. Na realidade, nós não nos estamos a deitar com uma só pessoa. Infecciosa-mente falando, tanto nós, como essa pessoa; Deitamos nos com todos os parceiro(a)s que essa pessoa teve (de forma desprotegida). E o nosso(a) parceiro(a) deita-se com todos os parceiros com quem nós tivemos (de forma desprotegida).
Em caso de não utilização numa relação, é de extrema importância ambas as partes se amam, se respeitarem e entendam que tem de ser responsáveis, pois na verdade, cada um tem a saúde e a vida do outro na palma da mão. Qualquer coisa que um dos dois contrai será transmitido ao parceiro(a).
Por isso acho que esta doença de certa forma é tão injusta. Pois pode se ser homem ou mulher sério(a), ser fiel, pensar que estamos numa relação séria, e viremos a ser apanhados de surpresa. Não é frequente, mas já tem acontecido.
Sem duvida que ter uma relação séria e estável com um parceiro(a) com 2 dedos de testa e massa cinzenta é uma bênção.
Mas a vida social é complicada.
Proveito para deixar a seguinte MÁXIMA minha.
A VIDA PODE NÃO TER PREÇO. MAS O HIV / SIDA TEM PREÇO,...A TUA VIDA!
3 comentários:
Pessoalmente não gosto, por diversos motivos.
Mas, se há OUTROS, que me obrigam a fazer, ou obrigam-me a deixar de fazer,.. outras coisas e tarefas na vida geral,...de que gosto / não gosto,.. pelas mais diversas implicações que o "não cumprimento" acarreta.
Então também posso eu,.. mandar em mim, e obrigar me a sua utilização.
Alem disso, na verdade, os gostos não estão acima da segurança.
De facto grande liberdade acarreta grande responsabilidade.
eu também não gosto de diversas coisas, odeio algumas e gosto de outras tantas.
no entanto, quando se fala de preservativo, não se pode falar em gostar ou não gostar, mas sim em saúde.
o uso do preservativo é imperativo, independentemente do gostar ou não!
Sim, concordo.
Tal como eu escrevi, o gostar ou não, nunca esta acima da segurança.
Infelizmente, sei quanto destrutivo HIV pode ser, já presenciei.
A destruição da pessoa em causa foi total; fisicamente, socialmente, a carreira, financeiramente, tudo. Não há vista mais triste, de que a de uma pessoa, da qual foi amputada seu futuro, sua alma, seu espírito. Uma pessoa psicologicamente quebrada.
Posto de parte toda a parte clínica (muito complicada), a parte psicológica sofre igualmente muito. A perspectiva do sofrimento social devido ao estigma é enorme, a família vê te com outros olhos ou afastam-se, alguns amigos deixam de o ser ou desaparecem. Há malta que pensa que só por estar no mesmo local com alguém infectado, já corre riscos. Tudo fica muito difícil; seguros de saúde, procura de trabalho, contracção de credito para carro ou habitação.
Fala-se em igualdade social para todos. Mas digo que este país de forma geral, vive mal com tudo o que é diferente (minorias). Quando Portugal de forma geral aparece nos média, proclamamos ser uma nação e um povo muito brando, social, moderno e tolerante. Depois na realidade, ser minoria é ser muito complicado.
Eu nunca corri riscos, nem hoje, nem no passado, tive sempre muito medo dessas coisas. Até cheguei a ser advertido por ser "demasiado cuidadoso". (como se alguma vez uma pessoa pudesse ser cuidadoso de mais).
O prazer temporário, por muito bom que possa ser, nunca esta acima do valor da nossa saúde. E quem assim não vê, não conhece o valor de ser saudável e de estar socialmente integrado na sociedade.
Claro que quando se esta com alguém, numa relação estável duradoura por um longo período, e se vive junto debaixo de mesmo tecto, e se faz um vida a 2, a coisa muda. Falando e combinando pode-se dispensar o uso do preservativo.
Mesmo assim há quem apanhe doenças porque o parceiro(a), saltou a cerca, teve relações desprotegidas, contraiu e transmitiu ao parceiro(a).
O problema é que as pessoas esqueçam-se, que quando nós nos deitamos com alguém, de forma desprotegida. Na realidade, nós não nos estamos a deitar com uma só pessoa.
Infecciosa-mente falando, tanto nós, como essa pessoa;
Deitamos nos com todos os parceiro(a)s que essa pessoa teve (de forma desprotegida).
E o nosso(a) parceiro(a) deita-se com todos os parceiros com quem nós tivemos (de forma desprotegida).
Em caso de não utilização numa relação, é de extrema importância ambas as partes se amam, se respeitarem e entendam que tem de ser responsáveis, pois na verdade, cada um tem a saúde e a vida do outro na palma da mão. Qualquer coisa que um dos dois contrai será transmitido ao parceiro(a).
Por isso acho que esta doença de certa forma é tão injusta. Pois pode se ser homem ou mulher sério(a), ser fiel, pensar que estamos numa relação séria, e viremos a ser apanhados de surpresa. Não é frequente, mas já tem acontecido.
Sem duvida que ter uma relação séria e estável com um parceiro(a) com 2 dedos de testa e massa cinzenta é uma bênção.
Mas a vida social é complicada.
Proveito para deixar a seguinte MÁXIMA minha.
A VIDA PODE NÃO TER PREÇO.
MAS O HIV / SIDA TEM PREÇO,...A TUA VIDA!
Enviar um comentário