sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Olhar... (3)
domingo, 24 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
eucalipto
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
provocação gratuita 4
Kierkegaard, O Banquete (Discurso de Vitor Eremita)
Gracias Bloguemate :-)
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
é preciso ter calma!
Amor, essa palavra que me mata
Não dar o corpo pela alma
Não dar o corpo pela alma
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Biologia vs Razão
Por que razão é que uma pessoa intelectualmente excitante, pode perfeitamente não interessar sexualmente?
Não há razão, não pode haver. A não ser o raio da Biologia. Mas isso será Razão?
Folheio uma revista e o meu olhar fica preso a uma impressão de alguém com uns olhos magnéticos. Fico ali a olhar para aqueles olhos durante uns segundos, a percorrer com os meus o corpo que os transporta, antes de reparar na parvoíce que isso é.
É uma coisa que me intriga, deveras. Que raio de selecção é esta que eu faço? Que tipo de pessoas me interessam como parceiros sexuais? Têm de ter o que eu acho que é "compatibilidade física". Têm de ter o que eu acho que é "compatibilidade intelectual". Não será isto exigência a mais? Mas que parvoíce de selectividade é esta, alguém me explica?!
O sexo atrapalha a vida…
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Olhar... (2)
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
provocação gratuita 2
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
360º
Era um carro velho que já tinha passado por vários donos. Pequeno, leve, de pneus estreitos, cor-de-burro-quando-foge. Apesar de ter carta há alguns anos, só há pouco tempo tinha o seu burrito, como gostava de lhe chamar. E gosta da liberdade que ele lhe dá, de poder chegar a qualquer lugar, a qualquer hora autonomamente.
E lá vai ela, a visita tem de ser rápida, tem de ir à escola, tem de aproveitar bem cada segundo com ele. A estrada está lisinha, foi arranjada e alargada, há zonas em que tem 3 faixas, em melhor estado que a auto-estrada. É um caminho agradável entre eucaliptos e pequenas povoações.
Ela sabe de cor as curvas, os melhores sítios de ultrapassagem, vai em piloto automático enquanto pensa nele e nas aulas.
Começa a abordar a curva de 90º a 80 km /h, com a confiança de sempre, da forma como sempre faz. Retira o pé do acelerador devagar, dá-lhe um cheirinho de travão, um pouco mais… o carro está a fugir-lhe, ela trava mas o sacana do burro é teimoso, foge com a traseira para o meio da estrada.
A adrenalina dispara, sente o sangue a subir naqueles décimos de segundo enquanto tenta perceber o que se está a passar, mas sabe que não é coisa boa. O carro quer virar-se, mas ela lembra-se de uma reportagem sobre condução defensiva e toca a virar o volante no sentido contrário à curva, a tentar endireitar o carro. Roda, roda, roda, roda, o volante gira uma série de vezes, o carro desliza. "Merda, merda, MERDA!" Ela já está a pensar que se vai espetar contra os rails, "e que é que eu vou dizer lá em casa?". Naqueles breves segundos de perda de controlo, começa a pensar no metal esmagado "e como é que eu vou para a escola sem carro?" Mas eis que consegue endireitar o volante e recuperar algum controlo.
O carro parou finalmente, no mesmo sentido em que seguia, mas em contra-mão, paralelo aos rails do outro lado da estrada, a meio metro de lhes tocar. Ela respira fundo. Está a tremer por todos os lados, deixou o carro ir abaixo. Liga os 4 piscas, vem um carro na sua direcção, ela consegue pô-lo a funcionar e arrancar para a sua mão.
Os km que a separam dele são poucos, mas demoram o dobro do tempo a metade da velocidade normal. Quando chega, abraça-o com força, ainda a tremer. "Não vais acreditar no que me aconteceu!" Aquele abraço acolhedor retempera forças e confiança. Acalma, reconforta, alimenta. É suave, quente, é exactamente o que precisava para seguir viagem.
Ela começa lentamente a ter noção do sucedido. Começa a perceber que teve imensa sorte. "E se viessem carros no sentido contrário?" Durante os próximos tempos que passar por aquela curva, vai redobrar a atenção, depois a pouco e pouco, começa a agir como dantes, como se nada tivesse acontecido. Atribui o despiste ao acaso, à água e óleo misturados no pavimento, a uma situação impossível de controlar. Dali a uns tempos, já conseguirá fazer piadas com o assunto. Mas ela não esquecerá nunca a tremenda sorte que tem no meio do azar. Aquele abraço.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Olhar... (1)
Olhar quente, provocante… quase que promíscuo… foi isso que pensei de ti a primeira vez que te vi.
Depois, não sei bem como conhecemo-nos, tínhamos amigos em comum, pois foi, vários até.
Mas o teu olhar, cada vez que os meus olhos cruzavam com os teus, tinhas sempre aquele olhar… quente, deliciosamente quente, provocavas com o teu olhar, sentia-se isso, onde passavas, a tua presença fazia sentir-se.
A tua presença irritava-me, conseguias rapidamente ser o centro das atenções, não que fosses desinteressante, mas o teu olhar… perco-me no teu olhar…
Quando queres tens um olhar doce, meigo, o teu olhar arrepia-me!
Com o tempo fui-me habituando ao teu olhar, olhavas-me de forma lasciva, talvez por não te ligar muito (ok, confesso, fingia ignorar-te), o teu olhar fustigava-me de desejo, apetecia-me agarrar em ti e beijar-te!
Mas o que pensarias de mim, se fizesse tal coisa, mal nos conhecemos, mal nos falamos, é certo que frequentamos os mesmos sítios, olhas diversas vezes para mim, sempre com o mesmo olhar, quente, provocante…
Acendes-me o desejo, o meu corpo fica a arder em desejo, bem que queria tocar-te, beijar-te… mas não posso…
É certo que a concorrência é muita, tens sempre gente de volta de ti, há sempre alguém que se interessa… mas é certo que nunca te vi com ninguém.
Ao fim de, já não sei quantos tempo, em que trocamos olhares, em que o teu olhar alucina o meu desejo, falamos pela primeira vez, a tua voz é como o teu olhar, quente, provocante, emana desejo… porra! Desejo-te!
E lá fizemos a conversa de ocasião, olá, olá, tudo bem, tudo bem, prazer em conhecer, igualmente, o meu nome é… e o meu é… até o teu nome me acendia o desejo, ao pé de ti, não entendo porquê, mas o meu corpo termia, incendiava-se, excitava-se, o meu corpo explodia de desejo… mas não, tenho de me controlar, onde fica a casa de banho… vamos lá ver se ela não está a abarrotar de gente!
Ufff, que sorte tinha uma sanita para mim, sentei-me, toquei-me, senti finalmente um alivio, satisfiz-me mesmo ali, que sitio tão estranho para me masturbar, mas tinha de o fazer, precisava de me acalmar, na minha cabeça só via o teu corpo, o teu olhar, o teu olhar lascivo e provocante…
Que bem que sabe tocar-me… que pena não seres tu a tocares-me, porque sim, não vou logo à primeira vez com alguém para a cama, e para mais não tenho preservativos, não sei por onde andas… e concorrência não falta…!!!
Volto para o grupo, o meu corpo está mais calmo, a minha excitação física está aliviada… à falta de melhor termo.
Sento-me, num pequeno sofá que por ali estava, tu viste ter comigo, que também te querias sentar e que aquela confusão já aborrecia… e eu na minha normal bondade convidei-te a sentar, ou melhor a partilhar o sofá, o que vale é que ele era espaçoso ou então tinha de ser mesmo um em cima do outro… não é que a ideia não me agradasse…. Mas não seria o sítio indicado, nem que fosse porque a roupa que trazíamos não era a mais indicada para esse tipo de loucuras… não que sexo num lugar público não fosse… desafiante… nunca o fiz, e o meu corpo deseja o teu…
Mas pronto acabamos por ficar ali naquele canto à conversa, ficaste a saber o que eu faço, fiquei a saber o que fazes, idade, o teu cheiro… ficou-me no nariz o teu cheiro, tinhas um perfume suave, era agradável, e os teus olhos, finalmente pude olhar de perto para o teu olhar e analisa-lo, os teus olhos brilhavam, tinhas uma expressão doce, como sempre tens, mas via-se que sabias o que querias e como querias, desde que te comecei a observar ia analisando os teus pequenos comportamentos e garantidamente sabias o que querias!!!
Mas perco-me no teu olhar, simples, doce, meigo, penetrante, olhos verdes, olhos verdes estranhos, mudam de tonalidade… disseste-me que não distinguias algumas tonalidades de verdes…
Tem graça, olhos verdes… e não distingues os verdes!!!
Trocamos de telefones, e disseste que te ias embora, querias ir descansar, e eu… olha! Também vou! Isto também já deu o que tinha a dar, está na hora de ir para casa, acabamos por sair os dois.
Acompanhaste-me ao carro, despedimo-nos… bem que te queria beijar os teus lábios… são deliciosos, carnudos…
Mas foste tu que me beijaste… foi um momento sem palavras que possa descrever… foi suave, quente, ligeiramente húmido, os nosso lábios deslizaram um contra o outro, foi um momento único…
Despedimo-nos, e tu disseste-me, amanhã telefono-te!
Foi o meu momento de loucura total, embora exteriormente controlei-me, sorri, disse até amanhã, meti-me no carro e corri para casa.
Cheguei a casa, tomei um belo banho nocturno, não resisti e voltei a tocar-me, o meu corpo pedia-me, precisava de satisfazer o meu corpo, a minha excitação era mais que muita, que bem que sabe estar na banheira, com aquela água quente a cobrir o meu corpo, e eu com as minhas mãos a tocar-me… sabe bem….
(…) continuação aqui