sábado, 20 de julho de 2019
"Não existem pessoas heterossexuais"
"Quando muito, maioritariamente heterossexuais, segundo um estudo que garante que preto e branco é coisa que não se aplica à sexualidade humana. Isso e que somos todos mais fogosos na cama do que alguma vez pensámos."
Ana Pago in DN Life 13/07/2018 | Fotos Shutterstock
artigo completo aqui sugerido por Ser.Como.Água
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
swingin' (in the rain) 3.2.2 Girassol, primeiro encontro
continuação daqui | início
Estava um típico dia de inverno, frio e chuvoso. A Yin decidiu ignorar isso e esmerou-se na roupa, decidindo-se por uma saia por cima do joelho e umas botas de cano alto. O Yang estava com as suas calças de ganga de sempre. Por sugestão deles, iríamos ver uma exposição de um artista de referência, com um trabalho muito rico na área da gravura e geometria. Marcámos encontro numa cafetaria perto do museu, fomos os primeiros a chegar. Deu tempo para beber alguma coisa quente e fazer crescer as expetativas. Depois de tanto falarmos, parece que já conhecemos as pessoas, mas nem sempre é assim, por vezes há surpresas. Chegámos a pensar que nos podiam deixar pendurados, mas entretanto avisaram que chegariam atrasados. Algum tempo depois, lá apareceram. E foi empatia imediata, tal como quando trocámos mensagens. A Gira era uma mulheraça, bem mais alta e nutrida que a Yin, mas ela não se sentiu intimidada, sentiu-se mais atraída e desafiada, a tentar perceber se ela lhe acharia piada. O Yang também a achou interessante, principalmente o seu generoso peito. O Sol era bastante mais discreto que ela, com um certo ar de cromo com os seus óculos de sol de aviador em dia de chuva. Tinha algumas afinidades profissionais com a Yin que ela queria esclarecer, pois até este ponto ainda não sabíamos muito bem o que cada um fazia, se bem que o Yang já tinha andado a investigar e descobriu o passado profissional dela através de um currículo e um blog.
Seguimos para a exposição. Estava frio lá dentro, fomos andando com calma, a avaliar o grau de fodabilidade de cada um, enquanto percorriamos a exposição. Algumas partes interativas estavam bem conseguidas, mas o tipo de obra do autor teria permitido mais interatividade, houvesse para isso vontade.Uma parte importante da obra nem sequer estava referenciada no espólio apresentado, o que, segundo a Yin que tinha um livro todo dedicado a esse assunto, era lamentável. Nem sequer na loja de merchandising... O frio foi penetrando cada vez mais, e não sabíamos ainda qual seria a vontade da Gira. O Sol era mais aberto, e deixava perceber que por ele, a coisa poderia aquecer.
Decidimos ir almoçar. Já era um pouco tarde para tal, e não conhecíamos nenhum restaurante ali perto, por isso começámos à procura, um pouco à deriva. O Sol foi procurando referências no seu telemóvel, enquanto a conversa continuava a fluir. Depois de andarmos um pouco a pé na direção errada, fomos parar a um pequeno restaurante familiar e não comemos nada mal, a fome já era alguma. A sala era pequena e estava cheia, fomos aquecendo à medida que enchemos a barriga. As nossas conversas também foram ficando mais quentes. A Gira gargalhava bem alto, uma gargalhada orgásmica que divertia a Yin e também a deixava um pouco embaraçada e corada. Definitivamente a coisa Sol tinha razão, a forma de expressão primordial dela é oral, se bem que naquela altura estávamos longe de conhecer todos os seus dotes... Até sairmos do restaurante, ainda não havia certezas da nossa parte se a vontade dela seria a mesma que a nossa.
Quando chegámos junto dos automóveis, a vontade dela tornou-se mais clara, quando o Sol sugeriu que fôssemos para um motel. A Yin começou a arder. A Gira aceitou a ideia! Que motel? Sugerimos um onde já tínhamos estado com os Enxutos e a Yin ligou para lá. Do outro lado, perceberam que éramos mais do que dois e disseram que só tinham disponíveis quartos para dois, e a Yin, na sua ingenuidade, agradeceu e desligou. Foi a vez do Girassol entrar em ação. Eles costumavam ir a outro motel e sugeriram que fôssemos todos no mesmo carro, ninguém precisava de saber quantas pessoas iriam para o quarto. A discrição dos motéis permite isso mesmo. E lá seguimos os quatro para o quarto.
Seguimos para a exposição. Estava frio lá dentro, fomos andando com calma, a avaliar o grau de fodabilidade de cada um, enquanto percorriamos a exposição. Algumas partes interativas estavam bem conseguidas, mas o tipo de obra do autor teria permitido mais interatividade, houvesse para isso vontade.Uma parte importante da obra nem sequer estava referenciada no espólio apresentado, o que, segundo a Yin que tinha um livro todo dedicado a esse assunto, era lamentável. Nem sequer na loja de merchandising... O frio foi penetrando cada vez mais, e não sabíamos ainda qual seria a vontade da Gira. O Sol era mais aberto, e deixava perceber que por ele, a coisa poderia aquecer.
Decidimos ir almoçar. Já era um pouco tarde para tal, e não conhecíamos nenhum restaurante ali perto, por isso começámos à procura, um pouco à deriva. O Sol foi procurando referências no seu telemóvel, enquanto a conversa continuava a fluir. Depois de andarmos um pouco a pé na direção errada, fomos parar a um pequeno restaurante familiar e não comemos nada mal, a fome já era alguma. A sala era pequena e estava cheia, fomos aquecendo à medida que enchemos a barriga. As nossas conversas também foram ficando mais quentes. A Gira gargalhava bem alto, uma gargalhada orgásmica que divertia a Yin e também a deixava um pouco embaraçada e corada. Definitivamente a coisa Sol tinha razão, a forma de expressão primordial dela é oral, se bem que naquela altura estávamos longe de conhecer todos os seus dotes... Até sairmos do restaurante, ainda não havia certezas da nossa parte se a vontade dela seria a mesma que a nossa.
Quando chegámos junto dos automóveis, a vontade dela tornou-se mais clara, quando o Sol sugeriu que fôssemos para um motel. A Yin começou a arder. A Gira aceitou a ideia! Que motel? Sugerimos um onde já tínhamos estado com os Enxutos e a Yin ligou para lá. Do outro lado, perceberam que éramos mais do que dois e disseram que só tinham disponíveis quartos para dois, e a Yin, na sua ingenuidade, agradeceu e desligou. Foi a vez do Girassol entrar em ação. Eles costumavam ir a outro motel e sugeriram que fôssemos todos no mesmo carro, ninguém precisava de saber quantas pessoas iriam para o quarto. A discrição dos motéis permite isso mesmo. E lá seguimos os quatro para o quarto.
continua...
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
terça-feira, 30 de outubro de 2018
swingin' (in the rain) 3.2.1 Girassol
Começava a fazer frio quando fomos convidados para lanchar na casa dos Vizinhos e percorremos a pé as duas centenas de metros que separam as nossas habitações. Continuámos a trocar ideias e a Vizinha estava com curiosidade para conhecer o clube. Combinámos uma ida. Ainda na casa deles, o Yang mencionou uma mensagem recebida de outro casal, mas a Yin não prestou atenção, pois queria dedicá-la aos Vizinhos.
Quando chegámos a casa, a Yin inteirou-se da troca de mensagens com o Girassol e respondeu ao mail enviado. Gostámos da abordagem. Trocámos mais mensagens, começámos a comunicar via whatsapp. Foi o Sol que se meteu connosco através do site do swing e avisou que a Gira era mais de falar pessoalmente, mas ainda assim fez um esforço e aderiu à aplicação para poder falar connosco. Ele escrevia pelos cotovelos, ela era bem mais comedida. Ficávamos horas e horas a conversar até às tantas, ele leu os relatos de aventuras passadas e reviu a postura deles em algumas coisas. Começámos a frequentar o mundo do swing praticamente ao mesmo tempo, mas nunca nos tínhamos cruzado. É mesmo assim, as coisas acontecem quando têm de acontecer. Encontrámos muitas coisas em comum, outras diferentes, como seria de esperar. Combinámos encontrar-nos cerca de uma semana após termos começado a trocar ideias. Foi uma longa semana, em que passávamos os dias a trocar mensagens, fotos, provocações, principalmente com ele. Ficámos bastante curiosos para saber como seria ela, que até então permanecia bastante reservada e misteriosa. Com um bebé, era compreensível que não nos pudesse dedicar grande atenção. A vontade de os conhecer pessoalmente foi crescendo até que finalmente chegou o dia.
continua aqui
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
domingo, 30 de setembro de 2018
swingin' (in the rain) 3.1: Vizinhos
Passado algum tempo, recebemos mensagem a dizer que estavam a chegar. E realmente não demoraram. Desfizeram-se em desculpas, tinham encontrado alguém conhecido que já não viam há muito, nós tentámos tranquilizá-los, apesar de admitirmos que nos tinha passado pela cabeça que tínhamos levado tampa.
A conversa foi-se desenvolvendo, ficámos a saber que moravam mesmo muito próximo de nós, umas ruas acima. Disseram-nos também que eram meros curiosos, que nunca tinham experimentado, mas ela gostaria de estar com uma mulher.
Houve uma empatia imediata, a Yin gostou bastante da vizinha, que apesar de se descrever como anti-social, pareceu-nos bastante comunicativa. O Yang também lhe achou piada. O Vizinho era calmo, metido com ele, parecia disposto a tudo o que a sua mulher quisesse experimentar. Temos sempre muito cuidado com casais que se iniciam nestas lides, deixando espaço para desenvolverem ideias e desejos. Não seria diferente com estes nossos vizinhos.
Eles tinham compromissos e foram embora. Nós ficámos mais um pouco a apreciar o anoitecer daquele dia.
continua aqui
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
11!
É uma idade respeitável para um blog. Ou talvez seja ridículo ainda existir. Seja como for, está aqui. Há onze anos. E, se não acontecer nenhum imprevisto, continuará a existir enquanto for cumprindo o seu propósito: inquietar pessoas. Provocá-las. Mesmo que seja só uma, uma vez por ano. Tem valido a pena. Mesmo!
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Tortura de Prazer - final
Ele ignora a arma, pega nela ao colo e beija-a no pescoço, aperta-a com força a sorver-lhe o cheiro frutado e o calor que o deixa doido, desvia alguns objetos em cima da secretária e senta-a. O frio da superfície metálica sabe-lhe bem no rabo a ferver mas rapidamente fica quente. Ele continua a beijá-la e acaricia-lhe o corpo, detendo-se nos seios e no rabo, fazendo o caminho mais longo até chegar ao sexo. Deita-a e estimula-a, empenhando-se em cumprir a promessa que lhe fizera há pouco: pressiona-lhe o clitóris devagar, penetra-a com dois dedos, entrando e saindo a sentir-lhe a humidade quente, a pele suave a intumescer, a contrair-se e a expandir-se. Usa essa humidade para lubrificar-lhe o ânus e vai testando a resistência à sua entrada lentamente, até não sentir nenhuma. Continua a trabalhar com os outros dois dedos no interior dela, a chamá-la, a tocar-lhe naquele ponto que a leva a entrar em erupção até a lava escaldar a pele. Desta vez é ela que pede:
- Fode-me! - ele não se faz rogado, pega noutro preservativo e penetra-a suavemente, até ela pedir com mais força. Ele acede ao pedido até ela se vir com estrondo e depois abranda um pouco, não quer vir-se já, sai de dentro dela e pede-lhe para se virar. Ela cede e ele volta a entrar por trás, a sentir o rabo bem torneado dela contra a sua pélvis, novamente até à vertigem.
Depois de saciados os apetites de ambos, começam a pensar em conjunto como sair daquela situação absurda. Nenhum dos dois consegue racionalizar o que se está a passar, até porque a situação é completamente irracional, mas precisam urgentemente de encontrar uma solução.
Ela quer usá-lo como escudo para sair dali. Ele sabe que vai ser arriscado, que vai ter problemas, mas decide ajudá-la. Precisa que ela o ajude também, precisa que ela partilhe informação. Depois da experiência que viveram e da cumplicidade gerada, conseguem chegar a acordo. O conflito que os separa foi também o que os uniu e isso dá-lhes outra perspetiva sobre o ridículo da situação. “Make love, not war”, a foder é que nos entendemos, eles compreendiam agora. Mas o mundo à volta quer lá saber da compreensão deles... E é essa compreensão que os faz sair daquela sala, com a perfeita consciência de que podem muito bem não voltar a ver a luz do dia. Mesmo assim, será um dia memorável.
- Fode-me! - ele não se faz rogado, pega noutro preservativo e penetra-a suavemente, até ela pedir com mais força. Ele acede ao pedido até ela se vir com estrondo e depois abranda um pouco, não quer vir-se já, sai de dentro dela e pede-lhe para se virar. Ela cede e ele volta a entrar por trás, a sentir o rabo bem torneado dela contra a sua pélvis, novamente até à vertigem.
Depois de saciados os apetites de ambos, começam a pensar em conjunto como sair daquela situação absurda. Nenhum dos dois consegue racionalizar o que se está a passar, até porque a situação é completamente irracional, mas precisam urgentemente de encontrar uma solução.
Ela quer usá-lo como escudo para sair dali. Ele sabe que vai ser arriscado, que vai ter problemas, mas decide ajudá-la. Precisa que ela o ajude também, precisa que ela partilhe informação. Depois da experiência que viveram e da cumplicidade gerada, conseguem chegar a acordo. O conflito que os separa foi também o que os uniu e isso dá-lhes outra perspetiva sobre o ridículo da situação. “Make love, not war”, a foder é que nos entendemos, eles compreendiam agora. Mas o mundo à volta quer lá saber da compreensão deles... E é essa compreensão que os faz sair daquela sala, com a perfeita consciência de que podem muito bem não voltar a ver a luz do dia. Mesmo assim, será um dia memorável.
Agradecimentos especiais a Pole Man e Girassol pela consultoria técnica ;)
Madonna, Die Another Day
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
swingin' (in the rain): os curiosos revisitados #2
Sem aviso, eles começaram a despir-se e a abocanharem-se um ao outro. Foi algo surpreendente, da outra vez que estivémos juntos, foram elas que começaram a despir-se enquanto eles estavam sentados no sofá, desta vez aconteceu precisamente o inverso. Estiveram assim um bom bocado, com elas a observar sem intervir, até que eles as chamaram.
A Yin manipulava o sexo do M., com as mãos e com a boca e fê-lo até ele se vir, na esperança que depois ele ficasse quietinho, mas não ficou. Decidiu retribuir-lhe. Primeiro enfiou-lhe os dedos nos dois buraquinhos da zona genital. Ela não achou muita piada à forma bruta como o fez, mas não estava fácil de ele entender. Depois decidiu abocanhá-la enquanto a penetrava com os dedos. E insistiu bastante tempo, com convicção. Ela continuou a não achar muita piada. É fodida, esta Yin. Ou melhor, ela até tinha alguma curiosidade em experimentar o que seria ser fodida pela pilinha que andou a segurar, mas pelos vistos eles continuavam numa onda soft, nada de penetrações com pilinha em mulher alheia.
Algum tempo depois, o M. adormeceu nu no cadeirão e nós tapámo-lo para não arrefecer. Ao contrário da primeira vez que nos encontrámos, apesar de ser a mesma época do ano, estava bastante mais frio. Ficámos até quase manhã a conversar, a Yin foi a primeira a ceder ao sono, o Yang e a F. continuaram com conversa da treta.
Da primeira vez que nos encontrámos, tínhamos uma caminhada de manhã cedo, dormimos pouquíssimas horas e fomos. Desta vez a Yin tinha uma ação de voluntariado para fazer, mas programou uma sms para a manhã seguinte a dizer que a noite tinha sido complicada e não iria. Não era mentira, não estava mesmo em condições, mas sentiu-se um bocado culpada.
Passado algum tempo, convidaram-nos para ir a um bar swinger na terra deles que tinha aberto há pouco tempo. Era um conceito diferente do que temos frequentado, propunha-se a estar aberto todos os dias. Isto fez-nos pensar que seria um sítio porreiro para os nossos amigos que trabalhavam ao fim-de-semana. Fazia parte da casa dos donos, um casal diferente do habitual. Ele um nortenho enorme, tatuador; ela pequena mas lutadora feroz contra um cancro. Mostraram-nos o espaço, que não era muito grande, uma zona inferior, tipo lounge, com mesas e puffs e almofadas e bar. No vão da escada, fizeram um pequeno quarto privado sem janelas, que só tinha espaço para uma maca. Tentámos imaginar como seria estarem ali quatro pessoas a transpirar, o Yang disse que teriam de ser etíopes muito elegantes, para não dizer esfomeados. A parte superior era um espaço amplo, com um pequeno estúdio de tatuagens. Provavelmente o único estúdio swinger, uma vez que ali só entravam pessoas do meio. Outro tipo de clientela, segundo o dono, era atendido ao domicílio. Ela explicou que tinham ideias de fazer ali mais alguns espaços privados.
Ficámos no rés-do-chão, só estava lá mais outro casal que nos foi apresentado, mas com quem não falámos muito. Mantivémo-nos os quatro à volta de uma mesa, a conversar a noite toda sobre leituras e experiências, o percurso deles no swing, o nosso. Falaram-nos de um motel onde tinham ido que nos pareceu paradisíaco: o quarto tinha baloiço, jacuzzi, champanhe… falaram-nos do que fizeram por lá e que era um sítio interessante para irmos os quatro. Ficámos a pensar nisso enquanto rumámos a casa.
~ FIM DO SEGUNDO VOLUME ~
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