texto por PinhalMan
Carla havia aceite o convite para ir a casa de Miguel beber um copo. Tinha sido o primeiro encontro, e não queria dar-lhe a entender que era uma miúda fácil. Por isso, quando a conversa começou a amornar, aproveitou e perguntou-lhe:
- Levas-me a casa?
- Já?! Porque não ficas aqui até de manhã? – Respondeu-lhe ele.
- Achas? Já vim à tua casa na primeira vez que saímos. Se passo aqui o resto da noite vou-me sentir uma verdadeira galdéria! – Disse ela a rir.
Miguel ia refutar a ideia de Carla, quando ela lhe colocou uma mão sobre a boca.
- Não é negociável… Só preciso de saber se me levas, ou não…
Miguel não ousou insistir. Respondeu, então a sorrir:
- É claro que te levo. Depois de me teres proporcionado uma companhia tão encantadora, levo-te, onde quiseres ir…
Despacharam-se então, e dirigiram-se calmamente para perto da porta de saída.
Perante a sensação de desejo de que aquela noite se pudesse perpetuar no tempo, Miguel não resistiu e, antes que Carla pudesse pegar nos seus pertences, encostou-a à parede e disse-lhe:
- Desculpa, mas é mais forte do que eu!
E deu-lhe um beijo bem profundo.
Carla sentiu um arrepio causado por aquele ímpeto inesperado de Miguel, e pela sensação de estar encostada a uma parede e em simultâneo ao corpo do seu amante.
O sangue começou a correr-lhe rápido nas veias. Então, resolveu ousar, e com a mão direita subiu o vestido até à anca. Levantou de seguida o joelho direito quase até à axila.
Miguel entendeu de imediato o atrevimento de Carla e colocou o seu braço esquerdo debaixo da sua perna, deixando-a suspensa.
Enquanto o beijo se tornava mais e mais arrebatador, Miguel deixou perceber que era capaz de suportar o delicado peso de Carla contra a parede e ela embarcou na loucura… Levantou a outra perna, que foi de imediato suportada pelo braço direito de Miguel. De seguida, rodou o pé direito, fazendo cair o sapato ao chão. Pouco depois, o outro sapato seguiu o mesmo caminho.
Carla, à parte de ter os seus braços em redor do pescoço de Miguel, estava agora totalmente à sua mercê, confiando por completo na sua robustez física para que não a deixasse cair. Essa ligação tornava o momento mais excitante do que perigoso. A adrenalina corria rápido nas veias de ambos.
Carla estava totalmente exposta, pois a sua púbis estava encostada ao baixo-ventre de Miguel. A inevitável fricção do momento cobrava o seu preço de ambos os lados… Carla começou por se sentir excitada, depois humedecida e, por fim, encharcada no desejo de ter Miguel dentro de si. Já este, não podia, nem queria, evitar que o seu membro ficasse bem crescido e duro. Tinha uma forte sensação de calor que era potenciada pelo repetido roçar das cuecas de renda nas suas calças.
Carla libertou então o pescoço de Miguel, deixando-lhe todo o trabalho de a suportar, e baixou as mãos até ao cinto das calças dele. Desapertou-o, de uma forma mais ou menos atabalhoada, enquanto se continuavam a beijar, e baixou-lhe as calças e os boxers até onde os seus braços o permitiram. Pegou então no seu inchado pénis e, desviando com a outra mão as suas próprias cuecas, apontou-o para a sua expectante vagina. Miguel não resistiu e entrou de rompante pelo bem lubrificado interior de Carla, até sentir tocar-lhe bem no fundo. O calor de Carla soube-lhe tão bem!
Carla não conseguiu evitar soltar um forte gemido, que alimentou ainda mais a tesão que inundava os sentidos de Miguel. Guiado por esta, ele começou a executar ritmados e profundos movimentos de vaivém, enquanto a sua boca se perdia por entre os lábios e o pescoço de Carla.
Aguentou este frenesim por algum tempo, até que começou a sentir os seus braços a ceder. Abrandou então o ritmo e deixou descair uma das pernas de Carla. Esta compreendeu a mensagem e acabou por se suportar no seu próprio pé, repetindo pouco depois o movimento com a outra perna.
Miguel sentiu-se aliviado, mas não saciado. Deixou que a sua roupa descaísse até ao chão, soltou um pé, e com o outro jogou-a para longe de si, ficando com as pernas livres de movimentos. Então, virou Carla para a parede e puxou as suas ancas para si.
Logo esta leu as ideias do seu amante: Puxou o vestido para cima, passou-o pelo tronco e tirou-o, desnudando o seu belo corpo.
Depois, dobrou o tronco para a frente, ao mesmo tempo que com os polegares começou a descer as cuecas pelas pernas abaixo. Revelando uma elasticidade fantástica, manteve as pernas quase direitas e foi aproximando o peito dos joelhos, enquanto fazia a sensual peça de lingerie sair por um pé e depois pelo outro. Por fim, colocou as mãos na parede e, arqueando sensualmente o tronco, espetou os glúteos na direcção de Miguel, tornando-os deliciosamente reluzentes. Este não se conseguiu segurar. Penetrou de novo Carla, fazendo soar as batidas da sua anca naquelas nádegas, que cada vez mais lhe pareciam irresistíveis.
Sentia-se a arder em volúpia e as barreiras do decoro começavam a desvanecer-se. O outrora cuidado e gentil cavalheiro parecia agora dominado por uma animalesca vontade de ir mais e mais além. E foi subjugado a esta força que ele não resistiu à tentação e então, com o seu polegar direito, começou a esfregar de um modo provocador o ânus de Carla, ao mesmo ritmo que a penetrava.
Os gemidos de Carla tornavam-se mudos. Ela estava a experimentar um prazer tal, que a sua garganta não conseguia verbalizar o que ela sentia.
Sem conseguir perceber os sinais da sua parceira, mas cego pela sua excitação, Miguel deixou soltar um certeiro fio de saliva por entre as nádegas de Carla e usou-o como lubrificante.
Justamente quando se preparava para tentar penetrar o olho anal de Carla com o polegar, esta segurou‑lhe com firmeza o pulso.
Miguel gelou! Teria estragado aquele momento de adrenalina pura ultrapassando os limites de Carla?!
Foi então que sentiu o seu dedo ser impelido pela amante para o seu interior, desaparecendo até à sua base. Carla soltou um gemido:
- Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!…
Miguel sentiu a sua excitação renascer com mais vigor! Retirou parte do polegar, deixando apenas a sua extremidade dentro da parceira e voltou a penetrá-la, ainda com mais afinco.
Carla sentia-se a rebentar de prazer, mas tal como Miguel, apetecia-lhe voar mais e mais longe. Então, moveu a anca um pouco para a frente, dando a entender que desejava uma pausa na repetida penetração. Miguel parou.
Carla estendeu então a mão direita na sua direcção e encontrou o seu encharcado pénis. Afagou-o com doçura, como que o felicitando pelo óptimo desempenho, e voltou a esticar-se para trás.
Apontou-o então para o seu cu, e perante o olhar deliciado mas embasbacado de Miguel, forçou a glande para dentro de si.
Devagar, esta foi desaparecendo no interior de Carla, enquanto ela libertava um “Hummmmmmmmmmmmm”, como se estivesse a experimentar a sensação que mais desejava.
Parou por instantes, como que para ganhar fôlego, e voltou a forçar o membro para dentro de si, até o sentir bem no seu interior.
- Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh… Que bom que é sentir-te. – Soltou – Agora estou por tua conta… Leva-me para lá das estrelas…
E Miguel voltou à sua marcha repetitiva.
Primeiro de uma forma mais cuidada, mas à medida que ia ganhando confiança com base nos gemidos aprovadores de Carla, ia acelerando e forçando a penetração até tão fundo quanto conseguia.
Entretanto, tentando dar ainda um pouco mais de prazer à sua parceira, curvou-se um pouco sobre as suas costas, e levou a mão direita até ao seu baixo-ventre. Desceu, tacteando um pouco, até conseguir encontrar, com a ponta dos dedos, o seu clítoris.
Carla soltou um gemido bem profundo. Aquele pormenor pareceu-lhe divino. Sentiu um choque em todo o seu corpo e o orgasmo estava agora tão próximo…
Enquanto Miguel ritmava a circulação dos seus dedos com as batidas da sua anca, ela não resistiu a colocar a sua mão direita sobre a mão de Miguel, pressionando-a de tal forma contra si, que ele começou a ter dificuldade em trabalhar-lhe aquele importante centro de prazer.
Foi então que ele percebeu que a sua amante estava bem perto de alcançar o clímax e os seus movimentos de penetração atingiram um ritmo frenético, que o levou a sentir-se a rebentar de prazer.
Então Carla não resistiu e deslizou a sua mão para trás, penetrando-se a si própria com três dedos e largando um brutal gemido de satisfação:
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh !
Miguel sentiu-a estremecer e também não aguentou, explodindo o seu gozo dentro dela… Sentia por um lado a força das pernas a desaparecer, mas a sensação era tão forte, que continuou a socar as nádegas de Carla por uns longos instantes, enquanto se sentiu a ejacular umas quatro ou cinco vezes mais.
Foi então que curvou o seu corpo por cima do corpo de Carla, e segredou-lhe ao ouvido:
- Tu és um espanto…
Carla reuniu as suas forças, endireitou o tronco e puxou a anca para a frente, fazendo Miguel sair de dentro de si:
- Ohhhhhhhhhhhh… - Não resistiu a soltar.
Então virou-se de frente para Miguel, que logo se apressou a aproximar os seus lábios dos dela.
Carla olhou-o olhos nos olhos e disse com um ar derrotado:
- Eu não acredito que te deixei ires-me ao cu na primeira vez que saímos! Decididamente, sou mesmo uma galdéria!
Miguel respondeu com um ar animado:
- Isso quer dizer que sempre podes passar cá a noite comigo, então?...