211… O número, o quarto, o corredor, o hotel…
Ela numa ânsia tempestuosa de lá chegar, depois da agitação do dia.
Os banhos, as fantasias, os sorrisos, as provocações na varanda… Despida de roupa e preconceitos, sem receio os olhos alheios. Apenas um corpo invadido pela réstia de sol…
Era Verão, o calor era muito e as vontades começavam a emergir quando se via sozinha naquela cama de casal…
Um quarto que deixou de o ser a partir do momento em que as fantasias começaram. Refúgio, isso sim… Refúgio para sentimentos, conversas de horas, prazeres inúmeros… Esses, acima de tudo!
Falavam ao telefone horas afim. Ele picava, ela respondia. As quatro paredes absorviam todas as palavras de gozo, todas as fotografias trocadas, todos os toques a si mesma e orgasmos de ambos. Intensos, simultâneos, loucos, deliciosos. A pedirem mais… E assim foi nos 5 dias que ali morou.
Ao fim do 5º dia ela fecha a porta, olha para o número e sorri.
“Para a próxima também vens…”
211… De um hotel qualquer…