sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 52



continuação daqui | início

Nova festa "Eyes wide shut" anunciada no nosso antro favorito. estas festas são recorrentes nestes sítios e bastantes apreciadas. Nós até gostámos bastante da primeira e já tínhamos indumentária, mas só decidimos rumar até lá um par de horas antes, pelo que não levámos mais ninguém connosco.
Desta vez o tempo estava bem melhor, apesar de o outono já se fazer anunciar, a noite estava muito agradável e a temperatura ambiente era claramente superior à do ano passado.
Quando chegámos, fomos avisados pelo Dono do Pedaço que iria haver filmagens de um ritual, recriação de uma cena do filme que deu o nome à festa, para promoção do espaço no ecrã do lounge. Entretanto também nos apercebemos de que os Embaixadores se tinham tornado Donos do Pedaço. Nada que nos surpreendesse muito, uma vez que estão sempre lá. Chegada a hora da encenação, dirigimo-nos ao local com as nossas máscaras. Todo o ritual foi recriado ao pormenor, desde a música aos acessórios e conseguia-se respirar o ambiente enigmático do filme. Apesar das máscaras, conhecemos quase todas as mulheres do círculo e o Mestre de Cerimónias no centro. Foi ele que trouxe o bolo pelo aniversário da Yin.  A Musa era uma das mulheres de capa e mamas desnudas. Havia mamas para todos os gostos no círculo. O homem do centro virava-se para uma das mulheres e ela beijava a que estava a seu lado na boca até se beijarem todas. Depois batia com o seu bastão no chão em frente de uma das mulheres e uma a uma, saíam do círculo e iam encontrar o seu par, tal como no filme.
Para além de todo o aparato visual, todo o simbolismo, a base de toda a trama é a Confiança (ou a falta dela). Tanto no cinema, como ali.

Ao contrário do ano anterior, desta vez passámos bastante mais tempo sem máscara, principalmente a Yin, que nem chegou a tirá-la da outra vez  Muito mais à vontade e sem frio, não recorreu à écharpe, mostrando toda a sua lingerie transparente. Ao contrário do ano passado, conhecemos quase toda a gente, mesmo com máscara. Houve um casal que se meteu connosco de máscara, a pedir desculpa porque não sabia se nos conhecíamos ou não. A máscara da mulher era muito pouco reveladora, e mesmo depois de a tirar, não chegámos a nenhuma conclusão. O Yang achou que usaram aquela desculpa apenas para meter conversa, mas a Yin não estava para grandes conversas. O Porteiro também se meteu com a Yin, aliás, já tinha dito dito ao Yang que de vez em quando comia por fora, com a devida autorização dos maridos, mas não necessariamente o conhecimento da sua esposa, que não consta que faça parte "do meio". Temos evitado ao máximo estes esquemas e não seria agora que iríamos ceder.

Bebemos, dançámos, fodemos (um com o outro, usando o mesmo sofá do aniversário da Yin, mas desta vez com muito mais eficácia) e comemos (a bela da tosta mista com batatas fritas). Após um belo duche, missão cumprida, rumámos a casa sem sobressaltos.

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sábado, 21 de dezembro de 2013

Inverno...

 
foto: JCA

swingin' (in the rain) parte 51

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Quando menos esperávamos, eis que o casalinho Alto & Baixa que conhecemos no clube no final do ano passado liga a dizer que está perto de nós e combinamos um jantar lá em casa. De referir que ela estava bastante grávida. A Yin ficou chateada e revoltada quando soube que ela tinha engravidado, apeteceu-lhe gritar com eles e bater-lhes, por não tomarem cuidado, porque a rapariga tinha emigrado para terem uma vida melhor e aquela criança trocou-lhes as voltas. Se calhar foi o que pensaram também na altura, quando souberam da notícia. Ou não. Ainda por cima,o bebé não a deixava trabalhar, teve de se vir embora por passar bastante mal. Claro que um acontecimento destes muda tudo, troca todas as prioridades. Claro que a Yin nunca lhes disse o que lhe passou pela cabeça.

E foi muito bom tê-los lá em casa, bastante felizes e agora na fase final da gravidez, a criança parecia deixá-la mais tranquila, sempre muito querida, redondinha, ele com imensa paciência para a aturar, gostámos mesmo de os ver. Como estavam de férias para os nossos lados, combinámos encontrar-nos mas uma vez, mas um inusitado problema digestivo fez com que tivessem de ir para casa mais cedo e não nos voltámos a encontrar. Acreditamos que durante os próximos tempos irão ter bastante com que se entreter e swing vai ser a última coisa em que pensar. Vamos mantendo o contato e esperamos poder visitá-los um dia destes, com a criança já cá fora.

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

fomos selados!

É pá, isto já não acontecia há algum tempo. Tem um certo sabor revivalista, é sempre simpático quando se lembram de nós, especialmente quando não estamos nada à espera:




Passem por lá, que apesar de não ser das coisas graficamente mais apelativas que já vi, especialmente o gosto pelo verde fluorescente (questões clubísticas à parte) o gajo até escreve umas coisas, e tal...

Irá para o lugar dos mimos. Gratos pela lembrança, Sr. Leão!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 50

continuação daqui | início

Não tínhamos preservativos e não havia toalhitas, pelo que tivemos de procurar a casa de banho mais próxima de cuecas na mão, a Yin muito apertadinha para não escorrer, entre o desconforto e a risada, ainda por cima a casa de banho estava ocupada, mas depois de batermos à porta, lá saíram.
Estávamos pegajosos e um duche era a coisa mais lógica a fazer, a banheira já tinha sido utilizada sabe-se lá por quem, mas desta vez não nos deixámos intimidar, porque tínhamos chinelos e para lá fomos sem os tirar. Mais lavadinhos, frescos e revigorados, ficámos a aguardar que os SP fizessem os mesmo. Aquele duche pareceu-nos uma coisa muito inteligente a fazer antes de ir embora, e ficámos com vontade de o repetir sempre que lá formos, com ou sem espuma, com ou sem foda(s).

Começámos com as despedidas, o Yang foi ter com os Devassos que estavam num quarto de porta aberta com outro casal que nós já tínhamos conhecido na passagem de ano e achado imensa piada à estratégia deles de despacharem o sexo cedo, nem que fosse só entre eles, porque no final da noite já estariam muito cansados. Já seguimos a estratégia deles. A Yin também queria despedir-se, mas não queria atrapalhar. O Yang insistiu, disse que não iria atrapalhar nada, e ela lá foi e gostou muito do que viu. Encontrou-os todos enrolados uns nos outros, num emaranhado sensual de corpos muito sugestivo. Pareciam bastante felizes naquela paz pós-orgásmica que é sempre boa de se ter.
Quando a Yin foi despedir-se da Dona do Pedaço I, desviou-se do xoxo dela. Não fez de propósito, assim como não o faz quando cumprimenta a Musa, simplesmente esquece-se. As convenções sociais nem sempre são fáceis de gerir....
Rumámos a casa e ainda fizemos umas tostas e bebemos chazinho com os SP antes de ver o dia nascer. Teríamos de nos levantar dali a poucas horas para compromissos familiares.


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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

a rapariga que nunca sorria

Faço todos os dias o mesmo caminho para o trabalho, faça chuva ou sol. Não é que eu goste deste tipo de rotinas, se houvesse outro caminho igualmente rápido, eu ia alternando.
Há uns tempos, reparei em algo prestes a tornar a minha pequena rotina mais agradável: passe a cruzar-me com uma rapariga, eu de carro, ela a pé. É uma rapariga normalíssima, nem gorda, nem magra, nem alta nem baixa. Tem um andar engraçado, desengonçado e uns olhos claros, bonitos. todos os dias passamos duas vezes pelo mesmo sítio, em sentidos opostos.
Comecei a sorrir para ela. Podem achar que isto é uma coisa tonta de se fazer, afinal de contas, quem é que olha para os condutores dos carros por quem passa a pé? Claro que ela não olhava, mas todos os dia eu tentava, e sorria. 
Nunca me passou pela cabeça apitar ou fazer qualquer coisa que lhe chamasse a atenção. Ou melhor, passou, mas não queria fazê-lo. Ela acabaria por achar que eu não bato bem. É verdade que não bato, mas ela escusava de saber assim.
Então fui sorrindo e esperando, que algum dia, ela se lembrasse e de olhar. E passados alguns meses, esse dia finalmente chegou. Ela olhou. Eu sorri. Não me devolveu o sorriso. Terá olhado mesmo? Fiquei na dúvida e continuei a sorrir, todos os dias. Mas parecia-me sempre que ela não olhava. 
Então houve um dia que parei numa fila e quando olhei, lá estava ela, do outro lado da rua. Esperei que olhasse. Esperei, esperei... e ela finalmente olhou! Presenteei-a com o meu melhor sorriso para logo de seguida desaparecer no trânsito, a fila começou a andar na altura certa.
A partir daí, quase que ia jurar que me passou a olhar, mas não sorria.
Houve outro dia que deixei o carro na oficina e fui de bicicleta. Fiz o mesmo percurso que costumo fazer de carro, que é mais longo e a subir do que costumo fazer de bicicleta, mas valeu a pena, porque quase no final do percurso onde nos podemos cruzar, ela apareceu, mesmo em frente a mim, e ali mesmo a presenteei com um generoso sorriso de orelha a orelha. Foi tudo muito rápido, não deu para saber se sorriu, mas fiquei com a certeza de que me viu.
Comecei a pensar como seria se a encontrasse a pé, noutro local. Afinal de contas não moramos nunca cidade assim tão grande, é coisa para ter alguma probabilidade de acontecer. E aconteceu mesmo, um dia fui às compras depois do trabalho, e quando me dirigia a pé para o supermercado, cruzei-me com ela. Logo tratei de esboçar o meu melhor sorriso, aquele que uso em dias de festa, para a receber. Ela olhou para mim e passou como se nada fosse. Será que não sabe sorrir?

Mas eu não desisti. Continuei a sorrir de manhã e depois de almoço, religiosamente, todos os dias em que a via. E nos outros também. É um passatempo como qualquer outro, anima a minha rotina, não faz mal a ninguém, e se quiserem achar que não bato bem, que achem.
Pensei em comunicar de outra forma que fosse inequívoca em relação às minhas intenções, não fosse a rapariga achar que era algum depravado. Sei que não sou um modelo, sou um pouco mais velho que ela, mas também acho que não tenho ar de depravado. Um sorriso sincero para troca é só o que quero, será que é assim tão difícil?
Muni-me de papel cor-de-laranja e caneta de feltro azul e desenhei um "smiley". Para que não restassem dúvidas, por cima escrevi "SORRI!" E estava determinado a mostrar-lhe o cartaz da próxima vez que a visse.
Depois de algumas tentativas frustradas, lá consegui que lesse, ou pelo menos que olhasse para o papel. Não sei se leu, porque a verdade é que não sorriu. Eu pelo menos não lhe vi nem sequer um esboço, uma intenção de sorrir. Será que a vida lhe corre assim tão mal?
De vez em quando via-a olhar para mim, parecia reconhecer-me, talvez me ache depravado, não voltei a sorrir. Em vez disso, decidi levar novamente o sorriso de papel e fazer beicinho quando a visse. Passaram semanas, meses, até que finalmente, num dia cinzento de chuva, ela viu o cartaz. Foi ali que ela ergueu um pouco a cabeça, olhou para mim e finalmente sorriu. E fez sol, arco-íris de pernas para o ar dentro de mim.

Queen, Breakthru

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 49

continuação daqui | início

Depois da árdua tarefa da multiplicação do bolo, a Yin estava cheia de calor e pareceu-lhe ser a altura ideal para um mergulho na piscina. A temperatura lá fora não estava muito convidativa, mas até o SP disse que iria ao banho se ela fosse e ela não queria perder a oportunidade. A SP desta vez deixou-se vencer pelo frio. Mergulhámos e a temperatura da água estava bastante agradável. As noites deste antro são sempre estreladas e que bem que sabe um mergulho e nadar de costas a olhar as estrelas... Mas quando nos voltámos, vimos o SP sentado na borda da piscina agarrado à cabeça. Não havia sangue na água, o que nos pareceu ser bom sinal. Ele mergulhou na parte mais baixa da piscina e bateu de cabeça no fundo. A Yin sentiu-se responsável por aquilo e prontificou-se para levá-lo ao hospital, mas ele dizia que não era preciso, que estava bem, na cabeça só se via um raspão superficial, mas estávamos com receio de alguma lesão interna. Além disso, doía-lhe o peito e o pescoço, deve ter perdido uns centímetros com aquela brincadeira. Já não houve disposição para continuar na piscina, saímos e fomos para a pista, certificando-nos de que ele não levaria com espuma na cabeça. A música não estava má de todo, dava para dançar. A Yin fez a vontade ao Yang e despiu o soutien, ficando só de tanga. E sentiu-se completamente à vontade, com direito a roça-roça no Yang e nos Embaixadores, a fazer de recheio de sandes entre os dois, de rabo virado para o Guardião e ele a dizer para ela não abanar muito, que não se responsabilizava pelos seus atos... ela só lhe disse "tudo bem, mas já sabes que eu também gosto de enfiar" e ele "isso é que não!" e a coisa ficou por ali e continuaram alegres e contentes. Os SP estavam os dois sossegados, no seu canto, ela tinha vontade de se meter com eles e foi distribuindo toques de anca sem grande resposta. Aproveitou uma música mexida e esfregou as nádegas contra as nádegas da SP e foi giro.
Pouco depois, decidimos procurar um canto mais sossegado para dar asas à libido. Fomos para um dos sofás cá em baixo. Reparámos que havia outro casal do outro lado, mas não dava para perceber quem eram. Isso também não era importante, gostámos de os ouvir a fazer o mesmo que nós, de sentir a intensidade do prazer a crescer até ao clímax. A Yin estava demorada, mesmo para os timings dela. Estava cansada e não e numa posição desconfortável, dobrada no braço do sofá. decidiu experimentar ajoelhar-se em cima do dito, fazendo com que o Yin tivesse de se pôr em bicos de pés para a foder, mas foi assim que resultou num belo orgasmo simultâneo.
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