sábado, 28 de setembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 39

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Fomos jantar a casa dos Doces. Já tínhamos trocado algumas mensagens via skype que davam conta das intenções deles. Nós não estávamos propriamente com vontade de que nos saltassem em cima, mas apreciamos a companhia deles e foi nessa perspetiva que aceitámos o convite. O repasto foi bastante saboroso e agradável, eles foram impecáveis, ele sempre na dele, ela a deixar o álcool desinibi-la.

Não deixa de ser curiosa a a distinção entre assédio e sedução. Cremos que depende exclusivamente de estarmos a gostar ou não. Temos que treinar os nãos, sobretudo quando gostamos das pessoas, mas não queremos nada de sexual. É que dizê-lo a seco não é agradável, nem para quem diz, nem para quem ouve. Normalmente, não é necessário dizê-lo declaradamente, porque dá para entender a falta de receptividade, mas nem sempre.

Neste caso, o Yang recorreu a outra estratégia. O Duque ligou para combinar pescaria noturna e o Yang convidou-o para aparecer por lá, uma vez que ficava em caminho. Ele apareceu com a Duquesa e ainda ficámos um bom tempo à conversa os seis.
Os Doces tomaram banho um de cada vez, aperaltando-se para sair. A Doce estava a demorar imenso tempo e o Doce pediu à Yin para ir lá ver se estava tudo bem. a Yin foi, chamou por ela, que respondeu a dizer que sim, que estava ok. desta vez não lhe pediu para lavar as costas, como fez no Skype. Pessoalmente, é bastante mais tímida, mesmo com uns copos a mais. O Yang tinha-lhe pedido para mostrar as mamas e ela apenas levantou um pouco a blusa.

Como demorámos tanto tempo na conversa, acabou para ficar tarde para sairmos e estava na hora do Yang e o Duque apanharem a maré, ou neste caso, uma barrigada conversa e de frio. A Yin e a Duquesa ficaram em casa, a dormir no quentinho. O Yang chegou gelado e soube-lhe muito bem aconchegar-se no corpo quente da Yin.


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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

sexo ou consultoria de imagem?



«Quinta à noite, lua cheia, filminho do Thiago Lacerda na Record... de repente começa a bater aquela vontade louca de fazer besteira e o seu namorado não tá ali pra te socorrer. Nessas horas, o jeito é usar a criatividade e fantasiar. E quando eu digo "fantasiar", por favor, não inventa moda.

Com vocês, mais um vídeo original do Porta dos Fundos: "Sexo Por Telefone"...»

terça-feira, 24 de setembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 38

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A festa noturna era Branca, pelo que nos vestimos dessa cor, da cabeça aos pés. O Yang com camisa e calças leves e soltas, a Yin com um top de alças bordado oferecido pela Duquesa, cuequinha de renda branca comprada na feira, calça branca justa, sapatinho e malinha a condizer. Ainda tivemos de esperar bastante pela chegada do aniversariante e dos Embaixadores, enquanto isso fomos tomando banho e tentando fugir das melgas. A Yin levou Fenistil, mas realmente o que dava jeito ali prevenir as picadas com umas tochas de citronela. E já agora, mais espreguiçadeiras e uns colchões. E alguém a fazer boas massagens, isso é que era!

Finalmente o aniversariante chegou, o Yang deu por isso e foi cumprimentá-lo, mas ele desapareceu lá para dentro com o bolo. Passado algum tempo, veio ter connosco, com a sua respetiva e mais dois casais amigos, ficaram pela beira da piscina, conversa agradável, bom humor, soube bem revê-los, apesar de acharmos a O muito cansada e abatida, já vem a ser hábito e lamentamos bastante. Chegaram os Embaixadores, sempre bem dispostos. O Guardião por diversas vezes elogiou a Yin em altos berros "estás mesmo boa!". Não é que ela não aprecie a sua franca expressividade, mas achou que era um bocado escusado gritar tão alto, até porque mesmo com a música em altos berros, seria preferível dizer-lhe ao ouvido.

Cantámos os parabéns e comemos o bolo enquanto éramos comidos pelas melgas. Ainda assim, nós até escapámos, a Yin passou a noite a emprestar Fenistil. Disse que para a próxima iria começar a cobrar. Em favores sexuais, talvez...

O pessoal parecia estar mole, demasiado mole para fazer sexo, demasiado calor nos quartos, nem sequer a borda da piscina parecia estimular alguém.
A Yin ainda abocanhou o Yang até ficar completamente dormente da posição, mas soube-nos bem. A temperatura começou a descer um pouco e decidimos ir espreitar a sala sado-maso e não para nosso espanto, mas para nosso contentamento, estava vazia. Ajustámos a luz para o mínimo e entrámos na jaula para dar largas ao desejo. Íamos nós já bem lançados, quando a Yin começou a desenrolar o preservativo no membro do Yang e algo estranho aconteceu. What the fuck?!?! Às escuras, não dava para perceber por que raio estava ela a estranhar um preservativo. "Ahahaaha! Isto é mais estúpido que os tampões com aplicador!", pensou ela. Só depois de se abrir a luz percebemos. Como explicar, aquilo tinha uma espécie de aplicador, supostamente para tonar a colocação mais fácil, mas é uma tira lubrificada que se cola aos dedos, uma coisa um bocado parva, mas enfim, depois de perceber, tira-se e continua-se e a partir daí a coisa correu sem problemas. Foi interessante foder na jaula, mas com o barulho do som da pista mesmo ali ao lado, não dá para ouvir os sons do amorrrr...

A noite continuava espetacular, quente e estrelada, a Yin convidou e insistiu para que fossemos todos ao banho e conseguiu convencer o A e um dos casais que estava com ele. Mas o banho do A não durou muito tempo, para desilusão dela, porque a O não o acompanhou. Nadar como se vem ao mundo, a ver as estrelas... é uma experiência que nunca se tinha proporcionado e que queremos repetir em noites quentes como aquela.


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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 37

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Tínhamos criado o ritual de ir uma vez por mês ao clube, mas quebrámos a regra no primeiro mês de Verão. Basicamente, nenhuma das festas temáticas nos convenceu nem conseguimos convencer mais ninguém a vir connosco, pelo que achámos que não valeria a pena. Os Embaixadores é que estão lá sempre, o que nos preocupa um pouco, achamos que estão viciados. Mas gostámos de saber que já diversificaram a sua dieta, e para além de casais, já estiveram com uma ex-namorada do Guardião e numa ou outra ocasião, com outro homem. Agora só falta o Guardião deixar a sua Musa usar o presente que lhe demos...

Voltaríamos duas vezes no mesmo mês, por ocasião de dois aniversários, primeiro do A e depois da Musa. Depois do que se passou, ficámos agradavelmente surpreendidos quando ele nos convidou para a festa e nos disse que seria no nosso antro de perdição favorito. Estava um calor insuportável, daqueles que só apetece despir a pele, e fomos novamente ao final da tarde, com a certeza de que o tempo estaria muito mais convidativo a um mergulho na piscina do que da última vez. Aliás, não pensávamos noutra coisa durante o caminho, chegámos lá acima com o termómetro do carro a marcar 49,5º. A piscina já estava composta, corpos bonitos, muito topless. O Yang bem que chateou a Yin para fazer o mesmo, mas apesar de ela ter ido com um simples vestidinho de verão curto e decotado, não deixou de ir à casa de banho vestir o bikini antes de se render à piscina. A sensação de frescura oferecida pela água nos nossos corpos literalmente escaldantes é indescritível. Nadámos, mergulhámos, apaziguámos o calor. Pouco depois, uma mulher fez aquilo que a Yin queria ter feito mas não teve coragem: despiu o vestido e mergulhou. Até que ela começou a achar ridículo estar a secar ao sol com o bikini molhado e despiu-se, ainda a tempo de atazanar o Yang, que continuava com os calções. Entretanto, lá se convenceu a despir. Não há dúvida que sem roupa é muito melhor!
A outra mulher saída da casca também por lá estava com o marido. A Yin gostou do corpo dele, achou as mamas da mulher descomunais, espalhafatosas, em sintonia com a personalidade dela.
Pouco depois, o marido dela entrou de serviço voluntário ao churrasco e o pessoal começou a dar ao dente e a atacar a sangria. Eram oito, nove da noite e o calor continuava insuportável, só se estava bem dentro de água. Depois de comer, hesitámos em ir à água, mas acabámos por ceder, estava toda a gente dentro de água, e a diferença de temperatura entre os nossos corpos e a imensidão de líquido clorificado não era significativa, de modo que dificilmente pararíamos de fazer a digestão por imergir naquelas águas. E realmente ninguém se sentiu mal, muito pelo contrário.
Já tínhamos sido informados das limitações do sexo na piscina. O homem do outro casal mergulhou depois de ter grelhado a carne, imaginamos que aquilo lhe deve ter sabido mesmo bem e a seguir ainda melhor, quando a sua esposa decidiu mergulhar e dar-lhe prazer com a boca. O Yang pergunta à Yin "quanto tempo aguentas?" Mas ela não está claramente numa de competição e responde "3 segundos". Experimentámos fazer algumas brincadeiras que a água facilita e beijámo-nos debaixo de água. A Yin queixava-se que não via nada, a água não estava realmente límpida, é uma piscina de campo, tem alguns insectos e outras coisas vegetais a boiar, mas parece-nos perfeitamente utilizável. E continuamos a utilizá-la até anoitecer, altura em que decidimos tomar duche e mudar de roupa.


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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 36

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Fomos conhecer o outro casal "Sem Preconceitos" numa gelataria perto da praia. Mais uma vez, não fazíamos ideia de como seriam, tínhamos apenas a referência não muito abonatória de outro casal, mas ainda assim, fomos. São pessoas bastante simples, sem grande formação académica, mas com quem mantivemos conversa noite dentro.

Isso de se auto-intitularem sem preconceitos deixa a Yin de pé atrás. Mas resolveu dar-lhes o benefício da dúvida e esperar para ver. Acabaram por surpreender pela positiva. Claro que quando a expetativa não é muito alta, é mais fácil isso acontecer. Um pouco reservados de início, mas depois com o desenrolar da conversa foram-se abrindo e falaram de tudo, realmente sem preconceitos. A conversa rolou de tal forma que quando a outra mulher disse que tinham de ir andando, a Yin olhou para o relógio e pareceu-lhe ser 11 da noite, mas quando chegou a casa, reparou que já passava das 3 da manhã...

Estivemos com eles outra vez à beira-mar com a filha e uma amiga, num agradável passeio de fim-de-tarde. O Yang esforçou-se por os convencer dos benefícios do nudismo, ao que eles não disseram que não, mas para o fazerem com a filha, teria de ser com muito cuidado, teriam de a educar para isso, só os três. Aguardamos que um dia destes queiram vir connosco pôr o rabo ao léu.

Quanto ao casal dos Doces, também os voltámos a encontrar, desta vez com a filha adolescente, numa feira da região. A Yin divertiu-se com ela nos carrosséis, a mãe é que ficou um bocado mal disposta de tanto andar à roda. Não deu para conversar grande coisa, mas não deixou de ser um serão bem passado.


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sábado, 14 de setembro de 2013

a Odisseia do último Concerto




Terminaste o último concerto da digressão, um arraso, banda e público sintonizados, numa massa sonora fluida, electrizante, que te deixou com a adrenalina toda a galopar descontrolada pelo corpo, cheio de energia e claro, a libido à flor da pele. No meio da multidão, montes de miúdas giras todas oferecidas, falas com algumas que vêm ter contigo, simpáticas e atrevidas, elogiam-te, gritam com o corpo “fode-me!” e tu pensas: “Penélope...”. Que bem que te sabia a pele dela agora, o sorriso, o abraço, a boca, enfim, toda. Ela não te pode acompanhar desta vez, tens de te portar bem. Mas elas bem que te tentam! Os sorrisos, os decotes, as mini-saias, meu Deus, as mini-saias… Dás os autógrafos, despachas as miúdas. Elas são bastante insistentes, o resto do pessoal baza, tu que vás lá ter. O último concerto… e estás apenas a algumas horas de distância dela…

Os teus pensamentos são interrompidos pelo som da aceleração de uma potente moto. Estás deitado no palco exterior e levantas-te a tempo de a ver ser travada com estrondo. 




A moto dos teus sonhos… Quem a conduz é um corpo esguio, vestido de cabedal preto dos pés ao pescoço, com botas de saltos altos do mesmo material. Tira o capacete, mas tem uma máscara de látex tipo Cat Woman sem orelhas, toda a indumentária está concebida para revelar as formas sem mostrar o conteúdo. Mas se não é uma mulher, engana bem e desperta em ti pensamentos luxuriantes. Dirige-se devagar em passos decididos para ti e sorri uns lábios rubros. Intriga-te, esta mulher entesoa-te o cérebro e desconcerta-te.

A próxima vez que abrir os lábios, será para sorver a tua língua, a boca inteira, e beijar-te com uma paixão que nunca antes tinhas sentido. Sabe a fruta. Apanhou-te desprevenido, colou o seu corpo ao teu, tirou-te o fôlego, intumesceu-te o sexo, fez-te tremer as pernas. Há quanto tempo não sentias isto? Mas que loucura é esta?

“Penélope…” o pensamento atinge-te como um raio e torna-se sonoro: tens de parar com isto.

Tens mesmo?...

“Xiu…” sussurra ela de dedo em riste a tocar nos lábios que leva depois aos teus. Ela tem luvas pretas sem dedos, que terminam em belas unhas da cor dos lábios. Não resistes e chupas-lhe o dedo. Tens esta vontade irresistível de lhe chupar os dedos todos, sorvê-la toda.

Para lá do cheiro do cabedal, sentes um leve aroma que não consegues identificar mas que te é extremamente familiar. Tentas inquirir-lhe os olhos, mas percebes que tem lentes coloridas.

Quem é esta misteriosa mulher que te tira do sério? Quem é que ela pensa que é para te deixar assim? Queres saber, claro, e esse desejo sobrepõe-se por momentos ao de a possuir.

“Quem és?”, perguntas. Ela apenas sorri e começa a abrir lentamente o fecho do fato colado ao corpo, revelando a pele branca… o rego das mamas… ui, o umbigo… ai, a fenda do sexo…

Deixa-te doido, completamente doido, latejante, com muito pouco sangue no cérebro. Agora há apenas um pensamento latente na tua mente: fodê-la. Fodê-la de todas as formas que conseguires. Mas logo a seguir, há uma campainha que ressoa: “Penélope… nem sequer tenho preservativos...”
“Mas quem és tu, tenho de saber!” gritas e abana-la com força, prestes a tirar-lhe a máscara de forma violenta se ela não o fizer.
Mas ela fá-lo. Não sem antes seres atingido pelo raio do discernimento e perguntares: “Penélope?”
Ela sorri. Como foi que não percebeste logo no primeiro sorriso? “Penélope!...” Apetece-te bater-lhe pela figura de parvo que fizeste mas conténs-te e ainda acrescentas, com a maior das inocências: “Desde quando é que tu sabes conduzir motas!?”
Ela ri: “Ainda há coisas sobre mim que tu não sabes, Ulisses. Tenho de conseguir surpreender-te de vez em quando. Se soubesses tudo deixaria de ter piada, não achas?” E continua a rir às gargalhadas, perante a tua perplexidade, até te desmanchares a rir também.
“Achas que foi o destino que nos juntou?” – pergunta ela.
“Não tenho dúvidas”.
“E achas que também estava escrito que me reconhecerias?” Ela de vez em quando faz com cada pergunta, não é?
“Isso agora… sei que tive de me conter bastante para não te saltar logo em cima, lá isso tive!”
“E que tal saltares agora?”
Depois de recuperares da surpresa, fazes o que continua a apetecer-te fazer, até com mais vontade agora, fodes e deixas-te foder por ela, de todas as formas que vos apetecer. E há qualquer coisa de diferente, como se estivessem redescobrir-se, a reconquistar-se. E quando passadas umas horas estão os dois satisfeitos, deitados de costas a olhar para o céu, perguntas-lhe: “Onde foste desencantar a moto?” E ela diz-te: “A moto é tua, feliz aniversário!”
Deixa-te conduzir o brinquedo novo e partem os dois, em direcção ao sol nascente.


Imagem: uma montagem manhosa que fiz com isto (gracias Ulisses!) e isto. Aproveito também para agradecer as sugestões musicais ;)

Este texto é a resposta a um desafio proposto pelo Ulisses aqui. Se quiseres participar, ainda vais a tempo, o prazo termina amanhã dia 15. A votação poderá ser efetuada até ao final do mês. Passa por lá e participa!

post relacionado: moto

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 35

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Dois casais geograficamente próximos de nós entraram em contato, os Doces e os Sem Preconceitos. O Yang já os tinha adicionado num site, mas nunca tínhamos falado online. Vimos os perfis e nada nos chamou a atenção, para além dos erros ortográficos, mas como eram de perto, achámos que não teríamos grande coisa a perder em ir ter com eles. A Yin está sempre a dar na cabeça do Yang quando ele comete algum erro com as letras, mas é bastante mais tolerante com os outros. E que se saiba, não existe nenhuma relação direta entre competência na escrita e no sexo. Primeiro, marcámos encontro na esplanada do costume com os Doces, nesse dia estávamos com um casal amigo que sabe das nossas andanças e o qual já tentámos seduzir. Chamemos-lhes os Envergonhados Amélie e Juan. Conhecemo-nos há um par de anos, eles mostraram alguma curiosidade nesta coisa da partilha sexual, passamos bons momentos juntos, mas nada de sexual. Tentámos algumas aproximações, nós bem que gostávamos de provar as mamas da Amélie, maiores que as da Yin e firmes, mas (ainda) não tivemos essa sorte. Já as vimos na praia uma vez, em todo o seu esplendor, molhadas com água salgada, a brilhar ao sol... mesmo apetecíveis! Ainda não perdemos totalmente a esperança de alguma vez eles se decidirem, mas duvidamos que venha a ser connosco.

Como estávamos acompanhados, perguntámos se havia problema em irmos ter com os Doces e fizemos-lhes a mesma pergunta. Recebemos esta sms: "Nao podem ir". A Yin ficou confusa, a pensar se não se teriam esquecido de uma vírgula, que nunca é de subestimar a importância de tal sinal de pontuação. Nós sabíamos que a expressão escrita não era o forte deles, por isso resolvemos confirmar por voz e depois de tudo confirmado, fomos os quatro ter com eles. Como a despassarada da Yin se esqueceu do telemóvel em casa e nós não fazíamos ideia de como eles seriam fisicamente, nem eles a nós, voou até casa e voltou, ainda a tempo de ver um casal aproximar-se da esplanada. Esperou para ver a reação: eram eles. Passámos um serão na converseta e ainda os levámos até casa. Os envergonhados foram embora. A conversa foi fluindo, mas não passou disso. Trocámos uns cromos, acordámos jantar na casa deles um sábado e visitarmos um novo clube.


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terça-feira, 10 de setembro de 2013

6 anos!


O tempo passa... se fosse uma criança, iria este ano para a primária, como é um blog, já tem uma idade respeitável... Muitos foram os blogs que vimos aparecer e desaparecer nestes anos, mas este continua aqui, veio mesmo para ficar!
O balanço que faço deste tempo é bastante positivo, experimentei e aprendi muitas coisas, conheci pessoas, criei laços, fiz alguns nós e só cresci com tudo isso.
Tenho de agradecer a todos os Leitores, é por causa de vocês que este blog existe e muito especialmente aos Comentadores, que ao longo destes anos foram enriquecendo o tasco e dando motivos para continuarmos. Alguns já desapareceram, outros ainda por cá andam, todos têm um espaço no meu pensamento. Se bem que ultimamente este antro tem sido um pouco desprezado, e tenho de admitir mea culpa, porque de facto ando a fazer outras coisas e afastei-me bastante da blogosfera. Também perdi um bocado o tesão, estou a ficar cada vez mais exigente e ultimamente são poucos os blogs que me despertam a atenção. E não fui a única pessoa a fazê-lo, se não fosse a história do swing isto congelava. Por isso não nos podemos queixar de falta de Leitores ou Comentadores, quando nós próprios não nos dedicamos.
Mais um agradecimento a todos os Colaboradores que foram cedendo conteúdos e mesmo criando-os especificamente para aqui e às minhas Companheiras de blog, que têm andado desaparecidas metidas nas suas vidas, mas que em vários momentos contribuíram generosamente para a vida deste sítio. Aproveito para agradecer mais uma vez publicamente a JCA, que fundou tudo isto. Ainda me lembro bem quando me enviou uma sms, já eu estava na cama, a dizer para ir ver o mail. E eu só pensei "Ir ao mail a estas horas, não me apetece, vejo o que for amanhã!"
E foi realmente só no dia seguinte que eu reparei no que havia sido feito: foi semeado um espaço de diversão que me iria dar horas, meses, anos de prazer!

Fica aqui o compromisso de que me irei empenhar mais e tentar dinamizar isto. Porque ainda tenho muito que aprender, mais experiências para fazer e mais pessoas para (re)conhecer. Tenho esta sensação de que tudo o que depender de mim é possível se me empenhar. E se conseguir contagiar-vos com Entusiasmo, então...

O Céu não é o limite, é apenas um dos objetivos! ;)

ilustração baseada numa foto retirada daqui

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Swingin' (in the rain) parte 34

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Os embaixadores ainda não tinham chegado e só mais tarde nos apercebemos que só viriam à noite, mas os Duques apareceram.

Para além de ventoso, o espaço começou a ficar frio ao final da tarde, o que não tornou o churrasco muito agradável. Fomos para dentro e verificámos que estavam a ser feitos preparativos para visualização de um jogo de futebol. Nós não somos fãs e dispensamos de bom grado esse tipo de programas. A Yin tinha um livro que não lhe estava a agradar muito mas foi procurar um sítio com luz para o terminar, sempre preferia isso ao futebol. Refugiou-se na sala sado-maso, que tem luz regulável. Seria a primeira vez que aquela sala era usada para leituras? O Yang ficou no lounge com os Duques, mas não por muito tempo, pois o Duque decidiu acabar de ver o jogo em casa e a Duquesa tinha que estudar.

O Yang foi dar com a Yin deitada na jaula, a descansar. Tinha ido nadar de manhã cedo e tratado da lida a casa, o cansaço puxava pelo sono. Ficámos um pouco os dois no colchão, apenas a conversar e a trocar carícias. Também é capaz de ser raro aquele colchão ser usado para isso.

Quando voltámos ao lounge, já não havia vestígios de futebol. Os Embaixadores acabariam eventualmente por chegar passado algum tempo, sinal (esperávamos nós) de que a coisa fosse aquecer. A Yin teve finalmente a oportunidade de oferecer o presente. Estava mortinha por ver a reação dele e diga-se em abono da verdade, não foi surpreendente. Ele jamais admitiria usar aquilo, é "demasiado homem". Ela ia dizendo "usa lubrificante à base de silicone, nada de óleos", enquanto espetava o plug preto, reluzente, no tampo da mesa, demonstrando o efeito ventosa, que permite fixá-lo a uma superfície lisa e brincar com ele, fazendo-o tilitar com o dedo. Ficámos com a ideia de que mesmo que ele não se convença a experimentar, pelo menos poderão usá-lo nas brincadeiras a dois. É que uma canzana com um plug enfiado no cu tem outro encanto, tratámos de lhes garantir, fazendo novamente uso do sorrisinho cúmplice, lembrando o que se tinha passado há umas horas...

Estávamos a contar que o casalinho eclesiástico também viesse, mas às tantas o Guardião comenta connosco que eles foram embora. Como assim, se nem sequer tinham chegado? Ele diz que houve um problema qualquer com o estacionamento. A Yin enviou sms a pedir para voltarem, ao que eles ligaram para dizer que não, que se chatearam com o porteiro e que decidiram não ficar. Nós achámos aquilo tudo muito estranho, e lamentámos que não quisessem ficar. O resto da noite foi pacífico, bebemos champanhe e comemos o bolo com uma foto sugestiva do rabo da Musa, tínhamos algumas expetativas em relação a um strip com uma profissional contratada por ela cujas fotos e vídeos o Guardião já nos tinha mostrado umas quantas vezes, mas acabámos por o perder numa das vezes que viemos cá acima respirar ar com menos fumo. Voltámos para casa por um caminho com menos curvas que só à ida havíamos descoberto.

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