sábado, 30 de julho de 2011

carpe somnium [15]

continuação daqui | início

Avanço para a Ângela. Começo devagar, a minha boca perde-se nos lábios, nas mamas dela, nas axilas, no interior dos braços, faço-lhe cócegas com a língua e mordo suavemente a lateral do tronco, até ela fechar os olhos e rir. Contorno as pernas, subo até ao interior das coxas e por lá me deixo ficar até ela suspirar… lindíssima. Beijo-lhe a barriguinha e vou rodeando o umbigo até sentir-lhe o arrepio. Lambuzo-lhe as virilhas com a língua toda até à entrada do rabo e seguro-lhe as nádegas, até ela me pedir para entrar. Mergulho assim devagarinho, roço a face, o nariz, os lábios nas suas profundezas. Tão macia… carnuda, camurça molhada e quente, a deslizar por entre os meus dedos. Beijo-lhe todos os lábios, como se de uma boca se tratasse, e enterro a minha língua na maciez do seu interior. Ela beija-me, ora com uma, ora com a outra boca, sorvo o sabor húmido do desejo, doce e salgado. Aperto o segredo dela com pequenas dentadas, mordo os lábios borboleta, esfrego a minha boca, o meu queixo, a minha língua, com força, em sintonia com o ritmo da respiração. As minhas mãos passeiam-se pelo corpo dela, apertam-lhe as mamas, as nádegas e todas as suas partes redondas e carnudas, esgueiram-se para dentro dela e iniciam o vaivém da loucura.
Ela começa a puxar-me o cabelo com força, que embora seja curto, ainda aleija:
- Au! – e viro-me para vocês:
- Agora percebo porque é que rapam o cabelo…
- Cala-te, não pares! – diz ela com aquela expressão de quase lá.
Continuo e ela geme… sim, consigo ouvir a sinfonia que o corpo dela orquestra, que maravilha! E dança na minha boca, enquanto a sinto toda, a transpirar prazer. O sexo vibra, explode e brilha sob a minha boca, puxa-me o cabelo, prende-me, aperta-me e eu liberto-a.
The sweetest thing… Há melhor? O mundo era com toda a certeza um sítio melhor se as pessoas praticassem mais sexo oral. Começo a lamber o cão man e convido o meu amor a juntar-se a nós:
- Vá lá, não dizias que não queres morrer estúpido, tens aqui a tua oportunidade! - e para minha GRANDE surpresa, ele aceita, e o outro não recusa. Oh, que bem que sabe partilhar o menino do cão com o meu amor! Beijamo-nos na glande, salivamo-lo de alto abaixo, engolimo-lo alternadamente e mordiscamos. Depois trocamos. Eu já nem estou a ver bem, por mais que eu saiba que não passa de um sonho, é demasiado real, demasiado palpável, demasiado bom! Depois percebo que estou a mais e afasto-me, com muita dificuldade em respirar, e fico a ver como se desenrascam. Sinto o corpo todo a tremer, o chão, as paredes, parece um terramoto. Agarro-me à Ângela e fico juntinho a ela, só para os contemplar. Finalmente fazem uma homenagem ao número do andar onde estivemos! Mas é claro que querem os dois ficar por cima, ficam um bocado a rebolar, o que me deixa ainda mais em brasa, a contorcer-me toda, até que decidem ficar de lado. Muito democrático, sim senhor, I love it! Não se bebem um ao outro, claro que não, onde é que já se viu macho hetero beber outro macho? Mas adorei o progresso.

continua aqui

sábado, 23 de julho de 2011

carpe somnium [14]

continuação daqui | início

Seguimos a voar em direcção a sul, e aterramos junto a um portão enorme de ferro, todo trabalhado. Em cada um dos pilares, um majestoso gato cinzento de loiça impõe-se, abrindo o portão para nos dar as boas vindas.
- A Quinta do Gato Cinzento! Não acredito! – como sabe bem ouvir estas palavras! O meu amor está completamente siderado a olhar para aquilo que já foi uma quinta totalmente degradada, agora totalmente recuperada. Desata a correr pelo caminho fora. Pastam alguns cavalos no prado, uma égua e um potro. Chilreiam os pássaros a dançar com os ramos das árvores e mais acima assistimos ao voo das gaivotas. A casa está linda pintada de azul e branco, com o telhado cinzento, quase se confunde com o céu. O Jardim, verdejante e florido encaminha-nos para o gazeebo. Os azulejos azul índigo da cúpula brilham e recortam o horizonte onde o céu se encontra com o mar, revelando toda a majestade daquele sítio mágico. Absolutamente soberbo! A Ângela corre para lá e dá pulos de alegria quando encontra um verdadeiro tesouro – um Stradivarius! Pega nele com se fosse a maior relíquia do mundo, respira fundo e começa a tocar. Celebração da Natureza, uma interpretação fervilhante da estação do ano que eu sempre achei mais triste e sombria. Curiosamente, é das quatro, a parte que eu prefiro da obra dele. Devia gostar bastante do Inverno, este Vivaldi. Fiquei farta da Primavera depois de passar anos a ouvir o genérico da meteorologia na RTP. Esta passagem também já serviu para publicitar a fusão de um banco, mas foi durante menos tempo. Ela vai dançando com o violino, e eu subo até lá e vou dançando em volta dela, inspirada pelas coreografias da Danielle Veille, completamente nua.

Lentamente, a temperatura desce, o céu muda para um tom mais dramático e começa a bater “leve, levemente, como quem chama por mim”… NEVE! Como é raro poder apreciar tal espectáculo, divirto-me a sentir os flocos na pele nua. Vamos para dentro da casa, que está requintadamente decorada, num estilo que concilia o tradicional com a mais alta tecnologia. É muito confortável, tem um belo soalho de madeira e lareira crepitante. A parte redonda com a menina do gato que parece a Alice do país das maravilhas pintada na parede, tem também uma cama redonda ao centro, as janelas são espelhadas e tem um espelho embutido no tecto, numa sugestiva moldura esculpida com gatos em várias posições. Por vezes até me esqueço que estou a sonhar. Tenho novamente a sensação gritante de que tudo é possível. Sou uma locomotiva a vapor a toda a brida e sei que nada me vai conseguir parar. Tenho um ego pequenino, tenho…
Viro-me para a Ângela:
- E se continuássemos aquela nossa luta de doce de leite, mas desta vez de uma coisa menos intelectual?
- Ummm, vamos a isso!
Ok, preciso da ordenha de 3 vacas, 4 canas-de-açúcar bem grandes e umas quantas vagens de baunilha. Tudo ingredientes que se podem encontrar na quinta, claro. Vamos fazer isto a preceito! Ordenhamos as vacas, extraímos o açúcar, e secamos as vagens. Como tenho o poder de manipular o tempo, tudo isto passa muito depressa, como se estivéssemos num filme mudo, com musiquinha de piano de fundo, ihihihih, é muito divertido! Depois vamos para a cozinha, vestimos aventais (apenas aventais) brancos com barrete de cozinheiro a condizer e pegamos numas colheres de pau gigantescas. O resultado é um panelão enorme de creme, não hesitamos a saltar lá para dentro nuas (só com o barrete), com o creme ainda quente. Ummmm, é tão bom! Eles já estão a alçar a perna para se juntarem a nós:
- Na, na, vocês vão a descascar a fruta! – o cão danado e comenta:
- Pois, se fossem vocês a fazê-lo, eram umas escravas, já nós…
- Tens muita razão de queixa, quem é que te levou a frutinha descascadinha à boca ainda há bocado, quem foi? – diz a Ângela, toda empertigada. - Além disso, para virem para aqui, só se estiverem completamente depilados. – Acrescento eu. Os dois dispensam. Demasiado zelosos dos seus pêlos? Não me parece, é mais pela trabalheira que dá e desta vez sem ajuda, teriam de se desenrascar sozinhos. Ainda por cima, depilar testículos é uma ciência, não o fazer como deve ser é corte certo. Não quero sangue misturado com o creme, é melhor que fiquem de fora mesmo. Ficam a ver enquanto nos deliciamos com o creme, mergulhando a fruta e saboreando o banquete. Claro que também têm direito a provar. Estico as pernas e dou-lhes os meus pés banhados de creme de leite e cerejas no intervalo dos dedos para se irem entretendo enquanto a Ângela me saboreia os lábios.
A cor e a textura do creme assemelha-se a lama, mas é infinitamente melhor, escorrega pelos nossos corpos e forma uma camada escorregadia, muito saborosa. Delicio-me a lamber-lhe as mamas, a mordiscar os mamilos até ficarem sem creme. E depois volto a mergulhar as mãos no doce e começo a verter lentamente pelo corpo dela. Faço desenhos com o fio que escorre, mas depressa se desvanecessem na cremosidade. Ficamos assim, mergulhadas no doce, a saborear a fruta e os nossos corpos, a provocar-vos com o creme de leite, a salpicar tudo com o rasto viscoso, escorregamos e rimos perdidamente. E que bem que sabe!
Um novo banho é inevitável e voltamos a juntar-nos na banheira espumante. Quando saímos, levamos ainda no corpo o aroma da fruta misturada com a doçura do leite.

Não resisto a chamar os Queen, e como o Freddy está muito bem descansadinho no céu, eu resolvo fazer uma coisa que fica algures entre um genial tributo e um brutal assassínio da música quando começo a cantar: Don't stop me now! dando ainda mais ênfase a esta parte:

I'm a rocket ship on my way to Mars
On a collision course
I am a satellite I'm out of control
I am a sex machine ready to reload
Like an atom bomb about to
Oh oh oh oh oh explode!

O que eu curto as guitarradas do Bryan May!
- Vocês segurem-me, vocês segurem-me que senão eu não paro mesmo! - Oh pá, o que eu me rio! - Não vou descansar enquanto não estiver toda a gente satisfeita! Quero ouvir-vos arfar, uivar, relinchar!

continua aqui :)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Gostas de Amoras?"

 - Vou dizer ao teu pai que já namoras!
Curiosamente, era o meu pai que me costumava dizer isto quando era criança. Coitadas das pessoas que não gostam de amoras, não namoram enquanto não mudarem de ideias!
Estava desejando que começasse a época delas para sair por aí a apanhá-las.
Por que será que as melhores, maiores, mais apetecíveis amoras estão sempre nos locais mais inacessíveis?
Uma vez, tinha uns 4 anos, caí para dentro das silvas. Nunca mais me esqueci, doeu. E depois quando fui tomar banho, ardeu, COMO ARDEU! O corpo todo arranhado, mas nada que mercurocromo e mimos maternos (depois do devido ralhete) não resolvessem. Serviu-me de lição, tento sempre convencer-me que é apenas uma ilusão de óptica, da mesma categoria de "a fila do lado no supermercado é sempre mais rápida", mas não deixo de olhar para as amoras do alto com cobiça.
Sabem mesmo bem, e é preciso bastante disciplina para conseguir apanhá-las sem as ir comendo logo todas, a soprar o pó da estrada.
Como é que uma praga espinhosa e desagradável dá frutos tão doces e apetecíveis?
Nascem assim, silvestremente, totalmente disponíveis para quem as quiser apreciar, saborear o Verão...

bagas negras redondinhas
em pequenas bolinhas
esmagadas na mão
de tão maduras que estão!



E tu, não gostas de Amoras?

sábado, 16 de julho de 2011

carpe somnium [13]


- Vamos passear? – digo, e levo o pessoal no Lancia a voar até à praia preferida do meu amor. Está deserta, como quase sempre fora da época balnear.
Agora reparo, ao fim destes anos todos, que a cor daquele mar está sempre reflectida nos olhos dele, por mais longe que esteja. E está convidativo (o mar, e ele também!) a um mergulho. Ninguém dispensa, despimos a roupa e cedemos aos encantos daquela imensidão líquida. Podemos dançar uns com os outros sem sentir o peso da gravidade. A frescura da água endurece os corpos, cada centímetro de pele, em contacto com a suavidade líquida da água, numa sensação de liberdade total, flutuante. É muito boa, dá-me vontade de rir às gargalhadas enquanto salto e rodopio. Agarro-me ao cão, prendo-o com as pernas pelas ancas, sinto-o intumescer lentamente, e deixo-me levar, apenas agarrada pelas pernas, com o resto do corpo a flutuar ao sabor dos seus movimentos. Procuro encaixar-me nele, vejo que eles fazem o mesmo. A água tem um ritmo próprio, mais liberto da gravidade, fluido…
Deixamo-nos levar assim os quatro, aos beijos molhados, salgados, abraçados, encaixados. Os nossos risos misturam-se, e os gemidos intensificam-se, excitam-nos em espiral. Embalamo-nos nesse prazer intenso, e deixamos os nossos corpos flutuar em paz.
O sol alaranjado brilha no horizonte, deixando um rasto de luz na água, reflectindo-se também em nós, brilhando-nos a pele. Nos olhos, espelhamos a cumplicidade e satisfação de um mergulho inesquecível.
No regresso à areia, começamos a dar ao meu amor um tratamento semelhante ao que demos ao cão, e ele volta para o mar, começa a nadar, a fingir que não está nem aí para o que se está a passar.
Eu ainda sugiro:
- Ele chegou em último, precisa de ser bem mimado para compensar o atraso, não queres ajudar?
- Nop – ok, há que respeitar.
- Não sabes o que perdes - diz ela. E continuamos os três entretidos, até o cansaço se começar a apoderar de nós. Temos de descansar porque para lá vamos a voar e eu ainda tenho umas lições de voo para dar ao meu amor. Ele não gosta das alturas, preferia ir de carro voador, mas eu insisto, vais ver que é bom!, e ele cede ao meu capricho. De início começa a tentar equilibrar-se no ar, na horizontal, de barriga para baixo. Isto é como andar de bicicleta, digo-lhe, tens de encontrar o teu centro de gravidade e depois desafiá-lo. Ele lá se vai aguentando, a meio metro do chão, muito a medo. Sobe um pouco mais, hesita e cai redondo na areia. Vá, tenta outra vez! Pensa em coisas boas! E rio-me que nem uma perdida com a falta de jeito dele. Não se pode ser bom em tudo, deixa, mas se treinares chegas lá. Pego-lhe na mão e levo-o de arrasto. Não quero arriscar, nem que a situação da Ângela se repita.

continua aqui, no dia do costume :)

sábado, 9 de julho de 2011

carpe somnium [12]


O meu amor pega numa banana e enfia-a dentro de mim. Se isto não fosse um sonho, jamais deixaria que o fizesse sem preservativo. Não com receio de engravidar de uma banana (nem quero imaginar que tipo de criatura seria) mas por uma questão de higiene e segurança no sexo (devia haver cursos disto, acho que se evitavam muitas idas ao hospital).
Pego num pedaço e manga e papaia, esfrego a mistura no meu botãozinho e vou provando. Ummm, sabe a Verão! Lembra-me um lip gloss que tenho do mesmo sabor e que nunca dura muito tempo nos lábios porque estou sempre a passar por lá com a língua, a saboreá-lo. A Ângela também quer e o cão dá-lhe alguma assistência. Ficamos as duas assim de costas, lado a lado, e o orgasmo dela despoleta o meu logo a seguir. Nunca achei grande piada a orgasmos em uníssono. Assim consigo gozar os dois. Se acontecerem ao mesmo tempo, só consigo gozar o meu.
Precisamos todos de um banho. Enchemos a banheira com sais e relaxamos no líquido borbulhante. Sabe tão bem… levar com os jactos de água na planta dos pés e noutros sítios estratégicos… que maravilha!
Levamos a fruta para continuar a comer. E uma garrafa de champanhe. Constato que o champanhe sabe muito melhor dentro da banheira a borbulhar que fora dela, não sei explicar porquê.

continua aqui... quem tem vindo a ler sabe quando :)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

diálogos (im)prováveis XV

Ele: Tenho estado a pensar… não sei se é boa ideia casar com a S.
Ela: Casar ou viver com ela?
Ele: Tudo… não tenho certezas.
Ela: Não sejas totó, vocês foram feitos um para o outro.
Ele: Então explica-me o que estamos aqui a fazer?
Ela: Foder, sexo do bom. Não confundas as coisas, puto. Lá por as nossas peles se darem extremamente bem, não significa que vamos passar o resto da vida juntos. Não troco o meu marido nem descuro os meus filhos para estar contigo. Enquanto aceitares isso, está tudo bem. Enquanto durar, há que aproveitar.
Ele: Tudo bem, mas… tenho dúvidas.
Ela: É saudável questionares-te. Mas olha bem para ti: tens uma carreira brilhante à tua frente, és um pedaço de carne muito interessante, podes ter as miúdas que quiseres, mas continuo a achar que a S tem tudo o que tu precisas.
Ele: O que eu preciso é diferente do que eu quero…
Ela: Deixa-te de merdas e fode. Verás que tudo fica mais claro depois de uma bela foda.

sábado, 2 de julho de 2011

carpe somnium [11]


Passo às ameixas. Estão maduríssimas e escorrem pela boca e pelas mãos, pingam na roupa.
Pergunto o que é que estão a fazer vestidos e sugiro que comecem por despir a menina. Ela também não está assim tão vestida, mas é divertido ver como os dois se amanham, à procura da ponta para a desembrulhar. Uma vez despida, e besuntada com fruta é lambida de alto abaixo. Ui… que maravilha! E é a vez dos meninos serem despidos. Como irão agora comportar-se os machos? Ok, ok, vou deixar-me de merdas e limitar-me a relatar no meu próprio estilo, mas é viciante. Primeiro o cão, o meu amor ajuda a despi-lo. Noto alguma falta de jeito que roça a má vontade. Logo a seguir o meu amor, e o cão age da mesma forma seca, o mais rapidamente possível, tocando o mínimo possível. E agora, como vai ser com a fruta? É que para tornar as coisas um pouco mais complicadas, eles têm pêlos… e para fruta com pêlos, chega os pêssegos.
- E se vos fizéssemos uma depilaçãozinha no peito, pode ser?
- Com cera? Nem penses – diz o cão.
- Então se for com lâmina? – depois de alguma hesitação, ambos concordam. A Ângela retira a venda para me assistir e vamos todos para a banheira. É uma banheira enorme, de hidromassagem.
Espalhamos o gel, eu no meu amor, ela no cão. Depois trocamos e com precisão e destreza, fazemos deslizar as lâminas. Contornamos os mamilos, fazemos um trabalhinho limpo e perfeito. Estão os dois lisinhos, prontos para ser besuntados com fruta. Corto o melão, pedaços de manga, papaia e abacaxi. Eu também me junto à festa, e também estou vendada. De facto, vejo muito melhor assim. Sinto a diferença de temperatura dos corpos, oiço os diferentes respirares, as vozes tornam-se mais distintas. Apesar de todos saberem a fruta, cada um empresta o seu sabor ao fruto que passa pelo seu corpo, tornando o paladar único e irrepetível. Cada dentada é uma degustação absolutamente sublime. Faço questão de lambuzar e amassar cada um até ficarmos todos bem pegajosos e a precisar de um banho, um belo banho de língua. Mordisco mamilos com morango, provo banana com menina. Sinto alguma fruta a querer entrar no meu sexo e provo para saber o que é. A textura, o cheiro e o sabor não enganam – é uva na vulva! Aproximo e lambuzo os pénis com melão e a seguir com saliva; roço-os um no outro e dou a provar à Ângela que só diz:
- Ummm, me gusta… - e ela trata de aviar os dois, com imenso apetite. Eu também dou uma mãozinha, claro. Nesta altura, retiramos as vendas, demoramos algum tempo a habituarmo-nos à claridade. Estamos porcos e ofegantes, na plenitude da nossa animalidade.

continua aqui no próximo sábado